sexta-feira, novembro 16, 2007

Eleitos e não-eleitos

Uma linha divertida de defesa do comportamento de Hugo Chávez na Cimeira Ibero-Americana, em particular no seu diferendo com rei Juan Carlos é que alega que aquele foi "eleito" e este não e que esse estatuto lhe dá uma especial legitimidade para sel mal-educado.
Não penso assim por duas razões:
  • A primeira é porque a Monarquia em Espanha se encontra constitucionalmente legitimada e foi aprovada em referendo popular. É uma espécie de eleição.
  • A segunda é porque quem defende que o "eleito" Hugo Chávez deve ser respeitado normalmente são as mesmas pessoas que não reservam esse direito ao respeito para outros eleitos como, digamos assim, George Bush ou mesmo gente menos daninha como o nosso Sócras ou outros líderes nacionais e internacionais. E se calhar defenderam Saddam Hussein que esteve longe de ser eleito.
Por isso, estudem melhor a cartilha porque ou são coerentes ou comem todos pela mesma medida.

7 comentários:

AV disse...

Não defendo o Hugo Chavez, mas quem pensa o rei de espanha que é, para mandar calar o ditador, pensa que será ainda o monarca da América espanhola ?
A monarquia foi negociada com Franco, para que o imperialismo castelhano podesse aguentar as diversas nacões de espanha, sem se tornarem independentes.
Para mim é muito mais grave o imperialismo castelhano, por estar mais próximo, do que a ditadura socialista na Venezuela.

AV2

O Broncas disse...

A coerência tem de ser desfragmentada - caso contrário corre-se o risco de ser injustos ao avaliar as pessoas e a história.

Anónimo disse...

Concordo com o comentário do AV2

AV disse...

Eu discordo, mas por isso é que o AVP é plural.
Prefiro um Rei democrata, do que um eleito com tiques ditatoriais.

A conversa do imperialismo castelhano não passa pelo Rei, mas sim pelo poder económico.

Ou acham que, por exemplo, foi a Rainha de Inglaterra que mandou as tropas inglesas para o Iraque?

Anónimo disse...

O rei também é sustentado por esse mesmo poder económico e faz parte dele, mas tem também um poder simbólico que pesa. Eu também não defendo o chavéz, mas o rei não tem direito de se comportar como um colonialista.

Anónimo disse...

Que interessa ao hugo ou ao juan as vossas posições políticas? Isto dá para rir...

Anónimo disse...

Também não devemos ser tão cáusticos. Deixem falar as pessoas que vão começar a usar gasolina Venezuelana. Ou será que passarão a andar a pé quando vamos ter gasolina vendida mais barata ao governo português que a irá manter ao mesmo preço?