quarta-feira, janeiro 04, 2006

Em memória de O Rio - IV

O Jornal "O Rio" em 8 anos de vida, com a sua equipa redatorial e o seu director, o Sr. Brito Apolónia, criaram raízes bem fundas no concelho da Moita, e em especial na freguesia de Alhos Vedros.

Certamente que não agradavam a todos, de certeza que muitos não se identificavam com a sua linha editorial ou alguns artigos de opinião que apareciam lá escritos. Contudo, era um espaço aberto para a vida comum do dia a dia, das nossas instituições, das nossas colectividades.

Não sou pessoa de escrita useira e fácil. Escrevo quando o assunto me incomoda, me entusiasma ou me espicaça. E, nas páginas de "O Rio" tive oportunidade de quando o solicitei ter abertura para transmitir ideias.
Também muitas das actividades em que participei foram ali devidamente noticiadas. Muito concretamente a SFRUA e o Carnaval de Alhos Vedros ali encontraram palavras de apoio e estimulo. Aqui lhes agradeço.

A quem interessa e serve a falta de informação? Num concelho a 30 Km da capital, vamos ficar só com o Boletim da CMM e a Agenda Maré Cheia? Ou as edições de jornais pagos pela CMM com distribuição gratuita nas Feira de Maio e Festa da Moita?
É deprimente o panorama da divulgação da vida das nossas colectividades.
A nivel não oficial só o Jornal da Moita vai divulgando algumas iniciativas. Já a nível das autarquias o panorama é pior.
Mesmo a nivel da Internet, actualmente, o Site da CMM e a página relativa às Colectividades é um autêntico zero, e, por exemplo, a Junta de Freguesia de Alhos Vedros nem site tem)
Com os meios que a CMM dispõe, facilmente criaria uma página onde essa divulgação fosse possivel, em/ou com a colaboração das Juntas de Freguesia.
A CMM o o seu Presidente não terá disponibilidade e interesse em encontrar soluções que impeçam este vazio? E porque não uma avença para apoiar assim um projecto inovador? Certamente que o lobby da informação tem tanto ou mais importância que o lobby dos toiros. Então, talvez, aproveitar o dinheiro da avença atribuída a um toureiro caído em desgraça, e aplicá-lo numa área bem mais necessária.
Todos ficariamos a ganhar.
De outro modo, a informação do que acontece no concelho fica mais reduzida.
Nós só sentimos verdadeiramente a falta quando alguém ou algo desaparece.
também nesta área no concelho, esperam-nos 2 a 3 anos muito "cinzentões".
"A luta continua"

Vitor Cabral
Vereador da CMM (em substituição)

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