quarta-feira, março 03, 2010

Petição Contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura

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7 comentários:

Anónimo disse...

tambem se não fosse ós bois ningue saberia onde fica a moita
isto é para ver o estado da cultura deste concelho
mas podemos ficar descansados com o sambodromo de alhos vedros a cultura aumentou e muito

AV disse...

Sempre é melhor isso do que estas mariquices cobardes...esta parte do texto do Paulo Borges está muito bem conseguida:

"Há um momento nas touradas em que o touro, muito ferido já pelas bandarilhas, o sangue a escorrer, cansado pelos cavalos e as capas, titubeia e parece ir desistir. Afasta-se para as tábuas. Cheira o céu. Vêm os homens e incitam-no. A multidão agita-se e delira com o sangue. O touro sabe que vai morrer. Só os imbecis podem pensar que os animais não sabem. Os empregados dos matadouros, profissionais da sensibilidade embaciada, conhecem o momento em que os animais “cheiram” a morte iminente. Por desespero, coragem ou raiva (não é o mesmo?), o touro arremete pela última vez. Em Espanha morre. Aqui, neste país de maricas, é levado lá para fora para, como é que se diz? ah sim: ser abatido. A multidão retira-se humanamente, portuguesmente, de barriga cheia de cultura portuguesa, na tradição milenar à qual nenhuma piedade chegou..."

Recomendo que leiam o texto integral aqui:

http://novaaguia.blogspot.com/2010/02/morrer-como-um-touro.html

Anónimo disse...

Nunca vi nenhuma, mas já ouvi falar. Há fados que falam do tempo em que havia esperas e corridas, cavaleiros e forcados… e toiros. Os velhos falam desses tempos com saudade e dão-me ganas de os ter vivido, antes da lei que proibiu as festas taurinas em todo o país.

Aqui na terra muita coisa mudou desde então, dizem os velhos. Nas "aforas" havia duas ganadarias, hectares e hectares de pasto para os sortudos dos toiros viverem à larga. Acabaram com as toiradas, os ganadeiros faliram, venderam as herdades. Uma delas é hoje um campo de golfe num empreendimento fechado para os ricos da cidade virem gozar “o campo”. A outra foi urbanizada e fizeram dela um bairro de prédios de betão. No centro da rotunda, em memória do que outrora ali se fazia, fizeram uma escultura abstracta, duas barras de ferro ferrugentas e uma lápide “Monumento ao Campino”. Mas qual campino?! No meio dos carros e do cimento?

A velhinha Praça, no centro da terra, foi demolida entre urros de alegria dos amigos dos animais para dar lugar a um "drive-through" do Macdonalds. Dentro do Mac, há fotos de forcados e cavaleiros, em homenagem ao passado. O meu pai chama àquilo uma coisa estranha, “hipocri-qualquer-coisa” e diz que prefere dar-me mesada para ir comer a um sítio mais caro do que saber que vou àquele lugar. Calha bem, também não gosto da comida de plástico…

Quando as corridas acabaram, toda a gente ligada a elas ficou sem trabalho… E era muita… Na minha terra e nas outras em redor. Muitos foram-se embora para Lisboa tentar a vida e a terra está às moscas. Moços que viviam do campo agora andam esquisitos, com ar pálido e magros. A minha mãe diz que não me chegue, que andam na droga e a roubar. Os velhos dizem que no Verão vinha gente de fora para ver os toiros… Agora ninguém cá vem, não se faz nada, a não ser jogar na consola ou torrar ao sol. O meu tio está preso – organizava novilhadas clandestinas, até ao dia em que apareceu a polícia e levou toda a gente. Disse ele: “Mas eu estou a fazer mal a alguém? Vocês, polícias, que lidam com criminosos todos os dias, olhem-me nos olhos e digam-me se sou um deles!”. Não serviu de nada. Lei é lei e polícia também tem bocas para alimentar.

Os campos estão desertos. Já nem cavalos há, pouca gente os cria. Dizem que o toiro está extinto, mas em Lisboa há um, no jardim zoológico. Vive num campo de areia vedado, de dez por dez, e uma vez por dia o tratador deixa-lhe lá ração e água. Pareceu-me um animal triste, sem energia. Custa a acreditar que aquele bicho cabisbaixo fosse um rei. Ao meu pai deu-lhe desgosto ver aquilo, nem foi capaz de ficar ali, ficou logo com o dia estragado.

