Uma mão-cheia de coisas irritantes

1) Aqueles vizinhos, super-bem pensantes e ecológicos que separam o lixo e o acondicionam em saquinhos com atilhos e tudo, que depois mandam os putos deitá-los no ecoponto e eles se limitam a atirá-los para o chão, ao lado do contentor, para que os cãezinhos os possam esfarrapar e espalhar o conteúdo pelas redondezas.
2) Aquele tipo de senhora muito apressada, mesmo que seja desocupada militante, que em qualquer tipo de estabelecimento comercial tenta sempre encavalitar-se em nós para ser atendida em primeiro lugar, mesmo quando há senhas numeradas. Se refilamos dizem logo que são muito doentes e nós uns insensíveis miseráveis.
3) Ainda no sector das senhoras, aquelas que levam uma bela meia-hora, procurando o cartão multibanco na carteira e depois, à custa de muito enrugar do cenho, caretas e comentários para o ar, nunca conseguem atinar com as instruções da dita caixa e se portam como se estivessem a falar com um funcionário de carne e osso.
4) Os meus amigos e/ou conhecidos para quem uma criança esperta é sinónimo de criança que não pára quieta, berra que nem um possesso e não consegue concentrar-se mais do que um nano-segundo em qualquer actividade, achando que quem não é assim é porque é "um bocado parado(a)". O curioso é que essa é uma opinião que divulgam mais quando levam a sua descendência "muito esperta" para casa alheia, mudando de atitude se a situação for inversa.
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