quarta-feira, novembro 30, 2005
Não há correio
O Gmail não está acessível, por isso até amanhã não temos acesso ao material que nos tenha sido enviado desde o início da tarde.
Logo que possível retomaremos a correspondência.
Em caso de emergência, podem sempre usar o velhinho avedros@clix.pt desde que não carreguem muito nos anexos.
AV1
Logo que possível retomaremos a correspondência.
Em caso de emergência, podem sempre usar o velhinho avedros@clix.pt desde que não carreguem muito nos anexos.
AV1
A Arrogância sobrepõe-se à Sapiência.
Em 30 minutos, Mário Soares conseguiu com a sua arrogância, acabar com a ideia que ele teria sido o grande mentor da democracia pós 25 de Abril, a Maçonaria que segue a ideia Hegeliana do Porvir, (Tese, Antítese, Síntese) e também a própria República, porque como ele se afirma, mais parece um Rei do que um Cidadão Republicano !
AV2
Quem nasce aqui tem o direito de ser português !
Alegre quer facilitar nacionalidade para filhos de imigrantes.
O candidato presidencial Manuel Alegre defendeu hoje a concessão automática da nacionalidade portuguesa aos descendentes de imigrantes nascidos em Portugal, mas escusou-se a comentar a possibilidade de um processo de legalização extraordinário de imigrantes. "Defendo que quem nasce aqui tem o direito de ser português, se os pais assim o quiserem", disse Manuel Alegre, durante contactos com associações das comunidades de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil, numa referência à Lei da Nacionalidade em discussão na Assembleia da República.
Rapidamente e em Força !
AV2
O candidato presidencial Manuel Alegre defendeu hoje a concessão automática da nacionalidade portuguesa aos descendentes de imigrantes nascidos em Portugal, mas escusou-se a comentar a possibilidade de um processo de legalização extraordinário de imigrantes. "Defendo que quem nasce aqui tem o direito de ser português, se os pais assim o quiserem", disse Manuel Alegre, durante contactos com associações das comunidades de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil, numa referência à Lei da Nacionalidade em discussão na Assembleia da República.
Rapidamente e em Força !
AV2
PS a grande crise, mas talvez a derradeira esperança para esta democracia...
Manuel Alegre não vota de novo o OE.
"O PS censura esta actuação de Manuel Alegre, que não cumpriu os deveres constitucionais consagrados aos deputados", afirmou o porta-voz do partido, Vitalino Canas, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
A União Nacional Socialista vai fazer tudo para afastar Manuel Alegre do PS e todos os militantes que seguem a linha ideológica do Socialismo Democrático.
Ainda é cedo para especulações, mas depois das eleições Presidênciais, perspectiva-se uma rotura, devido ao esvaziamento ideológico no actual PS.
A minha opinião é que Portugal necessita de um novo/velho, partido, que ocupe o espectro político entre o "comunismo" e a "social-democracia", agora mais que nunca !
AV2
"O PS censura esta actuação de Manuel Alegre, que não cumpriu os deveres constitucionais consagrados aos deputados", afirmou o porta-voz do partido, Vitalino Canas, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
A União Nacional Socialista vai fazer tudo para afastar Manuel Alegre do PS e todos os militantes que seguem a linha ideológica do Socialismo Democrático.
Ainda é cedo para especulações, mas depois das eleições Presidênciais, perspectiva-se uma rotura, devido ao esvaziamento ideológico no actual PS.
A minha opinião é que Portugal necessita de um novo/velho, partido, que ocupe o espectro político entre o "comunismo" e a "social-democracia", agora mais que nunca !
AV2
Será hoje ?
Antes pelo contrário
Em conversa com um amigo meu mais para o lado conservador, lá levei a minha roda de acusações de ser um comunista encapotado, etc, etc, só porque defendi que o Estado tem um papel regulador na sociedade de que não se pode eximir, em especial na nossa sociedade civil, estruturalmente fraquinha e vulnerável aos lobos maus que por aí andam.
Isto porque cada vez mais, acho que quem está a dirigir o Estado cada vez pensa e age menos em termos do que é o interesse público, cedendo aos interesses privados em nome de um discurso agora politicamente bem-pensante de menor peso do Estado ou de um pragmatismo de marca branca.
Balelas.
No entanto, muitos dos meus críticos que visita(va)m o AVP acusam-me de ser um anti-comunista primário, porque isto e aquilo (confesso que nunca me explicaram muito bem porque faziam essa acusação, portanto não a posso aqui resumir).
Na realidade, as duas acusações nem estão certas, nem estão erradas.
Antes pelo contrário.
E é fácil perceber porquê, ou pelo menos eu acho que é fácil.
A resposta ao enigma é simples: eu não sou comunista, mas não tenho nada contra quem é, em especial se agir como tal.
O meu problema é com quem diz que é, mas não se comporta como se fosse.
Para mim - e por isso sempre tive dificuldade em colar-me a ideologias - os princípios proclamados e os actos praticados devem bater certo; e devem manter-se coerentes, mesmo na adversidade. Não quer dizer que não se mude de opinião, mas a teoria deve bater certo com a prática e vice-versa.
E isso cada vez se vê menos.
E o mesmo é válido para os crentes religiosos, sejam eles de que credo forem.
Não me venham cá com o pecado, o pecado, o pecado, e depois lá vão ao domingo confessar-se, lavar a alma, e segunda-feira voltam ao mesmo.
Por isso, em vez de andarem a bater no peito e a gritar as suas fés, todos os fundamentalistas e ortodoxos, religiosos, políticos e outros, mais valia olharem para as suas práticas.
