terça-feira, agosto 19, 2008

Ainda tinha algumas esperanças mas...

... até a Naíde se deixou apanhar pelo bicho.
Mas pelo menos não arranjou desculpas parvas, como o Arnaldo Abrantes que se impressionou com as pessoas no estádio e ficou «preso das pernas».

Quanto a alguma discusão que temos gerado pelas nossas posições críticas quanto a esta geração de atletas mimados que se impressionam com tudo e nada, há que esclarecer algumas coisas, pois há espíritos tristes que parecem não perceber coisas simples:

- O encanto do desporto não está apenas em ganhar, mas sim em competir. O que não invalida que tentemos dar o melhor de nós mesmos.
- A defesa do desporto não é um apanágio da "Esquerda". Afirmar isso como fez um comentador é uma baboseira enorme.
- Gostar de ver Portugal bem representado e ouvir o nosso hino não é ser nacional-fascista, como escreveu o mesmo abrenúncio. É ter orgulho no seu país. Por isso, é que não me emociona muito ouvir cantar a Internacional ou o God Saves the Queen.
- Ser bem representado é ter atletas que dão o seu melhor, mesmo sem chegar às medalhas, como aconteceu com o Gustavo Lima, 4º lugar sem nenhum nutricionista, treinador ou corte de jornalistas a endeusarem-nos. Fez vários dias de provas e fez o possível. Sinto-me orgulhoso por ele. Como pelos 4ºs lugares em outros JO do Miguel Maia e João Brenha que davam o litro.
- Tenho saudades dos tempos de atletas humildes como o Carlos Lopes, a Aurora Cunha, a Rosa Mota, os irmãos Castro e muitos outros que iam lá para lutar e não para ver as vistas. Que não tinham vergonha de ganhar. Que eram gente simples e por isso não tinham amoques de estrelas.

Quem nos qualifica como nacionalistas por termos estas posições, deveria ficar em casa quando o seu clube tem uma vitória no futebol internacional.
E eu ainda bem me lembro de alguns deles quando, há coisa de 25-30 anos existiam provas desportivas na televisão e quando existiam confrontos entre portugueses e atletas de outras nações, ficavam sem saber quem apoiar por estúpidas fidelidades ideológicas.
E que se emocionavam muito ao ouvir o hino de outros países.
Desculpem-me, é verdade, se vocês são os democratas, eu vou ali e já venho.

7 comentários:

Anónimo disse...

Caro AVP é fácil distorcer a verdade quando ela não nos convém.

O que foi dito é que a esquerda ou os valores associados a ela são transnacionais. É importante competir, porque toda a evolução se baseia na competição. Agora choramingar sob a bandeira, pela perda de uma medalha não é um valor de esquerda mas um resquicio nacional-fascista.
É um orgulho para a humanidade, independente do país, ver o Usain Bolt baixar os 9,7 segundos em 100m. Não é uma vitória da Jamaica, mas uma conquista da humanidade.
A grande baboseira é do AVP ao confundir que a competição entre homens se deve fazer sobre a bandeira nacional.
Tal qual como o Hitler.
Viva a superioridade da raça portuguesa.
Tenham dó.
A bandeira da esquerda é a humanidade, não é a bandeira nacional, seus totos

AV disse...

"A bandeira da esquerda é a humanidade, não é a bandeira nacional, seus totos"

Se isto é o conceito de esquerda, ser-se apátrida, então eu sou decididamente de direita e defenderei a minha Pátria, Portugal, contra todos os traidores sejam eles de esquerda ou de direita!

AV2

AV disse...

Aqui ninguém falou em raça.
Para mim o Edivaldo é tão português como o Arnaldo Abrantes, assim como a Naíde ou a Vanessa.
O que o meu caro parece não perceber - não porque não consiga, mas porque não quer - é que o orgulho em se ser portugu~es não é ser-se fascista.
Pelo contrário, os totalitarismos - nazi ou comunista - ao quererem transfigurar os indivíduos em autómatos, em advogarem a dominação mundial, é que são perigosos.

E depois há uma enorme confusão quando certa esquerda serôdia usa o termo "fascista" sem perceber nada do que ele significa.

Mas, para perceber melhor como a Esquerda pode ser nacionalista sem ser fascista, bastaria recuar ao republicanismo.

Ou então à polémica sino-soviética do início dos anos 60 e ao papel da ideologia comunista revolucionária internacionalista.
Mas iso seria pedir-lhe demasiados conhecidos, não é caro anónimo?

De qualquer modo, registo que terá sido um daqueles que ainda nos anos 70 e 80 preferia festejar um golo da URSS ou da RDA do que de qualquer outro país.

Quanto ao Usain Bolt, lamento mas ele cobriu-se com a bandeira da Jamaica e não com a da Humanidade.

AV disse...

"Cobri-vos de vergonha, proletários de todo o Mundo, ao acreditarem nestes colectivismos sociais-fascistas que só servem para criar sócretinos e cepos como o carvalhas, os piores inimigos de todos os trabalhadores."

Jesus Cristo, dixit !

Via AVP, todos os direitos reservados.

Anónimo disse...

Por falar em recuos e em conhecimentos, convidava-o a regressar ao periodo da revolução francesa para compreender a génese do conceito de "esquerda" e perceber que naquele periodo ficou logo bem definido a base universalista do mesmo. Coisa que nem os republicanos foram e muito menos toda e qualquer doutrina comunista internacionalista.
Compreendo que não tenha digerido bem a formação ideológica que lhe implantaram, porque afinal baba-se tanto com as vitórias sobre a bandeira como o salazar.

Neste blog só falta mesmo dizer e à semelhança do Salazar "Para África e em força"

Os nossos soldados pensaram que estavam a defender solo pátrio em áfrica, quando na realidade estavam era a defender os interesses de uma poucas famílias que gozavam de monopólios económicos que o Estado Novo lhes proporcionava.

Agarre-se bem à bandeira porque vai precisar bem dela. Na volta, na volta, o que quer é mesmo um estado forte que o proteja, não é seu fascista mascarado de esquerdista?

AV disse...

Alhos Vedros tem de avançar para a Moita e em força, vamos derrubar os paços do concelho moiteiro e implantar uma ditadura nacional-AVPiana, temos de lutar contra os sociais-fascistas do Partido do Cepo Português e os nacional-socialistas sócretinos, esses terroristas que nos continuam a usurpar o poder que pertence a Alhos Vedros por direito divino.

A Moita é nossa!

AV2, a exercitar o meu nacional-fascismo :D

AV disse...

Anónimo, pela profundeza dos conhecimentos soa-me a um Madeira conhecido.
Leu umas sebentas e compreendeu a história toda ao contrário.

A "esquerda" da Revolução Francesa iniciou o que poderia ser considerado como a I Guerra Mundial (espalhou-se até África e quase Ásia), em nome da defesa da "Pátria" francesa.

Mas, evidentemente, esses detalhes escapam-lhe.
Lá na sessões da formação política só liam o 18 de Brumário do Marx.