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Primeiros: estou de acordo com o texto que foi apresentado como "manifesto" de alguns blogueiros locais, que subscrevi e mantenho como muito válido. Acrescento ainda que considero curioso que, quem acha incorrecto que outros tentem diar a sua agenda de textos, tenha repetidamente criticado e qualificado a nossa aqui no AVP e a minha em particular.
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Segundos: pessoalmente, não tenho interesse em fazer com que algumas pessoas de segunda ou terceira linha do poder local (leia-se Situação) beneficiem de uma escalada na conflitualidade verbal que se instalou, para se apresentarem como vítimas, quando são detentores de poder efectivo e real sobre a vida no concelho.
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Terceiros: sou pela demonstração dos erros existentes no sentido de melhorar o que não está bem e, como ontem expliquei no Alhos Vedros Visual, tenho sempre receio em destacar o que permanece de bom no concelho, não vá o Diabo tecê-las e aparecerem a estragar.
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Quartos: sinto-me no direito de, sob pseudónimo ou não, dar a minha opinião sobre o que quer que seja, desde que mantenha toda a minha intervenção nos limites do que a minha consciência me dita ser correcto e rigoroso sobre a vida no concelho onde sou eleitor e não nasci, porque me mandaram ir nascer a Lisboa.
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Quintos: sendo a Democracia que vivemos um regime com imperfeições que os actores políticos muito proclamam mas não resolvem, se isso implicar a perda dos seus privilégios, considero que a intervenção cívica dos cidadãos nunca pode ser considerada um mal e muito menos ameaçada por, repito, vultos de segunda ou terceira linha, da Situação.
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Sextos: não tenho da Democracia um conceito formalista quando me interessa, baseado em depósito do voto de quatro em quatro anos, entre os quais me limito a fazer requerimentos e a pedir audiências e depois, a outros níveis, defender acções e agitação de rua ou de opinião. Nesse aspecto não tenho dois pesos e duas medidas. Posso optar pela via burocrática da democracia (quem sabe se o não fiz ou faço?) mas não considero essa como a única via para me manifestar sobre a vida no concelho onde vivo. Percebo que a Situação prefira estar 3,5 anos descansada, mandando a Oposição calar-se porque perdeu e o resto dos cidaãos ficarem quietinhos, a menos que os mandem saltar quando interessa, nas chamadas "lutas das populações" que, se a memória não me falhar, neste concelho sempre fracassaram nas últimas décadas revelando a irrelevância das estratégias do poder local dominante, quando tenta subir acima das suas tamanquinhas.
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Sétimos: eu, pessoa individual que assina com o pseudónimo AV1 e já usou o de António da Costa, não fui, não sou e nunca serei militante de qualquer tipo de organização político-partidária, nunca me candidatei ou canditarei a qualquer cargo político e não tive, tenho ou penso vir a ter qualquer tipo de ligação comerical ou outra à CMM que envolva qualquer tipo de transferência financeira, estejam lá estes ou outros. Para além disso, tenho um conhecimento pessoal limitado da identidade dos restantes blogueiros locais e, por exemplo, desconheço profundamente aqueles que, a partir da Baixa da Banheira, defendem o poder moiteiro. Aliás, não estou sequer interessado em alargar os meus conhecimentos por essa via. Pelo que, tendo eu palavra e não meramente "palavra política", as minhas opiniões expressam o meu pensamento e não veiculam qualquer outro tipo de interesses.
Sendo o 7 um número cabalístico simbólico, fico-me por aqui, esperando que me deixem repousar em paz, que eu não sou pago para isto.
AV1
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