Eu sei que a minha posição é mais cómoda - não tenho uma grande ideologia que respeitar -mas também é mais difícil, porque precisei de encontrar uma ética própria de comportamento e não tenho depois as fileiras do resto do rebanho a encobrir-me em caso de ataque exterior.
AV1
Isto porque cada vez mais, acho que quem está a dirigir o Estado cada vez pensa e age menos em termos do que é o interesse público, cedendo aos interesses privados em nome de um discurso agora politicamente bem-pensante de menor peso do Estado ou de um pragmatismo de marca branca.
Balelas.
No entanto, muitos dos meus críticos que visita(va)m o AVP acusam-me de ser um anti-comunista primário, porque isto e aquilo (confesso que nunca me explicaram muito bem porque faziam essa acusação, portanto não a posso aqui resumir).
Na realidade, as duas acusações nem estão certas, nem estão erradas.
Antes pelo contrário.
E é fácil perceber porquê, ou pelo menos eu acho que é fácil.
A resposta ao enigma é simples: eu não sou comunista, mas não tenho nada contra quem é, em especial se agir como tal.
O meu problema é com quem diz que é, mas não se comporta como se fosse.
Para mim - e por isso sempre tive dificuldade em colar-me a ideologias - os princípios proclamados e os actos praticados devem bater certo; e devem manter-se coerentes, mesmo na adversidade. Não quer dizer que não se mude de opinião, mas a teoria deve bater certo com a prática e vice-versa.
E isso cada vez se vê menos.
E o mesmo é válido para os crentes religiosos, sejam eles de que credo forem.
Não me venham cá com o pecado, o pecado, o pecado, e depois lá vão ao domingo confessar-se, lavar a alma, e segunda-feira voltam ao mesmo.
Por isso, em vez de andarem a bater no peito e a gritar as suas fés, todos os fundamentalistas e ortodoxos, religiosos, políticos e outros, mais valia olharem para as suas práticas.
Eu sei que a minha posição é mais cómoda - não tenho uma grande ideologia que respeitar -mas também é mais difícil, porque precisei de encontrar uma ética própria de comportamento e não tenho depois as fileiras do resto do rebanho a encobrir-me em caso de ataque exterior.
AV1
O Orçamento
Vai ser aprovado na especialidade, claro, com quatro flores do PC na jarra florida do PS.
Dei-me ao trabalho de ver os discursos em que a oposição declarou votar contra, em bloco, só desistindo a meio do Manuel Macedo do PSD.
Notas do visionamento:
Heloísa Apolónia pelos Verdes fez o seu papel, salientando a ausência de uma política ambiental consequente do Governo, mas pouco mais do que isso, fica com 6,5/10.
Luís Fazenda pelo Bloco falou semi de improviso a partir da bancada, apenas com umas cábulas, mas tomei-lhe pouca atenção porque estava a admirar a fila de trás de deputadas do Bloco e, desculpem-se a aleivosia, mas pareceu-me ter recuado 25 ou mesmo 30 anos no tempo. Por isso, e porque o rapaz não tem culpa, leva 7/10 e está dispensado da prova escrita.
António Pires de Lima subiu ao palanque e fez um discurso com pose de Estado e apensar no futuro. Cumpriu a quota de uma referência ao líder real do partido, mas já se vê que, até pelo aumento do volume do tronco, que já está convencido que ele é que é o califa no lugar do califa e não apenas um vizir. Leva 6/10 pela presunção.
Bernardino Soares esteve ao seu nível, o que é médio, embora tenha entrado com uma piada giraça sobre o facto de este governo ser um gnérico com o mesmo princípio activo do Governo anterior, que era de marca. Só por isso leva 7/10, embora se mudasse os tons da gravata e do fato do cinzento, azul-escuro ou creme, por uma vez que fosse (não conta colocar uma gravata vermelha), pudesse ir mais longe.
O já mencionado Manuel Macedo fez o que lhe mandaram e não desmereceu, antes pelo contrário ou vice-versa. Leva 6,5/10 que é por causa das coisas.
Do PS não sei quem falou, mas sei que mereceu 5/10.
AV1 (repórter parlamentar telvisivo)
Dei-me ao trabalho de ver os discursos em que a oposição declarou votar contra, em bloco, só desistindo a meio do Manuel Macedo do PSD.
Notas do visionamento:
Heloísa Apolónia pelos Verdes fez o seu papel, salientando a ausência de uma política ambiental consequente do Governo, mas pouco mais do que isso, fica com 6,5/10.
Luís Fazenda pelo Bloco falou semi de improviso a partir da bancada, apenas com umas cábulas, mas tomei-lhe pouca atenção porque estava a admirar a fila de trás de deputadas do Bloco e, desculpem-se a aleivosia, mas pareceu-me ter recuado 25 ou mesmo 30 anos no tempo. Por isso, e porque o rapaz não tem culpa, leva 7/10 e está dispensado da prova escrita.
António Pires de Lima subiu ao palanque e fez um discurso com pose de Estado e apensar no futuro. Cumpriu a quota de uma referência ao líder real do partido, mas já se vê que, até pelo aumento do volume do tronco, que já está convencido que ele é que é o califa no lugar do califa e não apenas um vizir. Leva 6/10 pela presunção.
Bernardino Soares esteve ao seu nível, o que é médio, embora tenha entrado com uma piada giraça sobre o facto de este governo ser um gnérico com o mesmo princípio activo do Governo anterior, que era de marca. Só por isso leva 7/10, embora se mudasse os tons da gravata e do fato do cinzento, azul-escuro ou creme, por uma vez que fosse (não conta colocar uma gravata vermelha), pudesse ir mais longe.
