terça-feira, novembro 27, 2007

O desporto já não é o que era

Os tempos são outros.
Bons tempos em que Alhos Vedros chegou a ter três equipas de séniores a jogar futebol: CRI, Morçoas e Vinhense, por ordem alfabética.
E dois campos, quando o CRI conseguiu arranjar o Campo de São Lourenço onde só agora vai passar o acesso à passagem desnivelada das Arroteias.
Mas o campo do Vinhense, não murado, é o das melhores memórias, em especial os derbys da pancadaria com o Galitos nos anos 70.
Mas também o do CRI quando qualquer pretexto era bom para armar confusão e despachar umas cacetadas bem dadas, mesmo nos agentes da GNR destacados ao domingo para exibir a barriga ao povinho.
Agora está tudo reduzido a serviços mínimos.
Na Moita o Moitense parece que não é da cor certa - até deveria ser pelas camisolas - para ser apoiado.
Na Baixa da Banheira é o que sabemos: a troca de acusações sem ponta por onde se lhe pegue.
A Câmara deveria ter vergonha do terreno que ofereceu ao Banheirense para fazer o seu campo.
Mais valia terem-lhes dado um bocado de rio, que a diferença era pouca.
Depois é o jodo do empurra onde se percebe que, afinal, o que conta é o cartão partidário dos dirigentes.
Não vale a pena acusar uns de serem discriminados pelo Poder Central por serem do PC se outros são discriminados localmente porque são do PS.
Pelos vistos tudo se resume a isso.
E o desporto no concelho vai empobrecendo cada vez mais.
Maratonas fazem-se em qualquer lado, não precisam de nenhum equipamento especial.
Basta fechar umas ruas e estradas e está resolvido.
Agora desportos de equipa, nem que seja de média competição, é que seria interessante descobrirmos como os recuperar.
Porque estão mortos.
Não é um atleta sozinho (ou um par deles) que faz a Primavera, seja ele o Edivaldo Monteiro ou o Nelson Évora.

1 comentário:

Anónimo disse...

As mesquinhez de quem tem o poder politico, são iguais em todo o lado, como sempre é o povo que sofre as consequências. Cambada de gente sem vergonha e ainda se acusam uns aos outros como se não fossem todos culpados.