«A verdade é que os políticos não são melhores nem piores do que o permitem a mentalidade portuguesa. Todo o país tem de aceitar a responsabilidade que lhe cabe; todo o país, e em especial a sua elite. A vida política de uma nação é, em grande parte, o reflexo da sua vida intelectual, dos seus movimentos de ideias, das aspirações mais profundas do seu escoal. Por outro lado, nenhum regime político de mentira e incompetência se pode manter em qualquer país sem que essa incompetência e essa mentira sejam os característicos dominantes da sua própria elite intelectual. De outra forma, as monstruosidades e as traficâncias impedi-las-ia o seu protesto organizado. Em última análise, é ela a maior responsável, porque constitui aquela parte duma nação que deveria ser a última a desfalecer ou a corromper-se.» (Raul Proença, Seara Nova, nº 1, 15 de Outubro de 1921)
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