Está aí o novo filme de Gus Van Sant, um dos cineastas independentes americanos mais conceituados e cujos filmes, mesmo quando são fraquitos, fraquitos, são muito elogiados pela crítica de cá.
Desta vez o homem atirou-se ao relato do que terão sido os últimos dias do amargurado Kurt Cobain, outro daquele ídolos das massas que sucumbem ao peso do sucesso e ao facto de, querendo combater o "sistema", se tornarem parte integrante dele.
Confesso o meu tédio com este tipo de amarguras causadas pelo sucesso, tendo sempre sérias reservas aos suicídios ou mortes prematuras por abuso desta ou daquela substância de tipos que, sentindo-se incompreendidos, acha que têm uma Mensagem para espalhar e quando o conseguem a uma escala global, em vez de aproveitarem a onda para cumprirem a Missão de que sentem responsáveis, acabam por se deixar morrer de forma patética e inglória.
Por isso, tal como o Jim Morrison dos Doors, ou o Ian Curtis dos Joy Divison, o dito Kurt Cobain me irrita solenemente pelo que acho ser uma suprema idiotice.
Quer-se falar ao Mundo de coisas com Significado. Consegue-se. Não se resiste ao sucesso. Ora um grande cócó para isso.
Mas, felizmente e ao que parece, o filme é dos tais fraquitos e felizmente, embora talvez involuntariamente, dá uma ideia de Cobain como um tipo perfeitamente apatetado antes de morrer.
Desculpem-me os seus admiradores mas, àparte uma dezena de belas canções, este parece ser um belo retrato do papa do grundge.
Nevermind só se for o Nevermind the Bullocks.
E defunto por defunto antes o velho Sid.
AV1
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