A Fenprof reagiu da forma automática e autista do costume à investida da Ministra da Educação.
Queixas, lamúrias e nem uma proposta de alternativa aos aspectos mais abusivos da legislação que a Ministra pretende fazer aprovar.
Restou apenas a habitual marcação de greve para 4ª feira, dia 14 de Junho, entre o feriado lisboaeta de dia 13 e ou outro feriado do dia 15.
Claro que os professores é que se lixam porque:
a) Se aderem são alvo fácil para as acusações da Ministra de que não querem trabalhar, só se queixam e nada propõem.
b) Se não fazem greve isso pode ser apontado como desautorização da posição sindical e como uma aceitação das medidas ministeriais.
É um caso clássico de vitória impossível.
Quem congeminou tal estratégia brilhante, equivalente à de um ano atrás de greve aos exames?
As mesmas cabecinhas pensadoras dos Sucenas e afins que, eles próprios, também há muito que estão desligados da realidade quotidiana da classe que afirmam representar.
Como o sei?
Porque hoje foi o tradicional almoço anual de curso da minha turma da Faculdade e grande parte das pessoas presentes é professor(a).
Logo por curiosidade, uma das minhas antigas colegas foi uma das pessoas filmadas naquela reportagem da RTP e agora corre o risco de um processo disciplinar.
Apesar de terem comunicado ao Ministério que a filmagem ia acontecer.
E a isso o sindicato não reage.
Lá vem a greve de protesto do costume.
Vulnerável a um contra-ataque demolidor junto da opinião pública.
Tiques de quem já não pensa e não consegue erguer propostas alternativas.
O que hoje ouvi sobre o quotidiano daquela e outras Escolas só não me aterrou, porque não é novidade para ninguém.
Mas são aquelas pessoas que passarão a ser castigadas pelo mau desempenho dos alunos que vimos, sem terem quaisquer meios de se imporem e realizarem um trabalho em condições.
Tudo isto é triste.
Tudo isto é fado.
Tudo isto é Portugal.
Mas vem aí o Mundial e basta o Scolari dar um jeitinho e o povinho tudo o resto ignorará.
AV1
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário