É Positivo III

Do Jornal de Notícias:
«EM MÉDIA, PREÇO MAIS DO QUE DUPLICA EM RELAÇÃO À SUBIDA VERIFICADA EM 2005
Electricidade mais cara em 2006

As tarifas de venda de electricidade ao cliente final no Continente vão subir, em média, 5,1% em 2006, mais do dobro do que este ano (2,3%), anunciou, ontem, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Para esta subida, explica o organismo, pesa, entre outros factores, o agravamento do preço dos combustíveis.

Para a maioria dos clientes (cerca de 5,9 milhões, que contratam nas suas casas potências Baixa Tensão Normal até 20,7 kVA), o aumento será de 1,2%.

Já o Comércio e Serviços (Baixa Tensão Especial), vão sofrer agravamentos de 14,9%, enquanto a indústria vai ver as tarifas agravadas em 16,3% a partir de Janeiro. Ao contrário do que tem acontecido até aqui, contudo, as tarifas para a indústria e restantes empresas deixarão de ser revistas trimestralmente.»

Há quem diga que aumentos deste tipo para a indústria são prejudiciais para a competitividade da nossa indústria e que este tipo de aumento de custos de produção levará à necessidade de cortar com outros custos, nomeadamente com o pessoal.
Eu acho que não.
Devemos encarar isto de forma positiva.
Este tipo de aumentos criará um acréscimo de receitas para a EDP, o que é bom para a EDP e os seus accionistas. Que são certamente gente de bem.
Já muitas das nossas indústrias são claramente obsoletas.
Só ficam mal no retrato, por isso nada como eliminá-las, para ficarem só as melhores, mesmo que sejam poucas, ou mesmo nenhuma, se a AutoEuropa fechar.
Depois, há a questão da eventual perda directa de empregos se as indústrias fecharem ou a dificuldade de aumentos salariais (para compensar o aumento dos custos energéticos).
Também penso que, encarada de uma forma positiva, este é um falso problema, pois permitirá a reconversão profissional de muita gente e mesmo uns largos meses ou anos de descanso.
Pensemos positivo.
Não pensemos de forma negativa.
O futuro é radioso e os amanhãs já começam a cantar.

AV1