PDM na Moita o escândalo continua
O ex-assessor do Presidente da Câmara, e também responsável pela defesa do PDM, conseguiu desempenhar o cargo tão bem, que hoje vive na mansão (ao que dizem por empréstimo) mandada construir por um dos maiores beneficiários dos protocolos feitos com a Câmara, protocolos que garantem à Câmara algum terreno nas propriedades que este comprou em REN por baixíssimo preço mas com a garantia através do protocolo que a mesma vai passar com o PDM, a terreno urbano.
Casos destes são vários, e existem em quase todos os terrenos que vão ser desanexados de REN, o que é no mínimo ilegal, pois condicionou a discussão pública do dito PDM, face aos protocolos existentes, nenhuma alteração proposta para essas grandes/futuras urbanizações foi considerada.
Como se tal não bastasse, a Assembleia Municipal Extraordinária do passado dia 25 de Julho foi como já escrevi uma anedota, pois o senhor presidente afirma na abertura da sessão, ir alterar a ordem de trabalhos para apresentar três propostas sugeridas pelo Sr., presidente da Câmara, sem que este as tivesse discutido em sessão de câmara, sessão que se recusou a convocar para analisar o parecer negativo da CCDR-VTL sobre a versão final do PDM. Segue-se nova anedota, pois o senhor presidente da Assembleia Municipal afirma também na dita Assembleia que não vai haver votação do PDM por o mesmo ter que ir a discussão pública face às alterações que iriam ser introduzidas a pedido como já referi do Sr., presidente da câmara.
Acontece que isto levantou uma grande polémica, pois entendeu a oposição, que o presidente da Assembleia não era moço de recados do presidente da câmara, muito menos, de recados que não tinham sido aprovados em sessão de câmara, e retirou-se em bloco da sala. (aqui deixo as análises para os politólogos da maioria, que ainda hoje tantos anos depois de Abril continuam em cada dois passos a olhar por cima do ombro, vá-se lá saber se é por falta de cumprimento dos protocolos assumidos à 10 anos, e ainda sem PDM, mas aí a culpa é só deles, pois sempre foram maioria absoluta no concelho, ou então olham sobre o ombro por ainda pensarem andar na clandestinidade),
Seguiu-se a apresentação do PDM, a aprovação dos recados do Sr. Presidente da Câmara pela maioria CDU/PCP, e espanto dos espantos, a aprovação do PDM, mais uma alteração da ordem de trabalhos, anunciada pelo senhor presidente da AM a pedido de um senhor deputado municipal.
De seguida, e depois de acordado entre eles por unanimidade (aqui alguém recordou que à palavra unanimidade deveriam juntar “na ausência da oposição”, é o mesmo enviado para a Câmara para esta aprovar em sessão, a abertura de um novo período de debate publico. Pergunta-se com que legitimidade vai haver um debate público sobre um PDM já aprovado pela AM?
Foi uma aprovação preliminar? Então para que serve tal aprovação e onde tinha a cabeça o deputado que apresentou tal proposta? Estar-se-á a perfilar para um cargo que dê almocinhos?
È que na verdade estamos perante um embuste inadmissível, pois a CDU/PCP não vai aceitar em debate público, o que sempre recusou quando apresentado pelos eleitos da oposição, com a afirmação que “quem tem a maioria são eles e por isso utilizam-na como querem”, palavras do Sr. Presidente da Câmara e outros eleitos da CDU/PCP em várias intervenções, (que fazem recordar as de Avelino Ferreira Torres e Alberto João Jardim), e que ouvimos de novo na ultima sessão de câmara que teve lugar no dia 5 deste mês sessão que aprovou em 50 minutos de reunião, sem qualquer intervenção dos membros da CDU/PCP, a não ser o levantarem o braço a favor, qual (não me recorda agora o nome daqueles bonequinhos que eu adorava ver nas feiras quando miúdo e que eram manejados por cordéis), e algumas boas intervenções da oposição, que em bloco votou contra, alegando não estar esclarecida a ida à câmara com mandato de busca da Policia Judiciária, que levou os tais protocolos e os discos dos computadores, a promiscuidade entre o tal ex-assessor e o PDM, o mais que provável abate de sobreiros no Chão Duro com a desanexação de REN prevista no PDM, o colocar a REN, em cima da RAN onde existem vacarias, aterro municipal, que visto ao nível do solo já tapa a vista sobre o Castelo de Palmela para quem mora na Barra-Cheia, existem também duas ou três decapagens de produtos em aço, com todas as infiltrações dos produtos utilizados na protecção de ferrugens nos ditos materiais, suiniculturas industriais, ou seja, o que é preciso é enganar os responsáveis governamentais ,dizendo que a área de REN se mantém, apesar de a colocar exactamente em cima da já existente RAN.
