domingo, janeiro 22, 2006

Antologia de O Rio - III

O Ano Novo de 1999

Eram tempos de esperança esses, bem como de crescimento para O Rio.
Para variar noticiavam-se as queixas das autoridades locais quanto às verbas do PIDDAC, mas isso também sempre foi assunto recorrente, porque nunca li nenhuma declaração que as achasse suficientes.
Quanto ao Plano e Orçamento Municipal era considerado "pouco ambicioso" pelo jornal, encontrando-se lá temas inevitáveis como a revisão do PDM, a recuperação dos núcleos antigos da Moita e Alhos vedros, a revitalização do Vale da Amoreira, tudo coisas que vinham já do Plano de 98 e continuariam nos planos dos anos seguintes, mediante operações de copy & paste.
Claro que do lado das receitas, se percebia que só o imobiliário permitia que a CMM se aguentasse à tona pois "uma das principais fontes de receitra é a alienação de lotes de terrenos municipais disponíveis e passíveis de serem vendidos na vigência deste mandato" (p. 5)
Claro que se venderam esses e outros ao longo dos anos, começando cada vez mais os anéis a escassearem e os dedos a ficarem mais curtinhos com certas permutas.
Não é para saltar desnecessariamente até ao presente, mas nos tempos que correm já são daqueles em que são os dedos a ser decepados. É que a terra - que outrora era de quem a trabalhasse - infelizmente não se multiplica, a menos que seja vendida duas vezes.
O que, pensando bem, até pode acontecer...

AV1

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