segunda-feira, junho 11, 2007

Ainda Vive Alhos Vedros?

O que é que aconteceu ao nosso estimado conterrâneo?
Agora que o bailinho começa a aquecer!
Já a malta da tertúlia há vários dias que está em estado comatoso.
Adivinho para meio da semana uma meia dúzia de posts do rapaz sobre um qualquer assunto muito específico a demonstrar qualquer coisa que agora não interessa nada.
Ou isso ou andam a auscultar as toupeiras...
Que eles as têm ou então gabam-se disso.
Será que algo falhou, nos entretantos?

3 comentários:

Anónimo disse...

Encontro “A Agricultura e o Mundo Rural”

Sábado, 09 Junho 2007

Ao intervir no encerramento do Encontro realizado na Mealhada, Jerónimo de Sousa afirmou que:”

(…)

Continuamos longe de tirar todo o partido dos nossos recursos e muitas das nossas capacidades permanecem inaproveitadas, nomeadamente as que podiam potenciar o desenvolvimento da nossa agricultura e melhorar substancialmente o nosso grau de auto-aprovisionamento e diminuir o nosso elevado défice agro-alimentar.

(…)

Na verdade, o que esta evolução revela é a incapacidade das políticas prosseguidas no país de inverter a actual tendência de destruição dos sectores produtivos nacionais com a consequente substituição da produção nacional pela estrangeira.

(…)

É inquestionável que esta política está a hipotecar o futuro do país que cada vez mais trabalha para amortizar a sua dívida e os elevados juros que ela comporta e cada vez tem mais dificuldades para financiar o seu próprio desenvolvimento e a recuperação do nosso relativo atraso.

(…)

Portugal tem que produzir mais e importar menos e a agricultura portuguesa, se apoiada e sustentada numa estratégia de valorização das capacidades competitivas que temos, particularmente das produções mediterrânicas que urge aproveitar, poderia dar um grande contributo para desagravar o défice das nossas contas externas e garantir a segurança alimentar do país.

Mas também como aqui foi realçado para garantir o desenvolvimento equilibrado e sustentado do país, onde o desenvolvimento da agricultura e as políticas agrícolas estão no centro de qualquer política séria de combate ao crescente e inquietante processo de desertificação humana, declínio demográfico e social e de regressão económica, processos que continuam a desenvolver-se em largas partes do território nacional.

Para isso é preciso travar e inverter as actuais tendências negativas que se verificam na evolução da nossa agricultura, nomeadamente a contínua e avassaladora destruição das explorações agrícolas. Como o documento o descreve, só entre 1989 e 2006 desapareceram mais de 250 mil explorações, ao mesmo tempo que diminuiu a área semeada e os incultos passaram a assumir uma expressão cada vez mais significativa.

(…)

Na verdade as políticas agro-rurais do governo do PS vão mais no sentido de liquidar o que resta da agricultura familiar do que responder aos problemas e angustias que atingem os agricultores e o mundo rural.

As suas principais orientações e medidas representam um deliberado ataque à pequena agricultura e às explorações agrícolas familiares e um drástico agravamento da desertificação do mundo rural, em particular das zonas de montanha.

Seja qual for a perspectiva de onde se olhe, o que se apresenta são mais obstáculos, mais dificuldades e menos ajudas para a agricultura e o mundo rural.

(…)

Com tal política e com a aplicação da PAC desligando ao máximo as ajudas das produções a que dizem respeito, teremos fatalmente mais abandono da produção agrícola e mais terras a monte!

(…)


As orientações estratégicas dos grandes grupos económicos nacionais e das multinacionais instaladas em Portugal permaneceram intocáveis e também os factores centrais na competitividade, como os custos da energia, das comunicações, dos transportes, do crédito bancário, seguros, entre outras.

Não se resolve ou melhor prepara-se o governo para liquidar definitivamente a electricidade verde, enquanto mantém o gasóleo agrícola em valores elevados e incomparavelmente mais caros que os nossos concorrentes espanhóis. Não dá solução para o problema do preço da água, para o regadio agrícola e em matéria de seguro agrícola tudo o que está avançado, indicia um agravamento das suas condições para os pequenos agricultores e zonas críticas.

