terça-feira, outubro 24, 2006

A Democracia segue dentro de momentos (se seguir...)

Revelando a sua já conhecida noção de que o protesto só é bom quando dirigido aos outros, assim como a habitual sofisticação na resposta aos argumentos adversos, João lobo abandonou ontem os habitantes dos Brejos da Moita a falar sozinhos.
Não vou quetionar se foi algum mau-estar súbito que o acometeu, se é apenas um tique autoritarista de quem se sente muito mal no contacto com o povo que não o adula ou que dele não depende economicamente e por issos e vê obrigado a sorrir-lhe, apenas me chega apontar o acto de profunda má-criação pessoal, desrespeito cívico para com os munícipes e falta de cultura democrática. Se fosse de um jantar com empreiteiros provavelmente não daria de frosques de forma tão lampeira.
E agora mandem-me o multiusos dar a versão correcta dos acontecimentos, que se podem encontrar descritos no site de O Rio, que considero fonte insuspeita, do qual extraímos estes pedaços suculentos:

«A Câmara Municipal da Moita realizou uma reunião com a população, no dia 23 de Outubro, no Centro de Convívio dos Brejos. Esta reunião destinou-se a informar os munícipes dos Brejos e da Barra Cheia sobre a proposta final da Revisão do Plano Director Municipal.
Como se previa, a reunião foi bastante participada, com a presença de moradores locais, da presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros e de vários vereadores, incluindo três da oposição.O presidente da Câmara da Moita fez um breve historial do caminho seguido para aprovação da Revisão do Plano Director Municipal.
(...)
Este morador acentuou que a proposta de Revisão do PDM não trazia nada de novo, porque a protecção ambiental destes lugares, a salvaguarda do equilíbrio ecológico e a manutenção da permeabilidade dos solos já existiam com o ordenamento existente. “Tudo que sejam rearranjos, como o presidente da Câmara anunciou são questões laterais, enquanto a questão central se mantém imutável”, afirmou. Por isso, considerou que a questão central deve continuar a ser recusada e apontada como uma má solução, apresentando forte argumentação demonstrativa da ilegalidade do projecto de Revisão do PDM.Dois outros munícipes também apresentaram os seus casos concretos, por se considerarem prejudicados com a proposta apresentada pela Câmara.Repentinamente, quando se esperava uma segunda série de intervenções dos moradores, o presidente da Câmara encerrou abruptamente a sessão, aparentemente enervado com o decorrer da mesma. “Foi-se embora e deixou-nos a falar sozinhos”, lamentou-se uma moradora.»

O poder moiteiro ao seu melhor nível da arrogância e desrespeito.

AV1

1 comentário:

Anónimo disse...

Na 6ª feira passada, no jantar na FREIRA, oferecido aos professores, foi dos últimos a sair.
Só aqui na Moita.
A Câmara subsidia largamente um jantar para mais de 400 pessoas, aproveitando o discurso para criticar a Ministra e o Governo.

Neste caso, como outros a Ministra aperta o cinto, para a autarquia poder gastar.

Viva a democracia.

NoWoman