sábado, novembro 24, 2007

Eu acho estranho, mas sou desconfiado por natureza



Sempre achei curiosa a profusão de publicidade da Simarsul, mais que não seja porque é uma empresa que trabalha em regime de não-concorrência.
Não precisa de competir com ninguém, mas no entanto, presta-se a pagar muita publicidade institucional de rua e na imprensa.

Mas mais estranho é que eu receba, em conjunto com o Expresso, o jornal SemMais, anunciado como jornal da "região de Setúbal", que tem a sua última página completamente preenchida por publicidade da Simarsul à construção da Etar Moita/Barreiro.

Há, no mínimo, três coisas que não percebo:

  1. Porque se preocupa tanto a Simarsul em publicitar algo cuja construção, em boa verdade, é algo que depende das autarquias envolvidas.
  2. Porque esta publicidade surge num jornal distribuído de Vila Real de Santo António a Melgaço, enquanto alguns jornais locais lutam por receitas publicitárias para sobreviver.
  3. Se o dinheiro gasto em publicidade deste tipo não seria melhor aplicado em intervenções que melhorassem a qualidade das zonas atingidas pelas descargas de dejectos, enquanto a dita ETAR não está construída

9 comentários:

Anónimo disse...

A publicidade, têm margens de lucro enormes em diversos vectores.
O principal é a "criatividade", onde as margens de lucro são ai fabulosas, e a partir de onde não custa nada retirar umas migalhas (entre 10 a 15%) para se comprar uma moradia no Algarve.
Ou mais perto.

Anónimo disse...

Além de que, se pode sempre aproveitar em termos de licenciamento dos Placards....mas isso é mais complicado de explicar em meia duzia de linhas

AV disse...

Eu sou bom entendedor e até sei como funciona, mas pode haver quem não saiba.
Portanto nada como tentar a tal explicação.

Anónimo disse...

ou para dar ao PARTIDO

Anónimo disse...

Tuso isto existe, tudo isto é negócio, tudo isto é triste, tudo isto é política á portuguesa.

Anónimo disse...

o Rio é de todos

Anónimo disse...

o jornal é distribuído com o expresso apenas na península, julgo saber.

Anónimo disse...

esta empresa, com capital público e também privado, está a trabalhar para o bem comum, trabalhando afincadamente para eliminar um problema que se arrasta há anos! Acho bem que mantenha a população informada. Os investimentos nas infraestruturas são elevadíssimos e, portanto, estimo que os gastos com publicidade institucional sejam ainda assim muito baixos. ódios partidários... crelas políticas e afins... teorias da conspiração... enfim... É a sociedade que temos

Anónimo disse...

Com este comentário, não pretendo de maneira alguma desmistificar nada nem parecer o mais entendido na matéria, pretendo apenas dar algumas achegas ao debate, como por exemplo:

A SIMARSUL apesar de possuir o monopólio do saneamento em alta (este termo custa a explicar em meia dúzia de linhas) e portanto de não ter qualquer concorrência na sua área de intervenção, podia não publicitar nada, no entanto faz questão de manter a população informada das suas acções, pelo que o custo aplicado nos outdoors é marginal comparado com o proveito retirado pelas populações ao saberem que, por exemplo, que uma ETAR no Barreiro vai ser finalmente construída.

Por outro lado, o Sem Mais é o jornal regional da Península com maior tiragem pelo que faz sentido se se pretende atingir o máximo de população que seja através do vector de comunicação com maior abrangência, para além de estarem também presentes nas feiras regionais.

E já agora, só para finalizar, se a construção da dita ETAR depende das autarquias como é referido no post, porque é que há 20 anos se anda a falar da sua construção e só agora com a constituição da SIMARSUL é que a dita arrancou?!?! Estranho?!?! Deixem-nos fazer a publicidade... Pelo menos em 4 anos estão a tentar resolver um problema que já ia em 20 (aproximadamente).