Terminada a dita sessão de câmara, foi pelo Sr. Presidente proibida a intervenção do público presente, tendo gerado algum burburinho.
Não foi por maldade, mas apenas ao que parece pura coincidência a permanência de carros patrulha da GNR, no quartel desta unidade que fica mesmo em frente do Município.
Numa altura em que os responsáveis do Governo, dizem ser prioridade a recuperação das zonas degradadas destes concelhos e não o aumento de habitações, o que a Câmara da Moita com maioria CDU/PCP faz, é satisfazer os interesse dos especuladores imobiliários, é permitir o aumento desmesurado da construção, num concelho onde existe vários "pátios de habitação", (ilhas sem qualquer condição de saneamento, ou saneamentos colectivos), bem como milhares de fogos para venda, e uma perda constante de habitantes.
Este é o concelho mais atrasado da Área Metropolitana da Grande Lisboa em vários aspectos, desde o desporto (é o único concelho da Área onde a sede do concelho tal como a freguesia mais antiga, não tem um campo de futebol relvado) onde há míngua de pavilhões gimnodesportivos, piscinas municipais, falta de ETAR, continua a correr através da freguesia de Alhos Vedros esgotos a céu aberto, esgotos que em todo o concelho continuam a correr para o Tejo, com a promessa na véspera de eleições, da construção da tal ETAR sempre para o ano seguinte.
È verdade que já há poucas ruas por betonar, poucas casas com falta de ligação de saneamento básico, mas também é verdade que estão à 34 anos no poder, e se isto é a obra de que se orgulham, o que dizer das dezenas de hectares de pinhal que foram destruídos para dar lugar a duvidosas urbanizações, como a segunda fase da Fonte da Prata, cujos arranjos exteriores “marinas etc”, foram agora de todo afastadas com a falência da FADESA.
No fundo, toda esta peça mal encenada de Teatro Democrático a que chamam debate publico das alterações ao PDM, mais não visa que satisfazer os compromissos assumidos com os especuladores imobiliários, em véspera de eleições, sabendo a CDU/PCP que não há alternativa face ás politicas nacionais do PS que mais uma vez se irão reflectir nas eleições autárquicas levando não o PCP a ganhá-las com mérito, mas sim o PS a perdê-las, por demérito não tanto dos seus autarcas mas das politicas do Governo, que a distância entre os outro partidos da oposição e a CDU/PCP é na ordem dos 4 votos para um (o que não espanta, quando se põe a célula a distribuir pela câmara, que se não ganharem vai haver despedimentos, que lares e creches podem fechar, se transportam lares inteiros para as mesas de voto, com cópia do voto e a cruz já no sitio, “é fácil, votar é só copiar.”. È com este tipo de atitudes que a CDU/PCP está a pensar perpetuar-se no poder. Para os que tem duvidas, recordo que eu tive alguns anos de treino nisto e recordo também que o actual direcção do PCP da Moita tem uma característica, ao longo da sua história não esqueceu nada, mas também não aprendeu coisa nenhuma.
Vamos ver que resposta os cidadãos deste concelho irão dar em 2009, vamos ver se serão capazes de criar uma lista de homens e mulheres que defendam os valores da esquerda e que sejam verdadeiros lutadores pela defesa dos cidadãos, que sejam alternativa a todas estas ilegalidades que estão há anos a destruir o concelho.
Pela minha parte, em primeiro lugar estarei com o meu partido o Bloco de Esquerda, mas se houver a tal alternativa, trabalharei dentro dele para um empenho sincero, honesto e não controleirista, na defesa de tal lista, o que não podemos, é ficar parados a ver o concelho definhar.
António Chora
Deputado Municipal e Metropolitano pelo Bloco de Esquerda.