O já mencionado Manuel Macedo fez o que lhe mandaram e não desmereceu, antes pelo contrário ou vice-versa. Leva 6,5/10 que é por causa das coisas.
Do PS não sei quem falou, mas sei que mereceu 5/10.
AV1 (repórter parlamentar telvisivo)
Dilema
Tantas músicas possíveis, tão pouco espaço.
Eels ? Massive Attack ? Nostalgia dos 80 ? Mike Flowers and the Pops ? Pop nacional ?
Dilema resolvido a favor dos Cake, embora com dúvidas sobre que tema seleccionar: a fabulosa versão do I Will Survive ou a força minimal do Never There ? Ficamos pelo geométrico Short Skirt, Long Jacket do álbum Comfort Eagle, com todo o seu imaginário que qualquer membro da imensa minoria heterossexual de meia-idade, ou não só, bem compreenderá.
AV1
Actualidades
A partir de sábado vão começar a estar disponíveis os bilhetes para o próximo concerto do Rolling Stones no mês de Agosto de 2006.
Eu se fosse a vocês, refreava os intentos pois nada garante que eles cheguem todos vivos a data tão distante. O Keith há muito que deixa bastante a desejar e o Charlie Watts se nunca pareceu muito vivo, cada vez parece mais estar ali só em holograma.
Feliz ficou Mário Soares que, aparentemente, declarou a um seu assessor:
"É pá, ainda bem que eles vêm, pois só eles para me fazerem sentir um jovem !" (fim de citação vagamente fiel).
AV1
Eu se fosse a vocês, refreava os intentos pois nada garante que eles cheguem todos vivos a data tão distante. O Keith há muito que deixa bastante a desejar e o Charlie Watts se nunca pareceu muito vivo, cada vez parece mais estar ali só em holograma.
Feliz ficou Mário Soares que, aparentemente, declarou a um seu assessor:
"É pá, ainda bem que eles vêm, pois só eles para me fazerem sentir um jovem !" (fim de citação vagamente fiel).
AV1
Finalmente !
Uma tirada, se bem que adequadamente populista e não sei se totalmente genuína, com a qual concordo com Mário Soares. Quando inquirido sobre a remuneração dos políticos - e contra a corrente que afirma que só bem pagos estão imunes às tentações - respondeu que o exercício do cargo de ministro, de deputado e/ou de Presidente da República já é honra suficiente para quem os exerce, sendo a questão remuneratória de carácter acessório.
Pois.
O problema é que o pessoal que agora anda por aí, quando já tem algum, começa a faltar-lhe o sentido de serviço à República. Os que ainda não o têm, querem métodos rápidos de lá chegarem, directa ou indirectamente e a República que se dane.
Basta ver o que fazem aqueles que se serviram bem durante os governos do Cavaco e do Guterres e olhar para quem ficou agora para as sobras.
AV1
Pois.
O problema é que o pessoal que agora anda por aí, quando já tem algum, começa a faltar-lhe o sentido de serviço à República. Os que ainda não o têm, querem métodos rápidos de lá chegarem, directa ou indirectamente e a República que se dane.
Basta ver o que fazem aqueles que se serviram bem durante os governos do Cavaco e do Guterres e olhar para quem ficou agora para as sobras.
AV1
Aos poucos...
... o Pai Natal vai deixando as suas prendas no sapatão.
Antes de mais, as 450 páginas de puro delírio da autiobiografia dos Monty Python, com fotos daquelas mentes perversas e alucinadas desde a infância e um chorrilho de depoimentos dos próprios, no qual se destaca, como sempre, John Cleese, autor da seguinte tirada:
«Uma coisa que me caracteriza, penso eu, é a minha crença genuína de que as pessoas devem fazer, em termos globais, o que querem fazer. Isto é uma aproximação revolucionária ao comportamento humano.» (p. 300)
Já o livro do Adrian Mole é o último de uma série praticamente geracional, pois o tipo tem quase a minha idade e entrou para a primária quando eu a estava a acabar. Os seus dramas acompanham-me desde os seus 13 anos que, quando eu tinha 16, achava já ultrapassados e risíveis mas, curiosamente, com o passar do tempo, se continuaram risíveis, começaram a ser muito familiares, em especial o desajustamento quanto à forma como o mundo anda. Tenho todos os anteriores publicados em Portugal, à excepção do Cappuccino Years que alma amiga levou emprestadado há cinco anos e ainda não mo devolveu. Mas o Adrian envelheceu e como tal, ao fazer 35 anos em 2003, escreveu no seu diário:
«Tenho 35 hoje. Estou oficialmente na meia-idade. É tudo a descer a partir daqui. Um deslizar patético em direcção à doença das gengivas, rampas para cadeira de rodas e morte.» (p. 328)
Ainda mais deprimente só o livro do Philip Roth que imagina uma América em que em vez de eleger Roosevelt nos anos 30, elegeria Charles Lindbergh, o famoso aviador, e profundo anti-semita. Deste livro, porque o estou a guardar para quando estiver mais bem disposto e precisar de antídoto, não vos dou nenhuma citação para baixar o moral. Há edição em português, mas custa o dobro do dinheiro, diferença que dá para pagar o envio da Amazon de todos os outros e ainda se ganha na diferença dos preços.
AV1 (sem tempo para ler tudo)
terça-feira, novembro 29, 2005
Povinhorum contribuintibus
Parabéns merecidos
Ao jornal O Rio pelo 8º aniversário e pela cara nova do seu site (isto é semana de remodelações, só nós é que continuamos uns velhotes enrugados).
