A manifestação de hoje, tal como a de professores há uma semana, mobilizou gente como há muito se não via por cá.
Não me interessam os números exactos, pois mais dezena de milhar, menos dezena de milhar, deu para perceber a ideia.
Só qum for muito autista ou nhurro não o perceberá.
Alguns dirão que reformas profundas da sociedade não se fazem sem danos e insatisfações.
Eu direi que reformas profundas da sociedade devem ser feitas a favor do maior número e procurando não sacrificar sempre as mesmas camadas sociais ou os grupos mais fragilizados.
E quando Sócrates ensaia o discurso da "coragem" seria bom que estendesse essa corgame às coutadas onde estão acomodados os antiogos colegas governantes das últimas décadas, preparando cadeiras para aqueles que saírem deste governo, após se terem portado bem.
Sou muito renitente a protestos de rua como estratégia recorrente ou como resultado de manipulações políticas, mas sejamos claros: a verdade é que boa parte do povinho começa a ficar farto. Ainda com bons modos, mas farto.
Um governo que não perceba isso, mesmo com maioria absoluta, poderá cair no erro do segundo governo maioritário de Cavaco que acabou como acabou, em absoluto descrédito e sem ter conseguido verdadeiramente resolver nada mais de estrutural do que a construção de auto-estradas.
Com jeitinho, este mandato socrático nem por isso ficará conhecido, antes podendo passar à posteridade como o de maior batida em retirada do Estado das suas obrigações fundamentais para com a maioria dos cidadãos, da Saúde à Educação, passando pela Segurança Social.
Entretanto, as OPA's florescem criando uma aparência de riqueza, meramente virtual e baseada em fluxos financeirois de que a arraia-miúda só consegue cheirar uns pózinhos, por muito que nos garantam que vamos ser donos da Galp-Energia.
AV1 (com imagem retirada do site da RTP, já acima linkado)
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