Não que tenha acabado de fazer 18 anos há pouco ou algo parecido, muito pelo contrário, infelizmente.
Eu passo a explicar:
O meu direito ao voto nunca foi exercido até hoje em eleições locais porque, por um lado, o PC e as alianças por ele lideradas sempre me parecerem responsáveis pelo imobilismo em que o concelho se atolou e em particular a freguesia de Alhos Vedros. Enquanto alguns concelhos à volta, com gestão da mesma tendência, iam superando a crise dos anos 80 e conseguindo algum desenvolvimento, a Moita foi perdendo competitividade em termos relativos. É certo que hoje o concelho está melhor do que há 30 anos mas, em paralelo com o Barreiro, está menos bem do que outros com as mesmas características.
Por outro lado, as oposições locais nunca me atraíram, quer porque se mostravam incapazes de erguer um projecto coerente e de mobilizar as forças para um combate a sério contra a hegemonia do PC, quer porque as vaidades e os interesses pessoais sempre substituíram as ideias.
Este ano, por uma vez, sinto-me com vontade de votar por três ordens de razões:
O meu direito ao voto nunca foi exercido até hoje em eleições locais porque, por um lado, o PC e as alianças por ele lideradas sempre me parecerem responsáveis pelo imobilismo em que o concelho se atolou e em particular a freguesia de Alhos Vedros. Enquanto alguns concelhos à volta, com gestão da mesma tendência, iam superando a crise dos anos 80 e conseguindo algum desenvolvimento, a Moita foi perdendo competitividade em termos relativos. É certo que hoje o concelho está melhor do que há 30 anos mas, em paralelo com o Barreiro, está menos bem do que outros com as mesmas características.
Por outro lado, as oposições locais nunca me atraíram, quer porque se mostravam incapazes de erguer um projecto coerente e de mobilizar as forças para um combate a sério contra a hegemonia do PC, quer porque as vaidades e os interesses pessoais sempre substituíram as ideias.
Este ano, por uma vez, sinto-me com vontade de votar por três ordens de razões:
1) O estado de declínio relativo do concelho da Moita e da freguesia de Alhos vedros, mesmo no contexto da Península de Setúbal, é algo indesmentível e que só os fiéis, os crentes e os interessados numa Verdade única podem afirmar não ver. Chegou o momento de tentar travar este processo de decadência e erosão da nossa auto-estima e por isso desta vez acho imperativo não me abster.
2) O que se projecta para o futuro – caso do PDM – é o agravamento de tudo o que de pior eu encontro no concelho, ou seja, projecção do aumento da população e suburbanização do espaço urbano e periurbano dos núcleos habitacionais, sem as equivalentes medidas de preservação do ambiente e património e sem que as necessárias infraestruturas de apoio estejam devidamente acauteladas. Portanto, é indispensável votar contra este modelo de desenvolvimento para o concelho e evitar que ele seja implementado.
3) Desta vez, existe uma força política que consegue apresentar uma equipa em que eu consigo acreditar e em cujo afecto pela nossa terra me parece genuíno e não apenas instrumental, como forma de atingir algum poder. A candidatura do Raminhos à Presidência da CMM é uma lufada de ar fresco e ninguém consegue, a menos que seja com muita má-fé, apontar-lhe defeitos que não sejam o não estar envolvido nas mesquinhas lutas políticas locais ou a inexperiência nos meandros da gestão autárquica. Também a acção do sindicalista Chora na Autoeuropa me merece a maior admiração pelo bom-senso que tem vindo a revelar e está longe dos bichos-papões com que o pessoal do centro-direita gosta de apontar às esquerdas.
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Por tudo isto, no dia 9 irei votar na lista do Bloco para a CMM, encabeçada pelo Raminhos, assim como nas restantes listas apresentadas por esta formação partidária.
Quem não concorda comigo, tem todo o direito de o expressar mas, espero, que me reserve a mim também o direito de ser claro e objectivo na minha declaração e não a deturpe por conveniências mesquinhas do momento.
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Para tornar as coisas mais claras, afirmo desde já o que considero uma Vitória e uma Derrota para mim, quanto ao desfecho das eleições de Domingo.
Critérios de Derrota: Existência de uma qualquer maioria absoluta na CMM e não eleição do Raminhos como vereador. Considero os resultados nas Juntas de Freguesia menos relevantes, porque não é por elas que passa o "grosso" da "coisa".
Critérios de Vitória: Inexistência de uma maioria absoluta ou, caso exista, de uma maioria contrária na Assembleia Municipal e eleição do Raminhos como vereador. A cereja sobre o bolo seria o Bloco passar a coligação PSD/CDS em número de votos.
AV1
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