Na última edição que está disponível online, a foto grande da primeira página provoca-me diversas emoções, comoções e outras aflições, mas depois logo falamos nisso.
AV1
Na última edição que está disponível online, a foto grande da primeira página provoca-me diversas emoções, comoções e outras aflições, mas depois logo falamos nisso.
AV1
Está ser uma semana e tanto...
... na blogosfera local.
O Brocas fez um lifting e tanto.
O Oliude continua no AVCity a fotografar que se desunha.
A Casa de Estudos parece ter-se sumido no éter.
O Alhosvedrense é que ressuscitou de uma maneira capaz de meter inveja a um episódio do ER.
Entretanto, há quem desapareça, há quem reapareça, quem apareça para dizer a verdade mas nunca mais diz (se calhar as verdades eram escassas) e quem pense que somos todos tótós e não sabemos o que se passou.
Para melhorar, pelo meio, houve quem tivesse ataques de amnésia depois de acessos brutais de esquizofrenia, enquanto outros dizem que o que disseram não foram eles a dizer mas outros e que não repararam em nada do que se tinha vindo a passar.
Pois, tá bem, aqui a malta é toda patusca e acredita em acasos, coincidências e outras ciências, ocultas e por ocultar.
Distorcendo o que alguém muito bem por lá escreveu, só falta aparecer o Pai Natal montado na rena Rudolfo (esperemos que maior de idade, para os padrões da Lapónia), com o coelhinho da Páscoa a tiracolo.
Cá para mim alguém andou a ver o Donnie Darko, na certa.
E ainda é só terça-feira.
AV1 (cá com uma paranóia que se faz favor...)
O Brocas fez um lifting e tanto.
O Oliude continua no AVCity a fotografar que se desunha.
A Casa de Estudos parece ter-se sumido no éter.
O Alhosvedrense é que ressuscitou de uma maneira capaz de meter inveja a um episódio do ER.
Entretanto, há quem desapareça, há quem reapareça, quem apareça para dizer a verdade mas nunca mais diz (se calhar as verdades eram escassas) e quem pense que somos todos tótós e não sabemos o que se passou.
Para melhorar, pelo meio, houve quem tivesse ataques de amnésia depois de acessos brutais de esquizofrenia, enquanto outros dizem que o que disseram não foram eles a dizer mas outros e que não repararam em nada do que se tinha vindo a passar.
Pois, tá bem, aqui a malta é toda patusca e acredita em acasos, coincidências e outras ciências, ocultas e por ocultar.
Distorcendo o que alguém muito bem por lá escreveu, só falta aparecer o Pai Natal montado na rena Rudolfo (esperemos que maior de idade, para os padrões da Lapónia), com o coelhinho da Páscoa a tiracolo.
Cá para mim alguém andou a ver o Donnie Darko, na certa.
E ainda é só terça-feira.
AV1 (cá com uma paranóia que se faz favor...)
Enfim...
A saga...
... da família Subúrbio voltará em breve a estar entre nós.
A Maria dos Anjos não apareceu ontem, toda aperaltada, para ficar sozinha, logo agora que o Camané, o vizinho todo pintas do 3º esquerdo lhe anda a atirar uns olhares delambidos como eu sei lá.
A época de Natal é propícia ao seu ressurgimento nos nossos posts, com os seus anseios e sonhos para um 2006 menos igual ao 2005, ao 2004, ao 2003, ao 2002...
Assim a inspiração e o tempo favoreçam quem faz os desenhos e a falta de inspiração me abandone.
AV1
A Maria dos Anjos não apareceu ontem, toda aperaltada, para ficar sozinha, logo agora que o Camané, o vizinho todo pintas do 3º esquerdo lhe anda a atirar uns olhares delambidos como eu sei lá.
A época de Natal é propícia ao seu ressurgimento nos nossos posts, com os seus anseios e sonhos para um 2006 menos igual ao 2005, ao 2004, ao 2003, ao 2002...
Assim a inspiração e o tempo favoreçam quem faz os desenhos e a falta de inspiração me abandone.
AV1
Eu queria dar música...
... mas o Castpost está em greve de zelo há um bom bocado.
Logo agora que já estou bem disposto e tinha aqui mesmo uma musiquinha a condizer.
Esperemos, que vai valer a pena.
Já está a dar para fazer o login, iupe !
AV1
Logo agora que já estou bem disposto e tinha aqui mesmo uma musiquinha a condizer.
Esperemos, que vai valer a pena.
Já está a dar para fazer o login, iupe !
AV1
País em 2ª mão
Como quando um tipo fica chateado, tudo para onde olha parece estar carregado de negrume, hoje foi dia para reparar como Portugal ou pelo menos a parte suburbana dele em que vivemos se encontra dividida entre os discursos da modernidade e a dificuldade da malta se livrar dos tarecos velhos.
Já alguém reparou na quantidade de stands de carros em 2ª mão, a céu aberto, que por aí embelezam as nossas terreolas ?
Cá em Alhos Vedros, já faz parte da paisagem aquele logo à entrada da Avenida Bela Rosa, a servir de contraponto à vivenda crescentemente degradada que servia de escritório à Helly-Hansen/Norporte.
Depois são os apartamentos que se tentam vender para comprar casinha nova. Ambição legítima, pois em tempo de crise é mais fácil negociar a compra; o problema é consumar a venda do que se quer largar. E os anúncios de Vende-se acumulam-se nas janelas qual rou pa estendida ao esquecimento.
