sexta-feira, maio 26, 2006

Pontos negros

Serei eu que só vejo a garrafa quase toda vazia, em vez de encontrar a réstia lá no fundo.
Chegar a Alhos Vedros ao início da tarde é coisa deveras interessante.

1) Quem venha do IC e desça a estrada do Vale, leva com o lixo e a poeirada toda do mercado de 6ª feira, que ali permanece sem condições.
O poder local quis mudar a coisa de sítio?
Pois sim! Quis mandar aquilo para uma zona de fraco interesse para os almocreves e de difícil acesso para os compradores.
Instalou um espaço em cima do bom e velho terreno alagadiço, no hábito costumeiro de usar para fins públicos espaços desinteressantes para os interesses privados.
Não teria sido melhor qualificar o espaço onde o mercado já é costumeiro, entre o Vale e a Baixa, ordenando-o e regularizando-o?
É que se o tivesse feito naquele local, os vendedores ambulantes teriam menos argumentos para resistir à mudança.
Estariam a dar-lhes melhores condições, no mesmo local de sempre.
Agora mandá-los para a beira da bomba de gasolina, em terreno entulhado e longe do que interessa - os compradores - só nas cabecinhas pensadoras do costume.
Depois, em dia de vento estival, é ver os belos caixotes na faixa de rodagem, sacos pelos ares, a porcaria de sempre.

2) Mas quem quiser entrar em Alhos Vedros pelo lado da Moita, também tem o petisco por resolver daquela zona entre a Kleo e a Norporte, com o ponto negro junto às paragens de autocarro, passadeiras, cruzamentos, bomba de gasolina, tudo ali encaganitado.
Hoje, ao que percebi, um atropelamento na zona dos semáforos, não sei de quem a culpa, não parei para ver, perguntar e ajudar a empatar mais aquilo.
Filas a amontoarem-se nos dois sentidos, porque um dos envolvidos foi um atocarro dos TST que lá ficou parado. Claro que os srs. da GNR tiveram alguma dificuldade em perceberem que deviam ser eles a regularizar o trãnsito e não a esperar que aquilo se resolvesse a partir do nada, por geração espontânea. Devem ter-lhes interrompido o almoço, a vontade não era muita de fazer outra coisa.

3) Por fim, a queixa do costume quanto ao cruzamento defronte (ou de trás) da estação dos comboios. Não há passadeiras para peões, nem passagens assinaladas. Quem vem do lado da estação e vira para a esquerda tem que estar atento para não dar uma "panada" no separador por causa da falta de espaço (bastava ter recuado 1-2 metros o dito separador), para além da falta de visibilidade do sítio.
Mas quem planeou a passagem sob o viaduto para quem se dirija para o lado da "vila" pelo único caminho possível de carro, o cruzamento até deve ter sido apenas a 2ª asneira mais grave naquele sítio.

Brinde final: Já agora porque será que na Avenida Bela Rosa não há passadeiras até ao cruzamento com a Humberto Delgado? É para o pessoal acelerar como se não houvesse amanhá por ali abaixo que, mal um tipo mete o nariz de fora de uma transversal, até parece que lhe levam logo a frente toda do carro, ou se mete o pé fora do passeio, até dá logo duas reviravoltas em pleo ar? Se a ideia é essa, continuem sem colocar uma lombas de controle de velocidade, nem passadeiras. Nem mesmo junto à Farmácia que, como sabem, só é frequentada por gente jovem, ágil e de passo rápido.

Zé Vedros

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