Hoje estou pior do que estragadinho com a moda das novas tecnologias por cá.
Isto em Portugal, enquanto as pessoas e as rotinas forem o que são, não vale a pena meterem-lhes planos tecnológicos, computadores da última geração, internet, banda larga, etc, etc, etc, em casa ou nas empresas, porque as falhas de organização continuam as mesmas.
Já nem vou falar dos organismos públicos em que os pedidos de esclarecimento por mail levam o mesmo ou mais tempo a responder do que uma carta em papel.
Agora ficar-me-ei por um exemplo de empresa de sucesso, a que recorro bastante, e que devia não padecer destes males.
Pois é.
A minha bela Fnac, que já me entusiasmou muito mais do que agora, é daquelas lojas com encomendas online.
E a que eu já recorri, muito pontualmente, para encomendar livros estrangeiros quando quero poupar as despesas de envio da Amazon, especialmente quando se trata apenas de um ou dois volumes.
Há quase um mês fiz-lhes uma encomenda de dois exemplares de um livro que se dizia no site estar esgotado.
A troca de mails foi-se prolongando quanto a forma de pagamento, local de entrega, número de exemplares (não percebiam que eram dois livros iguais) até ser necessário recorrer ao telefone.
Por fim, a coisa lá avançou e foi-me dado um prazo de 15 a 75 dias (!!!!) para a coisa chegar.
Aparentemente, mnão existe um protocolo fixo a seguir ou se existe está muito mal pensado.
Arrependi-me logo.
Mas, enfim, deixei-me ficar.
Cerca de 25 dias depois, Domingo passado, amanhece-me uma msg no telemóvel a dizer que já estava tudo na Fnac de Almada e eu podia ir levantar nos 30 dias seguintes.
Já sabendo o que a casa gasta por cá, dei-lhes 48 horas e apareci-lhes hoje todo feliz e contente.
Qual quê !
Em Almada ninguém sabia de nada e nem sequer percebiam quem e como me tinha sido enviada uma msg, porque eles só usam o mail como forma de comunicação. A culpa era dos tipos do Colombo que não me deviam ter contactado.
Telefona-se para o Colombo, que confirma a saída no Domingo da encomenda para Almada no camião que faz a distribuição do material pelas várias lojas do país.
Ora bem, que eu saiba, não há muitas Fnacs no país e, a menos que tenham ido de Lisboa a Almada, passando pelo porto e Faro, 48 horas já davam para ter sido feito o trajecto.
Mas não.
E o pior de tudo é que ninguém tem culpa, porque uns já enviaram, os outros ainda não receberam, e o camionista ningúém sabe onde anda.
Entretanto, as encomendas que fiz pela Amazon mais recentemente, uma feita em 22 de Novembro de um livro esgotadíssimo e tendo que recorrer a um alfarrabista associado da Amazon britânica, já me chegou ontem, enquanto da outra encomenda feita dia 24 (já desiludido com os métodos da Fnac) já recebi aviso de estar o volume à minha espera nos Correios.
A forma de funcionamento deste tipo de coisas nos países anglo-saxónicos e do norte da Europa é uma coisa completamente diferente.
Eles assumem que as novas tecnologias são a base e a regra do trabalho actual.
Por cá, é apenas um prolongamento infelizmente necessário dos negócios á moda antiga.
E não adianta a Fnac ser de origem francesa, porque os franceses neste aspecto, andam a meio caminho dos tugas e dos bifes. Tentem lá fazer uma assinatura de uma revista francesa online e, salvo raríssimas excepçoes, mandam-nos telefonar para alguém que só sabe francês. o que é muito estúpido porque se está a atender encomendas do estrangeiro devia pelo menos entender inglês.
Outro desânimo é o Brasil onde o baixo valor da moeda torna atraentes os preços de muito material de Banda Desenhada.
Mas mesmo em lojas virtuais de grande dimensão - caso da Submarino - tentem lá fazer uma encomenda para Portugal !
Só contemplam no espaço das moradas casos que se incluam nos estados brasileiros e se deixarmos o campo em branco, é impossível avançar com o pedido.
Eles lá se lembram que há outros países que podem estar interessados em adquirir as suas publicações !
O mercado deles é tão grande, que o resto da lusofonia não passa de amendoins desnecessários.
Chega-nos cá a Mad com quase um ano de atraso, pois o que é enviado não passa das sobras que restaram do consumo interno.
Por isso, está decidido. A partir de agora ou é na loja ou encomedar pela net só se for às Amazons inglesa e americana.
Esses sabem o que andam a fazer.
E o resto é conversa.
AV1 (de regresso ao papel e a postar com o lápis atrás da orelha)
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