O ex-assessor do Presidente da Câmara, e também responsável pela defesa do PDM, conseguiu desempenhar o cargo tão bem, que hoje vive na mansão (ao que dizem por empréstimo) mandada construir por um dos maiores beneficiários dos protocolos feitos com a Câmara, protocolos que garantem à Câmara algum terreno nas propriedades que este comprou em REN por baixíssimo preço mas com a garantia através do protocolo que a mesma vai passar com o PDM, a terreno urbano.
Casos destes são vários, e existem em quase todos os terrenos que vão ser desanexados de REN, o que é no mínimo ilegal, pois condicionou a discussão pública do dito PDM, face aos protocolos existentes, nenhuma alteração proposta para essas grandes/futuras urbanizações foi considerada.
Como se tal não bastasse, a Assembleia Municipal Extraordinária do passado dia 25 de Julho foi como já escrevi uma anedota, pois o senhor presidente afirma na abertura da sessão, ir alterar a ordem de trabalhos para apresentar três propostas sugeridas pelo Sr., presidente da Câmara, sem que este as tivesse discutido em sessão de câmara, sessão que se recusou a convocar para analisar o parecer negativo da CCDR-VTL sobre a versão final do PDM. Segue-se nova anedota, pois o senhor presidente da Assembleia Municipal afirma também na dita Assembleia que não vai haver votação do PDM por o mesmo ter que ir a discussão pública face às alterações que iriam ser introduzidas a pedido como já referi do Sr., presidente da câmara.
Acontece que isto levantou uma grande polémica, pois entendeu a oposição, que o presidente da Assembleia não era moço de recados do presidente da câmara, muito menos, de recados que não tinham sido aprovados em sessão de câmara, e retirou-se em bloco da sala. (aqui deixo as análises para os politólogos da maioria, que ainda hoje tantos anos depois de Abril continuam em cada dois passos a olhar por cima do ombro, vá-se lá saber se é por falta de cumprimento dos protocolos assumidos à 10 anos, e ainda sem PDM, mas aí a culpa é só deles, pois sempre foram maioria absoluta no concelho, ou então olham sobre o ombro por ainda pensarem andar na clandestinidade),
Seguiu-se a apresentação do PDM, a aprovação dos recados do Sr. Presidente da Câmara pela maioria CDU/PCP, e espanto dos espantos, a aprovação do PDM, mais uma alteração da ordem de trabalhos, anunciada pelo senhor presidente da AM a pedido de um senhor deputado municipal.
De seguida, e depois de acordado entre eles por unanimidade (aqui alguém recordou que à palavra unanimidade deveriam juntar “na ausência da oposição”, é o mesmo enviado para a Câmara para esta aprovar em sessão, a abertura de um novo período de debate publico. Pergunta-se com que legitimidade vai haver um debate público sobre um PDM já aprovado pela AM?
Foi uma aprovação preliminar? Então para que serve tal aprovação e onde tinha a cabeça o deputado que apresentou tal proposta? Estar-se-á a perfilar para um cargo que dê almocinhos?
È que na verdade estamos perante um embuste inadmissível, pois a CDU/PCP não vai aceitar em debate público, o que sempre recusou quando apresentado pelos eleitos da oposição, com a afirmação que “quem tem a maioria são eles e por isso utilizam-na como querem”, palavras do Sr. Presidente da Câmara e outros eleitos da CDU/PCP em várias intervenções, (que fazem recordar as de Avelino Ferreira Torres e Alberto João Jardim), e que ouvimos de novo na ultima sessão de câmara que teve lugar no dia 5 deste mês sessão que aprovou em 50 minutos de reunião, sem qualquer intervenção dos membros da CDU/PCP, a não ser o levantarem o braço a favor, qual (não me recorda agora o nome daqueles bonequinhos que eu adorava ver nas feiras quando miúdo e que eram manejados por cordéis), e algumas boas intervenções da oposição, que em bloco votou contra, alegando não estar esclarecida a ida à câmara com mandato de busca da Policia Judiciária, que levou os tais protocolos e os discos dos computadores, a promiscuidade entre o tal ex-assessor e o PDM, o mais que provável abate de sobreiros no Chão Duro com a desanexação de REN prevista no PDM, o colocar a REN, em cima da RAN onde existem vacarias, aterro municipal, que visto ao nível do solo já tapa a vista sobre o Castelo de Palmela para quem mora na Barra-Cheia, existem também duas ou três decapagens de produtos em aço, com todas as infiltrações dos produtos utilizados na protecção de ferrugens nos ditos materiais, suiniculturas industriais, ou seja, o que é preciso é enganar os responsáveis governamentais ,dizendo que a área de REN se mantém, apesar de a colocar exactamente em cima da já existente RAN.
