Não tenho o fascínio quase obsessivo do Pacheco Pereira pelas coisas ligadas a Álvaro Cunhal e ao PC, mas tenho o resto dos arquivos do meu pai e coisas minhas, que fui juntando.
Entre tudo isso, tenho umas dezenas de revistas O Militante, de que recentemente saiu o nº 278 e que, nas suas chamadas de capa tem o título A pressão ideológica como forma de exploração, texto do dirigente sindical Américo Nunes que se espraia ortodoxamente pelas páginas 9 a 14.
A prosa dirige-se contra a cultura ideológica de empresa, no caso da Autoeuropa, mas há passagens em que, se mudarmos apenas uma ou duas palavrinhas, fazem todo o sentido em outros contextos.
Ora vejamos esta:
«O patriotismo, o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a liberdade, a igualdade, a democracia, a negociação, a competição, a responsabilidade, o amor, o bem e o mal, o medo, são ideias e sentimentos do arsenal ideológico, utilizado como forma de condicionar e canalizar, sem resistência, todas as capacidades e energias dos trabalhadores em prol dos objectivos da empresa [substituir por qualquer outra palavra, como "Partido" ou "Estado", por exemplo]. Incluindo fazer sacrifícios, se necessário.»
Então, o que acham ?
Em matéria de arsenal ideológico, nós já temos a nossa conta !
AV1
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