... e não é por ironia falhada.
Na sombra da ortodoxia, localmente, aqueles que se proclamam comunistas não passam de aparelhistas, de escassa convicção e rápida habilidade para o negócio (político e não só...).
Os antigos podiam ser cabeça dura, os intermédios podiam ser pouco competentes, mas os "novos" não passam de pragmáticos que se adaptaram muito bem às formas modernas de manter o poder a todo o custo, mesmo que para isso se façam pactos de regime com os interesses privados.
É o capitunismo ou comunalismo, híbrido de capitalismo selvagem na acção concreta e comunismo ortodoxo na estratégia de combate político.
O problema da Câmara não é ser governada pela CDU ou pelo PCP é ser governada por gente sem referências reconhecíveis que não sejam a gestão e manutenção do Poder ou distinguíveis de qualquer outro aparelho do género, seja ele do PS no Montijo ou do PSD algures, sempre disponíveis para se adaptarem às circunstâncias e sem uma linha de rumo que ultrapasse a esperança de vida do fogo de artifício em noite de fim de festa.
Desde que se façam vénias às cúpulas distritas e nacionais e se mantenha boca calada, o presente vai-se equilibrando e o futuro preparando.
O passado, como diria a outra, agora não interessa nada.
AV1
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