quinta-feira, novembro 24, 2005

O Plano Tecnológico

Levou 9 meses a nascer desde a vitória do PS nas eleições.
Em tudo se parece connosco e com o espírito tuga.
Dizem que está aí mas nisso se esgota o que sabemos, pois nem se sabe no que consiste, como vai ser efectivamente implementado e quem vai coordenar a coisa.
Dizem que o nosso PM vai falar já daqui a bocadinho sobre isso.
Depois do show de ontem em torno da Ota, hoje é o famigerado Plano.
Isto devia ser uma semana em beleza para o Governo mas, se querem saber a minha opinião e mesmo se não quiserem eu escrevo de qualquer maneira, a malta está-se perfeitamente nas tintas.
Tirando: a) os donos das terras que vão ser expropriadas para o aeroporto; b) a malta que se vai afiambrar a dar a formação destes cursos tecnológicos. Eu conheço gente que já deve estar a pensar em mudar de TD ou de jipe para o ano que vem.

AV1

2 comentários:

Mário da Silva disse...

Eu até fiquei espantado com a equipa de fiscalização de um Plano que prevê acompanhamento de entidades estrangeiras à nossa R&D.

É que como as nossas empresas têm aquele capital necessário para fazer o registo de patentes a nível mundial é mesmo "dar o ouro ao bandido".

Veja-se o que aconteceu com aquela investigadora do norte e a empresa japonesa que lhe "gamou" -- que outra expressão é vã -- o produto e o patenteou no mundo inteiro; excepto em Portugal que o dinheiro da moça não chegou para mais.

Este plano (o novo, entenda-se) vai ser um fiasco e uma mama para os do costume.

E depois queixam-se (ouvi o João Cravinho nessa lamúria ainda agora) que as associações empresariais e algumas universidades se queixaram do modelo e de nem terem sido ouvidas.

Até mais.

AV disse...

O problema, como a formação profissional a vários níveis, é que é muitas vezes implementada com base nos interesses dos formadores e entidades formadoras do que no dos potenciais formandos.
E tem servido para alimentar clientelas, conforme as cores do momento.
Grandes exemplos: o FSE por onde passei há mais de 15 anos como formando de uma pós-graduação universitária em que os formadores recebiam por aulas que não davam, ameaçando os formandos para assinarem folhas de presença se queriam receber o seu próprio subsídio de formação. Para não falar nos famosos casos da UGT e de outras empresas fantasmagóricas de finais de 80 e inícios de 90.
Outro exemplo: os dinheiros para a formação de professores, cujos centros funcionam em circuito fechado.
Último exemplo: a formação dada pelo IEFP cujos resultados, em termos de (re)inserção dos formandos no mercado de trabalho nunca são devidamente avaliados.

AV1