quarta-feira, dezembro 29, 2004

Tragédias

Sobre o que se passou nos últimos dias no Sueste Asiático não há palavras que sirvam.
Por isso, serve esta nota só para destacar a habitual lentidão tuga em reagir ao imprevisto, com a alegação que foi imprevisto (teoria do Primeiro-Ministro).
O embaixador português na Tailândia tinha vindo de férias para Portugal até ao Natal e agendou umas reuniõezitas de trabalho para as estender até ao Ano Novo.
Ao ser interrogado, na 2ª feira, sobre quando voltaria ao seu posto, afirmou que o faria logo se fossem descobertos mais mortos portugueses.
Isto é de bradar aos céus. Então, os vivos, feridos e etc, que se lixem, que ele não lhe apetece ir para o barulho. Eles que peçam ajuda às agências de viagens, ao posto de turismo português em Macau, aos jornalistas ou aos voluntários de outros países pois o senhor embaixador não está pelos ajustes.
No mesmo dia, o assessor de imprensa do Min. Negócios Estrangeoiros, António Carneiro Jacinto (homem para todos os cargos de assessoria sempre que parte do Bloco Central esteja no poder, ou seja, sempre), desautorizava, com enfado e acrimónia, um jornalista da Agência Lusa em Macau por afirmar que havia 9 portugueses desaparecidos; segundo o assessor Carneiro eram só 3 e ele é que sabia do que falava. Dois dias depois, o total de portugueses desaparecidos está em 8. Se houvesse justiça, o assessor Carneiro seria o 9º da tal lista do jornalista.

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