Estão aqui, se alguém estiver interessado.
Eu, sinceramente, não estou.
Porquê ?
Porque num país do nosso tamanho colocar o principal aeroporto internacional a mais de 50 km da capital, com a beleza de acessos que nós temos (e os que são prometidos ainda vão fazer a conta ser mais alta) é um puro delírio.
Em países de muito maior dimensão e nº de aeroportos e em cidades-capitais com um movimento muito maior do que o nosso (Paris, Londres, N. York), e com mais de um aeroporto internacional, a coisa fica a cerca de 30 km no máximo, para reduzir o tempo de deslocação.
No mínimo, seria lógica a manutenção da Portela como aeroporto com uma localização invejável, justificando-se um segundo aeroporto apenas para desviar parte do tráfego mas como a Ota fica, pelo que me dizem amigos ligados às coisas dos aviões, no mesmo corredor aéreo de Lisboa, não é possível colocar ao mesmo tempo aviões no ar a partir dos dois aeroportos, porque isso contraria as regras internacionais de segurança.
Assim, ou o segundo aeroporto ia para um outro lado (e não, não gostaria que fosse para o Rio Frio) ou só pode funcionar um em pleno e claro que a Portela vai servir (depois de todos os melhoramentos) para dar lugar a mais uma operação de especulação imobiliária, destinada a ajudar todos os interessados em promover a Ota.
Mas nós sempre fomos muito originais, por isso, devo ser eu que estou a ver mal a coisa.
AV1
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3 comentários:
Acho que vou aproveitar o regresso dos comentarios, para fazer uma perguntinha (ou mais) que me anda a fazer especie desde que comecei a ler este blog:
Qual e' mesmo o problema do cais novo e da firma que trabalha la' ?
E' uma questao ambiental ? Ou existe mais qq coisa ?
Eu nao sei nada sobre a historia da empresa, como foi para la', se foram eles que construiram o cais, se foi a APL/CMM/JFAV e teem o espaco arrendado, whatever. Mas sinceramente, nao estou a ver bem qual a razao... E se eles sairem de la', o que acontece ? A CMM licencia uns bares e restaurantes la' para o sitio ? Fazem uma marina ?
O problema é ter ajudado a destruir todo o ecossistema em redor, em troca de muito poucas vantagens para a "comunidade".
A poluição a vários níveis e o facto de, estando ali, impedir (e servir de álibi para que nada se faça) qualquer tipo de recuperação daquela faixa ribeirinha é, na minha opinião um mal e não é menor.
Se não estivesse lá, muito se poderia fazer, pois a zona de sapal mereceria uma requalificação como deve ser, muito diferente do que se faz com a caldeira da Moita.
Se apenas servisse para esplanadas e bares, mesmo não sendo um grande frequentador, sempre seria melhor do que o caminho servir para despejo de monos.
Quanto à empresa, não tenho nada contra. Apenas acho que a sua actividade é danosa para uma zona que já teve a sua beleza e a sua riqueza natural.
E se a CMM em vez de os hostilizar entrasse em conversação com eles. Se calhar -- e sei do que falo -- aquilo ali à volta ainda não está tudo aterrado porque os vigilantes do estaleiro têm impedido.
Se houvesse uma relação amistosa, coisa que estes comunas não sabem fazer com nenhuma empresa -- e sei do que falo -- excepto so construtores civis que pagam bem por fora -- e aqui também sei do que falo -- seria talvez possível negociar umas contrapartidas ambientais com a empresa.
Sei lá, assim qualquer coisa como a manutenção de alguns muros e comportas, se não ali noutros sítios. Ou talvez a manutenção dos canais na zona de implantação para que as águas não apodreçam como está a acontecer.
Assim é que não vão a lado nenhum porque a jurisdição é da APL e do Ministério da Economia e eles precisam de um estaleiro de desmanche de navios. Ponto.
A empresa em tempos esteve para ir para Coina, junto da Siderurgia. Para eles até fazia mais sentido e tornava o negócio mais rentável.
Não foi, entre outras coisas, porque a CMSeixal não quis. E eles são comunistas da CDU ou estarei enganado?
Acima de tudo, é pela conversa que se ganha e não pela agressão. E neste concelho o que tem prevalecido, neste e noutros casos, é a agressão e o insulto e assim não se vai a lado nenhum.
Até mais.
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