Por outro lado, vemos nascer pseudo-parques industriais que não passam de barracões semi-provisórios, enquanto a geração anterior de barracões está ao abandono, sendo um caso chocante o das antigas instalações da Fristads, cujas janelas se limitam a estar teoricamente bloqueadas por paletes de madeira, já que tudo o resto foi destruído ou pilhado.
Isto para não falar nos entulhos de obras largados por todo o lado, dos montes de pneus esquecidos onde dá jeito, dos restos de obras públicas largados onde calhou, como o Oliude tem fotografado um pouco por todo o lado, assim como a pura e simples falta de civismo mesmo em espaços nobres da capital como o Brocas também hoje nos mostra.
Sinceramente, não sei se é do espírito natalício que me invade, mas é nesta altura do ano que a fealdade de tudo isto, o desmazelo constante, o desleixo evidente, a incúria permanente, me custam mais a digerir.
Sei que a culpa é de todos nós e, por consequência perversa, de ninguém particular.
Mas também sei que não há verdadeira modernidade que se construa em cima disto, porque é só raspar o verniz e ele estala logo.
AV1 (com uma telha de todo o tamanho)
Já alguém reparou na quantidade de stands de carros em 2ª mão, a céu aberto, que por aí embelezam as nossas terreolas ?
Cá em Alhos Vedros, já faz parte da paisagem aquele logo à entrada da Avenida Bela Rosa, a servir de contraponto à vivenda crescentemente degradada que servia de escritório à Helly-Hansen/Norporte.
Depois são os apartamentos que se tentam vender para comprar casinha nova. Ambição legítima, pois em tempo de crise é mais fácil negociar a compra; o problema é consumar a venda do que se quer largar. E os anúncios de Vende-se acumulam-se nas janelas qual rou pa estendida ao esquecimento.
Por outro lado, vemos nascer pseudo-parques industriais que não passam de barracões semi-provisórios, enquanto a geração anterior de barracões está ao abandono, sendo um caso chocante o das antigas instalações da Fristads, cujas janelas se limitam a estar teoricamente bloqueadas por paletes de madeira, já que tudo o resto foi destruído ou pilhado.
Isto para não falar nos entulhos de obras largados por todo o lado, dos montes de pneus esquecidos onde dá jeito, dos restos de obras públicas largados onde calhou, como o Oliude tem fotografado um pouco por todo o lado, assim como a pura e simples falta de civismo mesmo em espaços nobres da capital como o Brocas também hoje nos mostra.
Sinceramente, não sei se é do espírito natalício que me invade, mas é nesta altura do ano que a fealdade de tudo isto, o desmazelo constante, o desleixo evidente, a incúria permanente, me custam mais a digerir.
Sei que a culpa é de todos nós e, por consequência perversa, de ninguém particular.
Mas também sei que não há verdadeira modernidade que se construa em cima disto, porque é só raspar o verniz e ele estala logo.
AV1 (com uma telha de todo o tamanho)
Tecnologia, Anglofilia, Lusofonia e tal
Hoje estou pior do que estragadinho com a moda das novas tecnologias por cá.
Isto em Portugal, enquanto as pessoas e as rotinas forem o que são, não vale a pena meterem-lhes planos tecnológicos, computadores da última geração, internet, banda larga, etc, etc, etc, em casa ou nas empresas, porque as falhas de organização continuam as mesmas.
Já nem vou falar dos organismos públicos em que os pedidos de esclarecimento por mail levam o mesmo ou mais tempo a responder do que uma carta em papel.
Agora ficar-me-ei por um exemplo de empresa de sucesso, a que recorro bastante, e que devia não padecer destes males.
Pois é.
A minha bela Fnac, que já me entusiasmou muito mais do que agora, é daquelas lojas com encomendas online.
E a que eu já recorri, muito pontualmente, para encomendar livros estrangeiros quando quero poupar as despesas de envio da Amazon, especialmente quando se trata apenas de um ou dois volumes.
Há quase um mês fiz-lhes uma encomenda de dois exemplares de um livro que se dizia no site estar esgotado.
A troca de mails foi-se prolongando quanto a forma de pagamento, local de entrega, número de exemplares (não percebiam que eram dois livros iguais) até ser necessário recorrer ao telefone.
Por fim, a coisa lá avançou e foi-me dado um prazo de 15 a 75 dias (!!!!) para a coisa chegar.
Aparentemente, mnão existe um protocolo fixo a seguir ou se existe está muito mal pensado.
Arrependi-me logo.
Mas, enfim, deixei-me ficar.
Cerca de 25 dias depois, Domingo passado, amanhece-me uma msg no telemóvel a dizer que já estava tudo na Fnac de Almada e eu podia ir levantar nos 30 dias seguintes.
Já sabendo o que a casa gasta por cá, dei-lhes 48 horas e apareci-lhes hoje todo feliz e contente.
Qual quê !
Em Almada ninguém sabia de nada e nem sequer percebiam quem e como me tinha sido enviada uma msg, porque eles só usam o mail como forma de comunicação. A culpa era dos tipos do Colombo que não me deviam ter contactado.
Telefona-se para o Colombo, que confirma a saída no Domingo da encomenda para Almada no camião que faz a distribuição do material pelas várias lojas do país.
Ora bem, que eu saiba, não há muitas Fnacs no país e, a menos que tenham ido de Lisboa a Almada, passando pelo porto e Faro, 48 horas já davam para ter sido feito o trajecto.
Mas não.
E o pior de tudo é que ninguém tem culpa, porque uns já enviaram, os outros ainda não receberam, e o camionista ningúém sabe onde anda.
