Fotos da Derrocada da Ciclo Via Moita-Rosário 2

Agora em Slide Show.

Analizando agora os destroços da "ciclovia", neste troço entre a Freira e o Gaio. o que se nota imediatamente é que são uns bocados de entulho de diversas e mui variadas formas que não têm homonogeneidade e apenas foram postas ali de maneira a que se aguentassem, se Deus quisesse, Deus não quis...

A utilização de cimento, apenas foi feita em cima na parte em que liga ao entulho diverso que estava por baixo, não foi utilizado cimento para consolidar as frestas no entulho na parte exterior, poque realmente era tão diversificado o entulho que acho que seria extremamente difícil de entrar lá o cimento, as frestas eram de tamanhos e formas diversos e de materiais tão distintos como pedaços de cimento armado, restos de paredes e rochas que devem ter sobrado de outras obras, enfim a "ciclovia" foi montada com lixo que ficou amontoado e entulho, depois foi tudo coberto de areia grossa e "voilá", eis um novo troça da tão apregoada rede de ciclovias, que iria ligar toda a zona ribeirinha do concelho moiteiro actual, o conceito é de chico-espertos, numa "brainstorm" da CDU local, tiveram a ideia dois em um:  Arranja-se uma forma da Câmara moiteira se livrar do entulho e ao mesmo tempo ganhar publicidade nos Media, antes das eleições autárquicas, o que nos irá proporcionar mais uns votos !
Votos esses que fizeram a CDU local ganhar de novo as eleições.
Aquilo não desmorona, pá. Aqui mesmo nas marés vivas o mar nunca é alteroso, é sempre maré chã, quase nunca há ondas maiores do que um metro, o mar não galga aquilo nem que venha um ciclone, pensaram eles na sua mentalidade de "progressistas" rurais armados em neo suburbanos, dentro das suas fatiotas e já sem gravatas, porque tinham já bebido uns uísques e muitas caipirinhas, se isto não aconteceu, olhem que podia ter acontecido e o mais certo é ter acontecido mais ou menos assim, os meus conhecimentos acumulados de psicologia moiteira, aplicam-se a estes indivíduos e as suas formas de reacção são muito previsíveis...

Veio o ciclone e aquela merda, desmoronou, deixando agora à vista as entranhas do que é uma obra mal construída e sem planeamento nenhum.

Porque é que as muralhas que circundam as antigas salinas e que não têm nenhum tipo de restauro por parte da CMM desde 1952, ainda se aguentam em alguns sítios, alguns troços dessas muralhas estão em boas condições em extensões maiores do que tinha esta pseudo "ciclovia", moderna que nem aguentou um inverno depois da sua construção ?

A resposta é simples, porque foram PLANEADAS por técnicos e acredito até por Engenheiros, ou algo similar na altura, enfim por gente que percebia do assunto e estou a falar das que foram construídas nos séculos XIX e XX...

Primeiro, utilizou-se PEDRAS do mesmo tipo, talhadas de maneira a encaixarem umas nas outras, o que é um princípio básico de qualquer tipo de construção, (mesmo muitos séculos antes da invenção do cimento), deixando assim fendas menores entre essas pedras, o que consolida e reforça a estrutura das muralhas e permite mesmo com a utilização de pouca ou nenhuma argamassa, uma forma resistente de impedir as marés vivas das destruirem.

Segundo, utilizaram os lodos do rio e terras do próprio meio circundante, para os caminhos e ligações entre elas, o que permitiu à flora local, especialmente as salgadeiras, crescessem consolidando com as suas raízes a estrutura dos terrenos e fortalecendo a ligação das terras às muralhas, se as tivessem coberto de areia todas elas já tinham desaparecido à séculos.

Haveria muito a aprender com os mais velhos, os homens do rio que lhes poderiam explicar o que se deve e não deve fazer quando se constrói muralhas de protecção do rio, não era preciso engenheiros nem técnicos superiores a ditarem como se faz, o que neste caso e se o foi feito com o aval de algum engeneiro ou técnico da CMM, então esses técnicos e engenheiros que permitiram esta construção deviam ser alvo de processo e imediatamente despedidos, porque só muita inépcia e ignorância aliada a também muita urgência por parte dos políticos locais, que a 3 meses ou menos das eleições têm de mostrar alguma obra feita, pode permitir e não o deveria permitir, a construção destas obras mal planeadas, mal construídas e péssimamente feitas.