Hoje é dia de penúltimos preparativos antes do Natal.
Embrulham-se prendas, alinham-se os últimos enfeites, enfileiram-se os postais de Natal com os votos de uma quadra feliz enviados por familiares e amigos sobre a lareira.
Ãhhhhh ???
Os quê ?
Pois é.
Há uma mão cheia de anos ainda vivíamos na idade do papel impresso e os postais davam a volta à pedra da lareira.
Nos tempos que correm, na perto de dezena de postais já recebidos, há apenas um que não é de uma empresa ou pessoa colectiva e é porque é de alguém que já não tem idade para estas coisas das nets.
O resto são postais "institucionais": da entidade empregadora (munt'óbrigado), da sucursal que me vendeu o carro, da empresa que me vendeu a mobília da sala, de uma empresa de artigos para criança, de uma outra empresa onde alguém da família comprou roupa e deixou a morada, do consultório do dentista, etc, etc.
Entretanto, irão começar a cair na caixa de correio os votos virtuais de Feliz Natal, muitos deles reencaminhados porque eram giros.
Eu sei que é mais barato, dá menos trabalho e ocupa menos tempo.
Mas eu ainda vou gastar dois pacotitos de postais da Unicef, um bocadito de esferográfica, cinco tostões de tempo e umas lambidelas nos selos para lembrar os velhos tempos.
Afinal, o Natal ainda pode ter alguma coisa de pessoal e intransmissível.
Ou já não ?
AV1
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