Entretanto, as encomendas que fiz pela Amazon mais recentemente, uma feita em 22 de Novembro de um livro esgotadíssimo e tendo que recorrer a um alfarrabista associado da Amazon britânica, já me chegou ontem, enquanto da outra encomenda feita dia 24 (já desiludido com os métodos da Fnac) já recebi aviso de estar o volume à minha espera nos Correios.
A forma de funcionamento deste tipo de coisas nos países anglo-saxónicos e do norte da Europa é uma coisa completamente diferente.
Eles assumem que as novas tecnologias são a base e a regra do trabalho actual.
Por cá, é apenas um prolongamento infelizmente necessário dos negócios á moda antiga.
E não adianta a Fnac ser de origem francesa, porque os franceses neste aspecto, andam a meio caminho dos tugas e dos bifes. Tentem lá fazer uma assinatura de uma revista francesa online e, salvo raríssimas excepçoes, mandam-nos telefonar para alguém que só sabe francês. o que é muito estúpido porque se está a atender encomendas do estrangeiro devia pelo menos entender inglês.
Outro desânimo é o Brasil onde o baixo valor da moeda torna atraentes os preços de muito material de Banda Desenhada.
Mas mesmo em lojas virtuais de grande dimensão - caso da Submarino - tentem lá fazer uma encomenda para Portugal !
Só contemplam no espaço das moradas casos que se incluam nos estados brasileiros e se deixarmos o campo em branco, é impossível avançar com o pedido.
Eles lá se lembram que há outros países que podem estar interessados em adquirir as suas publicações !
O mercado deles é tão grande, que o resto da lusofonia não passa de amendoins desnecessários.
Chega-nos cá a Mad com quase um ano de atraso, pois o que é enviado não passa das sobras que restaram do consumo interno.
Por isso, está decidido. A partir de agora ou é na loja ou encomedar pela net só se for às Amazons inglesa e americana.
Esses sabem o que andam a fazer.
E o resto é conversa.
AV1 (de regresso ao papel e a postar com o lápis atrás da orelha)
Isto em Portugal, enquanto as pessoas e as rotinas forem o que são, não vale a pena meterem-lhes planos tecnológicos, computadores da última geração, internet, banda larga, etc, etc, etc, em casa ou nas empresas, porque as falhas de organização continuam as mesmas.
Já nem vou falar dos organismos públicos em que os pedidos de esclarecimento por mail levam o mesmo ou mais tempo a responder do que uma carta em papel.
Agora ficar-me-ei por um exemplo de empresa de sucesso, a que recorro bastante, e que devia não padecer destes males.
Pois é.
A minha bela Fnac, que já me entusiasmou muito mais do que agora, é daquelas lojas com encomendas online.
E a que eu já recorri, muito pontualmente, para encomendar livros estrangeiros quando quero poupar as despesas de envio da Amazon, especialmente quando se trata apenas de um ou dois volumes.
Há quase um mês fiz-lhes uma encomenda de dois exemplares de um livro que se dizia no site estar esgotado.
A troca de mails foi-se prolongando quanto a forma de pagamento, local de entrega, número de exemplares (não percebiam que eram dois livros iguais) até ser necessário recorrer ao telefone.
Por fim, a coisa lá avançou e foi-me dado um prazo de 15 a 75 dias (!!!!) para a coisa chegar.
Aparentemente, mnão existe um protocolo fixo a seguir ou se existe está muito mal pensado.
Arrependi-me logo.
Mas, enfim, deixei-me ficar.
Cerca de 25 dias depois, Domingo passado, amanhece-me uma msg no telemóvel a dizer que já estava tudo na Fnac de Almada e eu podia ir levantar nos 30 dias seguintes.
Já sabendo o que a casa gasta por cá, dei-lhes 48 horas e apareci-lhes hoje todo feliz e contente.
Qual quê !
Em Almada ninguém sabia de nada e nem sequer percebiam quem e como me tinha sido enviada uma msg, porque eles só usam o mail como forma de comunicação. A culpa era dos tipos do Colombo que não me deviam ter contactado.
Telefona-se para o Colombo, que confirma a saída no Domingo da encomenda para Almada no camião que faz a distribuição do material pelas várias lojas do país.
Ora bem, que eu saiba, não há muitas Fnacs no país e, a menos que tenham ido de Lisboa a Almada, passando pelo porto e Faro, 48 horas já davam para ter sido feito o trajecto.
Mas não.
E o pior de tudo é que ninguém tem culpa, porque uns já enviaram, os outros ainda não receberam, e o camionista ningúém sabe onde anda.
Entretanto, as encomendas que fiz pela Amazon mais recentemente, uma feita em 22 de Novembro de um livro esgotadíssimo e tendo que recorrer a um alfarrabista associado da Amazon britânica, já me chegou ontem, enquanto da outra encomenda feita dia 24 (já desiludido com os métodos da Fnac) já recebi aviso de estar o volume à minha espera nos Correios.
A forma de funcionamento deste tipo de coisas nos países anglo-saxónicos e do norte da Europa é uma coisa completamente diferente.
Eles assumem que as novas tecnologias são a base e a regra do trabalho actual.
Por cá, é apenas um prolongamento infelizmente necessário dos negócios á moda antiga.
E não adianta a Fnac ser de origem francesa, porque os franceses neste aspecto, andam a meio caminho dos tugas e dos bifes. Tentem lá fazer uma assinatura de uma revista francesa online e, salvo raríssimas excepçoes, mandam-nos telefonar para alguém que só sabe francês. o que é muito estúpido porque se está a atender encomendas do estrangeiro devia pelo menos entender inglês.
