Ocupar um lugar de juiz do Tribunal Constitucional devia ser o culminar de uma carreira, em virtude natureza e teórica dignidade do órgão.
Nos Estados Unidos, a designação para o Supremo Tribunal é vitalícia, quem para lá for aos 40 e tal anos pode por lá ficar décadas.
Ninguém concebe a saída de um lugar daqueles para ocupar um cargo de nível executivo,
Por cá, os tribunais supremos da Nação são locais de trânsito para quem tem aspirações políticas e, pelo que se vê, não passam de um mero apeadeiro entre outros compromissos.
Á saída para o Governo de Rui Pereira, pouco depois de um mês de ser designado para o TC, é a demonstração desta triste prática entre bnós e levanta imensas dúvidas, possivelmente injustas, relativamente a alguém que até é encarado como razoavelmente competente entre nós.
A primeira é saber porque foi nomeado, pela competência ou pelo alinhamento.
A segunda é saber o que fará depois da passagem pelo Governo.
Em qualquer dos casos, ficará sempre a suspeita no ar de ser um comissário político em espaços onde isso não deveria ser concebível.
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1 comentário:
Bom post!
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