Terminada a dita sessão de câmara, foi pelo Sr. Presidente proibida a intervenção do público presente, tendo gerado algum burburinho.
Não foi por maldade, mas apenas ao que parece pura coincidência a permanência de carros patrulha da GNR, no quartel desta unidade que fica mesmo em frente do Município.
Numa altura em que os responsáveis do Governo, dizem ser prioridade a recuperação das zonas degradadas destes concelhos e não o aumento de habitações, o que a Câmara da Moita com maioria CDU/PCP faz, é satisfazer os interesse dos especuladores imobiliários, é permitir o aumento desmesurado da construção, num concelho onde existe vários "pátios de habitação", (ilhas sem qualquer condição de saneamento, ou saneamentos colectivos), bem como milhares de fogos para venda, e uma perda constante de habitantes.
Este é o concelho mais atrasado da Área Metropolitana da Grande Lisboa em vários aspectos, desde o desporto (é o único concelho da Área onde a sede do concelho tal como a freguesia mais antiga, não tem um campo de futebol relvado) onde há míngua de pavilhões gimnodesportivos, piscinas municipais, falta de ETAR, continua a correr através da freguesia de Alhos Vedros esgotos a céu aberto, esgotos que em todo o concelho continuam a correr para o Tejo, com a promessa na véspera de eleições, da construção da tal ETAR sempre para o ano seguinte.
È verdade que já há poucas ruas por betonar, poucas casas com falta de ligação de saneamento básico, mas também é verdade que estão à 34 anos no poder, e se isto é a obra de que se orgulham, o que dizer das dezenas de hectares de pinhal que foram destruídos para dar lugar a duvidosas urbanizações, como a segunda fase da Fonte da Prata, cujos arranjos exteriores “marinas etc”, foram agora de todo afastadas com a falência da FADESA.
No fundo, toda esta peça mal encenada de Teatro Democrático a que chamam debate publico das alterações ao PDM, mais não visa que satisfazer os compromissos assumidos com os especuladores imobiliários, em véspera de eleições, sabendo a CDU/PCP que não há alternativa face ás politicas nacionais do PS que mais uma vez se irão reflectir nas eleições autárquicas levando não o PCP a ganhá-las com mérito, mas sim o PS a perdê-las, por demérito não tanto dos seus autarcas mas das politicas do Governo, que a distância entre os outro partidos da oposição e a CDU/PCP é na ordem dos 4 votos para um (o que não espanta, quando se põe a célula a distribuir pela câmara, que se não ganharem vai haver despedimentos, que lares e creches podem fechar, se transportam lares inteiros para as mesas de voto, com cópia do voto e a cruz já no sitio, “é fácil, votar é só copiar.”. È com este tipo de atitudes que a CDU/PCP está a pensar perpetuar-se no poder. Para os que tem duvidas, recordo que eu tive alguns anos de treino nisto e recordo também que o actual direcção do PCP da Moita tem uma característica, ao longo da sua história não esqueceu nada, mas também não aprendeu coisa nenhuma.
Vamos ver que resposta os cidadãos deste concelho irão dar em 2009, vamos ver se serão capazes de criar uma lista de homens e mulheres que defendam os valores da esquerda e que sejam verdadeiros lutadores pela defesa dos cidadãos, que sejam alternativa a todas estas ilegalidades que estão há anos a destruir o concelho.
Pela minha parte, em primeiro lugar estarei com o meu partido o Bloco de Esquerda, mas se houver a tal alternativa, trabalharei dentro dele para um empenho sincero, honesto e não controleirista, na defesa de tal lista, o que não podemos, é ficar parados a ver o concelho definhar.
António Chora
Deputado Municipal e Metropolitano pelo Bloco de Esquerda.
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