Outro desânimo é o Brasil onde o baixo valor da moeda torna atraentes os preços de muito material de Banda Desenhada.
Mas mesmo em lojas virtuais de grande dimensão - caso da Submarino - tentem lá fazer uma encomenda para Portugal !
Só contemplam no espaço das moradas casos que se incluam nos estados brasileiros e se deixarmos o campo em branco, é impossível avançar com o pedido.
Eles lá se lembram que há outros países que podem estar interessados em adquirir as suas publicações !
O mercado deles é tão grande, que o resto da lusofonia não passa de amendoins desnecessários.
Chega-nos cá a Mad com quase um ano de atraso, pois o que é enviado não passa das sobras que restaram do consumo interno.
Por isso, está decidido. A partir de agora ou é na loja ou encomedar pela net só se for às Amazons inglesa e americana.
Esses sabem o que andam a fazer.
E o resto é conversa.
AV1 (de regresso ao papel e a postar com o lápis atrás da orelha)
segunda-feira, novembro 28, 2005
Tá combinado
Se isto continuar muito morno na blogosfera local nós fazemos um post a desancar no Papa ou no Benfica. É que não há vacas mais sagradas do que estas.
Ou então começamos a colocar gajas nuas.
AV1
Ou então começamos a colocar gajas nuas.
AV1
Utilidades
Blogs de apoio a candidaturas presidenciais: ao já conhecido Super-Mário, formado pela coligação dos deserdados do Barnabé com uma manta de retalhos, juntam-se O Quadrado de apoio a Manuel Alegre e animado por alguns dos seus mais conhecidos apoiantes e Manuel Alegre - Alargar a Cidadania de carácter mais basista, o Pulo do Lobo que parece apoiar Cavaco, mas cujos textos deixarão a maior parte dos cavaquistas de boca aberta de incompreensão e um que logo no título se percebe ser de apoio mais básico para as massas, o Mandatário Digital. Para além deles, há um blog anti-Cavaco e um que parece anti-todos assim como este, o que também nos agrada sempre.
Para completar, por enquanto, o ramalhete até temos a eterna Carmelinda Pereira a tentar ir outra vez a votos. A apreciar pelas entradas no site do POUS (pouco mais de 5000), a coisa não se avizinha fácil (para além disso a página engatou logo que mandei retroceder, aquilo é que é malta muito prá frente) .
AV1 (em digressão pela blogosfera, colhendo links quais cogumelos)
Para completar, por enquanto, o ramalhete até temos a eterna Carmelinda Pereira a tentar ir outra vez a votos. A apreciar pelas entradas no site do POUS (pouco mais de 5000), a coisa não se avizinha fácil (para além disso a página engatou logo que mandei retroceder, aquilo é que é malta muito prá frente) .
AV1 (em digressão pela blogosfera, colhendo links quais cogumelos)
Dez dias de felicidade...
... deve ser aquilo que espera a mamã Subúrbio, Maria dos Anjos de sua graça (apresentada aos nossos leitores há cerca de quatro meses), agora que está a cair o subsídio de Natal - que mesmo magro ainda o temos, ao contrário dos funcionários públicos e militares alemães - na continha da família.
Apesar da crise, Maria dos Anjos e o seu marido Tó Manel, ainda conseguem manter os respectivos empregos, ela numa fabriqueta manhosa das imediações que ainda não fechou e ele no sector administrativo de um ministério.
O tempo não está para grandes festas, mas por conta do que as Finanças ainda não levaram, Maria dos Anjos lá foi este fim-de-semana ao shopping do Montijo fazer o seu brushing e uma coloração (como podem notar está toda ruiva), aproveitando para uma paragem na Zara, na perfumaria e naquela loja que tem umas velas muito giras e perfumadas.
Para a semana, ou já no feriado de 5ª feira, vai ser a vez de comprar as prendas de Natal para os filhos e família (este ano até os tios vão aparecer lá da santa terrinha, só para chatear e a cunhada está grávida outra vez, quase com 40 anos, raios da mulher que não se sabe prevenir, nem desmanchar o descuido) e será então que a felicidade acaba, pois é mês de pagar o seguro do carro e aquele deslize do Tó Manel no outro dia em Lisboa - que raio de ideia ter ido de carro, com o preço a que está o gasoil, o tipo anda é a esconder qualquer arranjinho - saiu caro, mesmo com declaração amigável.
Depois, só indo a Alcochete ver se é possível arranjar uns agasalhos em conta para este Inverno, que parece estar um bocado para o desagradável.
Mas, enfim, sempre são quase duas semanas em que se sonha que a vida podia ser um pouco menos apertada.
AV1
Música inspiracional
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O pessoal do Arre-Macho deu-me a ideia e aqui está a música que faz parte da versão não censurada do cd dos Nouvelle Vague (que tem 13 músicas contra as 12 da versão limpa, sendo que esta é a que falta).
AV1
Do Ar V
Não me canso de brincar com o Google-Earth, na esperança de ver alguma vizinha a fazer top-less ou tudo-less na varanda, mas com este frio não devo ter sorte.
Em troca, contento-me com a cratera do aterro sanitário, ali onde já houve nome de Pinhal.
Eu sei, eu sei, o aterro tinha de ir para qualquer lado.
OK, é só a curiosidade de ver a coisa de cima.
Há uns tempos, antes dos últimos arranjos que por lá andam, aquilo parecia uma paisagem marciana ao pôr-do-sol (e eu sempre sem máquina...).
