quarta-feira, novembro 30, 2005

O Orçamento

Vai ser aprovado na especialidade, claro, com quatro flores do PC na jarra florida do PS.
Dei-me ao trabalho de ver os discursos em que a oposição declarou votar contra, em bloco, só desistindo a meio do Manuel Macedo do PSD.
Notas do visionamento:
Heloísa Apolónia pelos Verdes fez o seu papel, salientando a ausência de uma política ambiental consequente do Governo, mas pouco mais do que isso, fica com 6,5/10.
Luís Fazenda pelo Bloco falou semi de improviso a partir da bancada, apenas com umas cábulas, mas tomei-lhe pouca atenção porque estava a admirar a fila de trás de deputadas do Bloco e, desculpem-se a aleivosia, mas pareceu-me ter recuado 25 ou mesmo 30 anos no tempo. Por isso, e porque o rapaz não tem culpa, leva 7/10 e está dispensado da prova escrita.
António Pires de Lima subiu ao palanque e fez um discurso com pose de Estado e apensar no futuro. Cumpriu a quota de uma referência ao líder real do partido, mas já se vê que, até pelo aumento do volume do tronco, que já está convencido que ele é que é o califa no lugar do califa e não apenas um vizir. Leva 6/10 pela presunção.
Bernardino Soares esteve ao seu nível, o que é médio, embora tenha entrado com uma piada giraça sobre o facto de este governo ser um gnérico com o mesmo princípio activo do Governo anterior, que era de marca. Só por isso leva 7/10, embora se mudasse os tons da gravata e do fato do cinzento, azul-escuro ou creme, por uma vez que fosse (não conta colocar uma gravata vermelha), pudesse ir mais longe.
O já mencionado Manuel Macedo fez o que lhe mandaram e não desmereceu, antes pelo contrário ou vice-versa. Leva 6,5/10 que é por causa das coisas.
Do PS não sei quem falou, mas sei que mereceu 5/10.

AV1 (repórter parlamentar telvisivo)

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