quinta-feira, outubro 26, 2006

Vox Populi, Vox Dei

Chegou-nos um mail descrevendo parte um episódio da reunião do Presidente da CMM com os moradores dos Brejos da Moita, relacionando-o com a reunião de ontem na CMM, em especial a intervenção de um munícipe e de um dos vereadores da oposição, texto que passo a transcrever:

«Na Reunião da Câmara Municipal com a População do Sul do Concelho, realizada aem 23 de Outubro de 2005, no Centro Convívio dos Brejos da Moita, uma revelação bombástica antecedeu imediatamente a saída abrupta do Presidente Presidente da Câmara João Lobo, do Vice-Presidente Rui Garcia, e da Corte da CM Moita que haviam trazido consigo.
Revelou em voz alta um munícipe:
O falecido Senhor António João da Torre era o dono dos 2,9 hectares no Penteado, que agora consubstanciam a Desanexação REN nº 18. Há poucos anos, cansado de tentar vender o seu terreno para um qualquer Interessado Comprador fazer uma Moradia (não tinha licença camarária nem para fazer uma casota de cão), o falecido entrou em desespero e vendeu a propriedade ao Vizinho, ilustre Advogado e Consultor Jurídico avençado ao mais alto nível junto da Presidência da Câmara da Moita. Corriam os anos da preparação do Projecto de Revisão do PDM da Moita.
O terreno em boa hora comprado por 19 mil contos pelo feliz Vizinho, terreno que não dava para nada, vai agora passar a Solo Urbano Habitacional Proposto, enfim, bom para umas dezenas de Moradias boas. Na Sessão de Câmara de 25 de Outubro de 2006, o Vereador Luis Nascimento (PSD) questionou vivamente este caso.
Confrontado com as perguntas do Vereador, o Presidente da Câmara João Lobo respondeu: "Não posso impedir as pessoas de investir. Olhe, eu não comprei, por isso, não tenho nada a ver com isso".»

Sendo verdade o que aqui é exposto, para além da falta de ética de toda a situação por parte do casuídico envolvido, é lamentável, para não dizer pior, a forma como o Presidente da CMM se procura demarcar de tudo o que se passa d emenos agradável, alegando apenas que não foi ele que efectuou a compra e, portanto, nada tem a dizer sobre o assunto.
De quem representa o poder político ao mais alto nível no concelho esperar-se-ia mais, pelo menos em defesa da transparência de processos.

AV1

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