quinta-feira, outubro 26, 2006

Ontem, anoiteceu cinzento e hoje nada parece melhor

Ontem , em sessão Pública da Câmara Municipal da Moita foi aprovado o envio do Projecto de Revisão do PDM para a CCDR de Lisboa e Vale do tejo, com a esperada votação (muda) da maioria em peso e o voto contra de toda a Oposição .
Também como se esperava o processo apenas obedeceu às formalidades mais aparentes da democracia, sendo ignoradas, na prática, as intervenções de todos os vereadores da oposição que ficaram sem a devida resposta a todas as suas inquirições e reservas.
O curioso em tudo isto é que a votação foi a modos que virtual, com o shôr Presidente João Lobo a assumir como seus os votos dos restantes membros da maioria que, pelos vistos, nem sequer tiveram direito a botar faladura e a dizer de sua justiça.
Fizeram o papel de corpos presentes e verbos de encher.
O habitual por estas bandas onde tanto se criticam os vícios de outras maiorias, passadas e presentes.
O Vice-Presidente Rui Garcia ainda disse qualquer coisa, mas Miguel Canudo, Vivina Nunes e Carlos Santos não tomaram posição nem abriram a boca para falar ao longo qusse cinco horas de reunião, e o seu voto a favor foi "virtual, pois na hora da votação, acto central da democracia representativa, o Presidente da Câmara João Lobo assumiu que os votos da CDU eram a favor e não se falou mais nisso.
Longe o tempo em que os "eleitos" tinham voz própria.
Longe os tempos do voto de braço no ar.
Agora na Moita as aprovações fazem-se de braços em baixo, obedecendo à voz de comando (?).
Depois da discussão entre os vereadores e da "votação" ter acabado foi dada a palavra aos cidadãos presentes, sendo notável que todas as diversas intervenções foram de reprovação do processo que levou a esta proposta de PDM e de João Lobo como o seu rosto "útil" no presente momento.
Claro que tudo isto não acabou e esta sessão foi apenas mais uma triste peça no imbróglio aparentemente cheio de ilegalidades que ainda marcará bastante a pequena história do Concelho da Moita nos próximos tempos.

AV1 (após auscultação de fontes próximas de todo o processo)

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