Os discursos de derrota de Soares e Louçã.
Aparentemente, um não percebeu e o outro fez que não percebeu o que se passou.
Soares, admitindo a derrota porque era impossível não fazer, fez um rol de elogios à sua campanha e a tantos apoiantes que não percebo como não chegou aos 15% dos votos; tantos jovens, tantos independentes, tantos artistas, cientistas, etc, etc, só nomeados já fazem o número de pessoas que votou nele. E depois aquela da sua campanha ter sido uma "referência cívica" repassa a outros tempos em que Soares também foi especialista em dividir a esquerda (alguém se lembra da CEUD em 1969?), enquanto o "aviso de perigos futuros" só revela mau perder e profecias de velho do Restelo. Os perigos futuros podemos esperá-los dos cortesãos que o ajudaram a enterrar.
Quanto a Louçã, aquela euforia pela "movimentação popular" da sua campanha e as promessas de "luta" só podem fazer-nos rir, rir, rir... é que já não há pachorra. Desta maneira, o Bloco vai ficar igual ao PCP, pois já nem a cassete falta.
O discurso de Jerónimo de Sousa que está em decurso, por comparação, parece um modelo de realismo.
AV1
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário