segunda-feira, junho 25, 2007

Como é que eu sei que anda coisa pelo ar?

Quando a conversa retorna sempre à questão dos "anónimos" e dos "cidadãos encapotados" e se dirigem baterias contra o AVP.
Já se sabe que há incómodo pelas bandas do poder moiteiro, desde o Grémio à Socorquex, passando por todo o resto.

Vamos lá por partes, sempre e de novo:

a) O Alhos Vedros ao Poder tem a sua marca genética no nome. Não se chama isto ou aquilo ao poder ou Abaixo o governo que está ou o que há-de vir. Isso fica para os noutros. Temos um tema principal e nada nos agrada mais do que fazer trocadilhos com chifres, bosta e moiteiros e amoitados. Se isso desagrada a algumas consciências mais puras que se lixe.
b) Apesar do filão enorme que o tema acima representa, nem sempre estamos para aí virados e gostamos de fazer digressões várias por coisas de que gostamos, nem que seja de dizer mal. Se alguém se incomoda com isso? Pode sempre ignorar-nos.
c) Neste percurso de mais de 3 anos, fomos tropeçando com assuntos com pouca graça, como seja a incompetência do poder moiteiro, o que achamos ser o seu errado modelo de desenvolvimento para a nossa terra (Alhos Vedros) e ainda outras coisas estranhas, como as desanexações, os protocolos e os parques temáticos. Fora outras coisas. Nunca postámos falsidades. Isso incomoda algumas pessoas. Que se lixem. Para os leitores do AVP, que cá vinham só pelo gozo, estes assuntos foram um brinde suplementar.
d) Ao longo deste tempo todo evitámos colagens absolutas a causas alheias à nossa, mesmo quando aderimos e apoiámos de forma aberta e transparente a candidatura do Raminhos a vereador, a candidatura presidencial do Manuel Alegre, e as movimentações cívicas da Várzea. Sabemos que o nosso esstilo não é sempre apreciado por aqueles que apoiamos, pelo que sempre foi nossa política incentivar que esses movimentos tivessem o seu espaço próprio. O Bloco de Esquerda tem o seu blogue local, a candidatura do Manuel Alegre também teve o seu espaço, assim como aconteceu e acontece com o movimento da Várzea. Companheiros de luta, mas nos atrapalharmos mutuamente. Não queremos que o Louçã, o Alegre ou o Ministério Público sejam obrigados a ler todos os nossos posts, de melhor ou pior gosto, para acharem o que querem.
e) Ao longo deste tempo zurzimos em toda a gente, de todos os partidos. Alguns têm fair-play, outros não. Ao mesmo tempo sofremos vários tipos de ataques, tentando colar-nos rótulos, alinhamentos, fidelidades, interesses. Todos sabem que isso é impossível E sempre o demonstrámos. Temos simpatias e tão só. A voz do AVP é a nossa voz e a de mais ninguém. Cedemos por vezes o nosso espaço, mas não o vendemos ou alugamos em troca de nada. Se outros o fazem, que se lixem.
f) Mantemos o anonimato não por mera questão de comodidade ou cobardia pessoal - que até pode existir, porque não? - mas principalmente porque sabemos como certa gentinha age nestas situações, como procura intimidar quem é próximo dos incómodos e pessoas que nos são chegadas não devem ser sujeitas a situações desagradáveis por nossa causa. Sabemos bem como essas coisas foram e são feitas. Não vamos fingir que somos antinhos. Quem se ocupa com esses fingimentos, com a treta de "dar a cara", não somos nós.
g) Acham que gostámos de perceber muito do que fomos percebendo nos últimos anos? Acham que não gostaríamos de continuar a gozar com os moiteiros sem ser obrigados a denunciar os abusos do poder moiteiro? Acham que não seria mais agradável achar que a nossa terra era bem e competentemente governada? Acham que não gostaríamos de achar que quem exerce certos cargos e funções o faz por interesse à causa pública e em nome do bem comum e não em busca de interesses particulares e em favor de bens privados?

Se acham que sim, acham mal. Nós gostaríamos que isto fosse em simpática e agradável terra à beira-rio plantada. Mas não é.
Infelizmente é um dormitório cada vez mais incaracterístico, em que a utilização dos solos é moeda de troca com vantagens só para alguns e em que zonas enormes do concelho são deixadas ao abandono.
Infelizmente.
Alguns concentram-se no bom estado da asa esquerda da abelha.
Eu prefiro notar que a abelha está doente, muito doente e que teria o seu interesse salvá-la.
Para isso, ocultar a doença não é a estratégia certa.
Porque impede que se prescreva e coloquem em prática os remédios.

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