sexta-feira, novembro 25, 2005

Do Ar II



Ora aqui temos mais uma panorâmica bem interessante sobre parte da nossa freguesia, que mostra como antigamente existia um esteiro do Tejo que entrava para sul até ao que agora são os Bairros Gouveia e Francisco Pires e a Vila Verde, enquanto outro se espraiava pela Vinha das Pedras.
Dá para perceber, na sequência do Parque das Salinas - ele próprio feito numa zona alagada todos os Invernos - o prolongamento para montante das linhas de água que iam desembocar na zona da Igreja e do Cais Velho, onde a força das águas das marés fazia mover as mós do Moinho de Maré. Repare-se como o Bairro Francisco Pires fica no meio dessa zona húmida que contorna do lado poente a Vila Verde (alguma razão existiria para o nome) e é bem visível ao vivo pela vala e canavial que a assinalam até perto da Piscina.
Do lado da Vinha das Pedras, aquela espécie de V invertido, a poente do Ecocentro, que se vê melhor quando se amplia a imagem termina no muito apropriadamente chamado Vale da Amoreira. Aqueles eucaliptos que por ali sobram, junto daquelas habitações precárias (as de madeira, não são os blocos de apartamentos, seus maldosos), são o que resta do arvoredo utilizado para drenar, de uma maneira natural, aqueles terrenos.

AV1

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