segunda-feira, junho 25, 2007

Cotovelos doridos

Este divertido post da tertúlia amoitada - se pode chamar-se tertúlia a dois que dizem que são quatro, para questões estatísticas de Colectivo - só se percebe lendo o que aqui o Brocas escreveu e porque o portal de notícias Sapo, no espaço dedicado à Moita, usa o AVP como fonte de informações, destacando alguns posts.

Já vejo, como nos tempos em que um dos fotógrafos do Expresso escreveu sobre a tristeza da Baixa da Banheira ao fim de semana, uma inflamada reclamação para os editores do Sapo, visando a alteração rápida da sua linha editorial.
Aliás, algo parecido com o que se passa já em relação ao jornal O Rio, cujos conteúdos são objecto de mais dois posts amoitados muito críticos.
Eu nem quero ver se tivesse sido publicado o que esteve quase para ser.
Até se lhes subia a hipertensão aos 25-18.
Mas nota-se que o Rio vai voltar a ter problemas, se até a juvenilia lhe começa a ferrar o dente.
Deu muito espaço à Várzea é o que é.
Já não publica textos do AVP, essa foi a grande conquista do poder moiteiro.
Mas nós compreendemos e aceitamos que algo se sacrifique pela sobrevivência.
Mas ainda pisa o risco.
E ainda se volta a lixar, que o respeito do poder moiteiro pela liberdade de opinião e orientação editorial é muito escasso.

Mas voltando ao post auto-justificativo do/sobre o Banheirense, existem detalhes muito interessantes e que são demasiado mistificadores para passarem em claro.
  • Afirma-se que não foi criado para responder a ninguém. Certo! Foi criado para servir de correia de transmissão oficiosa das opiniões do poder moiteiro e para acoitar ataques soezes à Oposição e aos "anónimos", sendo que alguns desses anónimos são unha com carne com os amoitados banheirenses, quando não são os próprios apanhados com a boca no comentário, como já aconteceu.
  • Escreve-se ainda que o B. nunca pretendeu ser um blogue informativo mas de reflexão, onde os seus autores "opinassem". Certo para o blogue não informativo, errado para o blogue de reflexão, xis na coluna do meio quanto à produção de opinião, pois a opinião produzida na maior parte dos casos passa - como acima se escreveu - por dar a versão oficiosa das coisas que incomodam o poder moiteiro. Veja-se o caso recente do roubo dos computadores que deveriam ser entregues nas Escolas. Relembre-se os ataques ao jornalista Anónio Cerejo e a defesa das opções inacreditáveis do PDM e dos protocolos apensos.
  • Por fim, fala-se em anónimos que aparecem para enxovalhar as discussões. Têm razão, aparecem lá muitos anónimos, como aqueles que lá me enxovalham alegremente, me atribuemn imensas identidades, qualificam a minha vida privada e que, como o famoso ubíquo vigilante, qualificou candidatos da oposição como bufos e coisa pior no caso de uma candidata. Isso nunca pareceu incomodar muito quem dirige o B. Os enxovalhos eram os certos e, ao que parece, deviam considerá-los correctíssimos, como já acontecera com o Alhosvedrense, esse outro farol da blogosfera local que fechou portas depois das eleições, percebendo-se ao que tinha vindo.
Portanto, caros amoitados, uma coisa é certa: o AVP apareceu em Outubro de 2003 quando nenhum outro blogue existia e disse ao que vinha com toda a clareza: gozar com o poder moiteiro e assim se tem mantido. Se no caminho fomos descobrindo outras coisas e as fomos divulgando - não me ocorre nenhuma mentira vagamente comprometedora - e se isso vos incomoda, é o chamado azar do caraças.
Mas deixem-se de tretas e não tentem passar por mais do que aquilo que são: a voz domesticada dos donos do vosso presente e futuro.

6 comentários:

nunocavaco disse...

Bom post só faltou referir aquele episódio divertido com o jornalista Bonixe.

Um abraço deste amoitado

AV disse...

"Jornalista"?
Se o fosse não teria existido episódio.

Um jornalista não desrespeita os seus deveres éticos.
Aliás, vocês com o Cerejo fizeram bem pior.
Eu limitei-me a escrever - sem pedido de publicação - o meu desagrado ao director do jornal.

Que reconheceu o escorreganço do seu colaborador.

nunocavaco disse...

Mais quais deveres éticos?

Então o homem não pode estabelecer critérios para um trabalho seu? Ou terá que se conformar com critérios de outros?

Mas a sério, ainda bem que prestam serviço público é que os nossos jornais precisam de uma referência onde os valores éticos sejam difundidos e defendidos, tal e qual como vocês fazem.

Estão de parabéns.

Anónimo disse...

Estou deveras preocupado::::::

A estátua ao imigrante já não tinha pilinha, agora sem braço, como lhe chamaremos?

pilineta e maneta será ...

Pilimaneta?
Arte abstracta?
Pós modernista?
Cubista?

AV disse...

Nuno,
A ironia não lhe sai naturalmente.
E a sua defesa do sempre-fixe é bem reveladora da manipulação que era a pretensa reportagen.
Exigir que os bloggers desfizessem o anonimato só para ele porque sim é o quê?

Quanto a referencial ético, não vou estar com pseudo-conversas, sim temos mais auto-regulação nessa matéria que muitos jornalistas.

Caso contrário, isto já estava tudo de pantanas.

A sério, o que acha da situação na Socorquex?
Saudável?

Anónimo disse...

mas o nuno não sabe o que se passa na socorquex
apenas vai lá vender(impigir) o almanaque avante