(…)

Tudo isto está a corroer o tecido económico e social do mundo rural. Mundo rural que, ao contrário do prometido, o que temos visto por parte do governo PS são apenas bonitas palavras.

(…)
Desinvestimento que se agravou com as políticas orçamentais restritivas destes dois anos de governo do PS que penalizam particularmente as regiões do interior em declínio e as actividades agrícolas.

Territórios cada vez mais diminuídos nas suas capacidades para promoção do seu próprio desenvolvimento e com mais escassas oportunidades para assegurar uma vida digna às populações residentes.

(…)

Mas no que diz respeito ao desenvolvimento das regiões do interior do país a mais evidente prova da falácia das promessas do actual governo do PS, é o recente Programa Nacional para as Políticas do Ordenamento do Território que assume, na prática, o abandono de mais de metade do país, abandonando o objectivo da promoção do desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional.

Desenvolvimento que deveria ser uma incumbência prioritária das políticas económicas e sociais de qualquer governo vinculado ao dever constitucional de promoção da coesão de todo o território nacional e do objectivo, também constitucional, da eliminação das diferenças económicas e sociais entre a cidade e o campo e entre o litoral e o interior.

Do conjunto dos contributos que aqui vieram se confirma que se continuam a agudizar os problemas da agricultura portuguesa, os problemas de regiões e concelhos que tinham na actividade agro-florestal a base do emprego e da sua vida económica e social.

E, na verdade, com governo do PS não se vislumbra qualquer iniciativa credível para inverter esta situação, antes pelo contrário todas as medidas tomadas vão no sentido do aprofundamento das assimetrias regionais.

É neste quadro de imperiosa necessidade de combate aos processos de desertificação e declínio do mundo rural que se impõe também acelerar os processos de regionalização e de descentralização, dotando as diversas regiões do país dos instrumentos de planeamento do desenvolvimento e de ordenamento do território, que permitam tirar todo o partido dos seus recursos e envolver os diversos agentes nas políticas e processos de desenvolvimento local e regional.

Portugal não está condenado a ver reduzida a sua agricultura a uma situação quase residual. Tão pouco a assistir ao constante crescimento de manchas do território nacional desertificadas.

(…)


É nossa profunda convicção que Portugal não está condenado ao atraso. É possível e necessário realizar outra política, invertendo o caminho que tem sido seguido. Da nossa parte temos propostas e muitas outras aqui hoje foram apresentadas que evidenciam a existência de uma política alternativa às políticas de direita.

A Conferência do PCP sobre a Situação Económica e Social realizar-se-á para mostrar e demonstrar que o actual caminho que a política de direita impõe não é único, e que há outras soluções capazes de resolver os problemas nacionais e garantir o desenvolvimento sustentado e equilibrado do país e melhores condições de vidas aos portugueses.

É possível e é preciso mudar de rumo. Mas aqui também existe uma quota-parte de responsabilidade de todos e cada um. Para outro rumo na política agrícola é indispensável a intervenção e a luta organizada dos agricultores. Podem confiar na Senhora do Sameiro ou, nas situações de aperto, apelar a Santo António ou a São Jerónimo quando troveja e cai pedra.

Rezem mas vão lutando! Porque sois os melhores portadores e lutadores das vossas causas e aspirações. Contando connosco nas horas boas e nas horas más! “


http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29760&Itemid=381

Anónimo disse...

O PCP é que tem de mudar de rumo, ou muda ou acaba.

Anónimo disse...

não me digam que o jerónimo está a pedir perdão
pelos roubo das terras no alentejo após o 25 de abril em que o camarada vasco fez uma lei da reforma agarra o que é dos outros em que operários deste concelho vestidos de fato macaco foram trabalhar a barriga á conta dos outros e ainda alguns vieram com maquinas agricolas que apodreceram poe exeço de trabalho nas tabernas do concelho da moita
se a agricultura está de rastos o PCP tambem tem a re4sponsabilidade do gamanço naquela altura.