Dizem que antes ia-se aos touros e voltava-se melhor do que se era. Que se aprendia solidariedade e amizade ao próximo e ao animal. Que era uma lição de vida: se quem arriscava a vida era capaz de ser bom, não havia desculpa para ninguém, no dia-a-dia, para não fazer o bem e ser amigo do seu amigo. Hoje é cada um por si. A televisão diz que temos de ter um carro bom, comprar a roupa xpto, ir de férias para a Conchichina, não importa quem tenhamos de pisar. Os velhos morrem e os novos vivem todos cheios de si, cheios demais para aprenderem as tradições e continuá-las.

Talvez um dia, quando crescer, vá para Lisboa. Afinal, na cidade há trabalho e, se formos a ver bem, a vida que levo aqui na terra, a comida que como, os jogos de consola que jogo, os prédios que vejo, enfim tudo, não é muito diferente ao fim ao cabo. E quem diz Lisboa, diz o resto do mundo. Não vou notar diferença alguma.

AV disse...

Acho que as touradas não deviam ser proibidas, os bois é que não deviam ser picados, sangrados para lhes retirarem a força e embolados antes de entrar na arena, nem andarem a rodopiar até ficarem tontos com os peões de brega. Deviam sair com a força natural e serem enfrentados por toureiros apeados, (sou contra as touradas a cavalo), que os enfrentassem assim de capa e espada e os matassem ou morressem na tentativa, isso eu gostaria de ver !

AVP Tauromaquia Verdadeira !

Anónimo disse...

No ano passado a RTP2 transmitiu um documentário sobre o touro bravo, e toda a sua envolvência na tauromaquia, o Doc. chama-se "Touro", onde também intervêem vários veterinários. aconselho vivamente a ver, pois aquilo que escreveu em cima, demonstra pouco conhecimento sobre o Toiro Bravo. veja e tire as suas próprias conclusões, vai ver que vai ficar supreendido, e vai verificar que esta raça brava é realmente de caracteristicas bastante especificas, só fazendo sentido existir para este fim.

AV disse...

E o que é que isso retira alguma coisa do que eu disse, se esta "raça" brava só existe para o fim de morrer na arena, que morra na pujança da sua força bruta, enfrentando sem ser enfraquecida por golpes baixos e cobardes que o exanguem e lhe retiram essa força natural.
Enfrentem pois essa nobre raça de touros com a coragem de homens dispostos a morrer pela arte tauromáquica, vá "heróis", mostrem a nobreza de morrerem na arena corneados por bois em pontas no máximo da sua virilidade e força e eu pagarei para vos ver morrer e aplaudirei de pé a bravura de cada morte tanto dos homens como dos bois.

Já agora também nada tenho contra lutas de gladiadores até à morte, é tradicão e foi durante milénios usada com sucesso no império romano a que pertencemos também...

AVP Tradição, Sangue e Morte na Arena !

Anónimo disse...

.."enfrentando sem ser enfraquecida por golpes baixos e cobardes que o exanguem e lhe retiram essa força natural..."

é como já lhe disse, sabe muito pouco sobre o toiro bravo. informe-se devidamente..e depois dê uma opinião.

porque será que os auto intitulados "defensores dos animais" só falam dos touros! pareçe ser o único animal que eles julgam ser mal tratado! nunca os ouvi falar dos cães Pit Bull por exemplo..em que lhes cortam as orelhas e o rabo..só para terem mais look!! aliás até já vi um membro da liga de protecção animal a passear-se com um em lisboa...nunca os ouvi falar daquelas pessoas que adoram cães..e depois têm um pastor alemão enfiado numa varanda de 2 metros o dia inteiro! nunca os ouvi falar dos ciganos que têm os desgraçados dos cavalos a morrer á fome e sede dias e dias nos acampamentos!! nunca os vi ou ouvi a manifestarem ou a denunciarem estas situções! pois isto para mim..é que são maus tratos aos animais! mas como isto não tem impacto..não tem televisões atrás..não tem protagonismo..os senhores defensores dos animais não falam!! e isto é apenas exemplos entre muitos e muitos que poderia aqui dar!