quarta-feira, dezembro 29, 2004

Leituras para o Novo Ano de 2005

Sempre numa de serviço público, estamos aqui a propôr algumas leituras para as figuras mais proeminentes da política local. Pensamos que foram escolhidas com critério e com grande sentido de utilidade:

Para o senhor Presidente, João Lobo, figura de grande estatura política, duas obras de cabeceira: O General no seu Labirinto (Gabriel Garcia Marquez, Dom Quixote) e Tudo o que é Sólido se Dissolve no Ar (Marshall Berman, Edições 70).

Para o senhor Vice-Presidente, Rui Garcia, também dois volumes, com a esperança que funcionem: Diary of a Nobody (George & Weedon Grossmith, Wordsworth Classics) e O que é a Cultura (António José Saraiva, Gradiva).

Para a exma. senhora líder do PS local, Eurídice Pereira, três livros (!!!) que é para ver que equiparamos a Oposição à Situação: A Era do Vazio e O Império do Efémero (ambos de Gilles Lipovetsky, um da Relógio d’Agua e o outro da D. Quixote) e a Apologia de Sócrates (Platão, variadíssimas edições).

Para as jovens esperanças do aparelho PS local, José Capelo e Hélder Pinhão, A Derrota do Pensamento (Alain Finkelkraut, Dom Quixote) e Nos Teus Braços Morreríamos (Pedro Paixão, Livros Cotovia). Podem trocar como quiserem, não vale a pena zangarem-se.

Para Fernanda Velez, a discreta líder do PSD-Moita, Nada do Outro Mundo (António Muñoz Molina, Público) e Os Ricos Andam Tolos (António Sousa Homem, Edições Asa).

Para Titta Maurício, o impetuoso líder do CDS-PP local, como se arroga de alguma bagagem intelectual, somos pródigos e vamos do Much Ado about Nothing (Shakespeare, Penguin) até a' O Homem que via passar os Comboios (George Simenon, Público), não esquecendo a Anatomia do Poder (John Keneth Galbraith, Difel) e A Fogueira das Vaidades (Tom Wolfe, Dom Quixote).

Para a malta do BE, para todos lerem em conjunto numa reunião da CACAV, O Cérebro de Lenine (Tilman Spengler, Edições Asa), Nada de Novo no Expresso do Oriente (Magnus Mills, Edições Asa) e Contos de Fadas (H. C. Andersen, Dom Quixote, este com a vantagem do Manuel João o arranjar de borla).

Para o Leonel Coelho, é difícil porque, com a Feira do Livro de Alhos Vedros, ele só não arranja o que não quiser, mas sempre se pode sugerir o Escuta, Zé Ninguém (Wilhelm Reich, Dom Quixote) e o Dom Casmurro (Machado de Assis, Dom Quixote).

Para o ano, se tudo correr bem, há mais.

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