Exclusões

Em tempos de irracionalidade quase ninguém escapa:

* Na Holanda a ministra da Imigração quis impor como prova de admissão à estadia no país o visionamento de filmes com beijos entre homossexuais. Quem revelasse reacções negativas chumbava. Lamenta-se a não imposição de filmes aos cidadãos holandeses sobre a vida de muitos imigrantes na Holanda como critério para a manutenção da nacionalidade.
* No Luxemburgo os portugueses são pressionados para não exibirem bandeiras nacionais nas suas casas durante o Mundial. Ou seja, trabalhar sim, mas escondam quem são, de onde vieram e o nque lhes vai na alma.
* Na Madeira, as autoridades jardinescas proíbiram um cidadão brasileiro de exibir a bandeira do seu país em período de jogo da selecção canarinha. Nada de estranho num dos recantos nacionais - entre outros menos visíveis - onde se percebe que a Democracia formal está longe de ser a fórmula mágica ideal.
* A última por cá, foi a muito católica vereadora da CML Maria José Nogueira Pinto querer excluir imigrantes do acesso a habitações na zona da Ajuda.

Os tempos andam turvos e quando o Mundial acabar para nós, neste ou no próximo fim de semana, tudo estará como antes.
A alegria que houve e poderá ainda haver não consegue esticar para nos tapar a cabeça para não vermos e ao mesmo tempo os pés para não nos escaldarmos com o Sol.

AV1