Agora só gostava de saber se o ciclo se completa e aquilo é reflorestado, se vai ser aproveitado para uma zona de barracões, se a área não é toda da responsabilidade da CMM e apenas é da CMB, etc, etc...
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Parabéns
A coragem pode ter muitas formas, mas esta é uma, mesmo se chega atrasada.
Mas antes tarde do que nunca.
Agora, e quando a cura terminar, com um qualquer medidor/rastreador de entradas tornar-se-á fácil perceber quem faz o quê e, se estiver para isso, pelo menos para consumo interno detectar os casos de esquizofrenia comentarista.
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Mas antes tarde do que nunca.
Agora, e quando a cura terminar, com um qualquer medidor/rastreador de entradas tornar-se-á fácil perceber quem faz o quê e, se estiver para isso, pelo menos para consumo interno detectar os casos de esquizofrenia comentarista.
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Fui dar uma voltinha...
... por alguns cantos do nosso rico concelho, hoje pelo final da manhã, pois tinha um par de horas para encher.
Ao atravessar a Praça da República requalificada, e graças à simpatia do proprietário do Renault 00-63-?? (não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que aquela alma faz o mesmo em completa impunidade) que estacionou mesmo em plena paragem do autocarro, ficámos todos ali parados à espera que um dos articulados dos TST despejasse e carregasse passageiros na faixa de rodagem, enquanto o trânsito se acumulava por falta de qualquer escapatória.
Na Fonte da Prata Norte, não só entre a estrada e o que já há, mas mesmo junto ao rio, as máquinas trabalham a todo o vapor. Não sei se serão já os equipamentos colectivos propostos a arrancarem, se apenas as infraestruturas para o casario que ainda está por construir.
A intensidade do trabalho faz pensar que a urbanização nova já deve estar toda vendida e sinta aquela pressão demográfica que alguns responsáveis locais alegam para avançar com tanto loteamento.
Na Lagoa da Pega, lá estão, sem razão aparente, as tais marcas de abate nos pinheiros daquele pequeno parque infantil. Mas esse será o mal menor, porque aquilo deverá ser tudo para arrasar.
A caminho de outras paragens, fui verificar in loco a brilhante nova rotunda do Alto do Carvalhinho e apreciar como mais umas daquelas obras feitas à tuga destruiu um piso bastante bom da estrada até ao Alto de São Sebastião, com uns remendos terceiro-mundistas, aliás à imagem da brigada de trabalho que por lá anda, com três ou quatro a olharem e dois a trabalhar verdadeiramente.
Enfim, tudo a correr normalmente.
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Ao atravessar a Praça da República requalificada, e graças à simpatia do proprietário do Renault 00-63-?? (não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que aquela alma faz o mesmo em completa impunidade) que estacionou mesmo em plena paragem do autocarro, ficámos todos ali parados à espera que um dos articulados dos TST despejasse e carregasse passageiros na faixa de rodagem, enquanto o trânsito se acumulava por falta de qualquer escapatória.
Na Fonte da Prata Norte, não só entre a estrada e o que já há, mas mesmo junto ao rio, as máquinas trabalham a todo o vapor. Não sei se serão já os equipamentos colectivos propostos a arrancarem, se apenas as infraestruturas para o casario que ainda está por construir.
A intensidade do trabalho faz pensar que a urbanização nova já deve estar toda vendida e sinta aquela pressão demográfica que alguns responsáveis locais alegam para avançar com tanto loteamento.
Na Lagoa da Pega, lá estão, sem razão aparente, as tais marcas de abate nos pinheiros daquele pequeno parque infantil. Mas esse será o mal menor, porque aquilo deverá ser tudo para arrasar.
A caminho de outras paragens, fui verificar in loco a brilhante nova rotunda do Alto do Carvalhinho e apreciar como mais umas daquelas obras feitas à tuga destruiu um piso bastante bom da estrada até ao Alto de São Sebastião, com uns remendos terceiro-mundistas, aliás à imagem da brigada de trabalho que por lá anda, com três ou quatro a olharem e dois a trabalhar verdadeiramente.
Enfim, tudo a correr normalmente.
AV1
domingo, novembro 27, 2005
Comparar
Enquanto tenho andado muito preocupado com a brutal betonização do espaço entre a entrada nascente de Alhos Vedros e a Moita, tenho deixado em claro outras zonas que também vão continuar a ser passadas a betão na nossa freguesia.
No mapa do PDM para a zona a sul do Bairro Gouveia e das Vilas coloridas e por ali ao lado do Bairro Francisaco Pires também se prevê uma bela mancha de construção prevista (amarelo-claro) que, em área, parece ir duplicar a existente (amarelo torrado).
Claro que se polvilha o mapa com áreas (a cor-de-rosa) para equipamentos colectivos mas, se bem repararem, só lá existe um (a Piscina Municipal, assinalado pelo triângulo), os restantes 7 ou 8 são só projectos 8é o que significa a bolinha preta) e já se sabe que com os problemas de investimento, e com base no que agora se vê, quando estiver o casario construídos, é possível que já existam dois equipamentos lá para final deste mandato.
AV1
Para memória futura
O Bloco Central anda a tentar novamente introduzir um sistema eleitoral que visa extinguir, do ponto de vista parlamentar, os pequenos partidos ou torná-los praticamente irrelevantes, forçando assim a uma bipolarização à moda anglo-saxónica.
Felizmente, à pergunta do Público (p. 13 da edição de sábado) "Acha que há riscos de um sistema com círculos uninominais de candidatura quebrar a representatividade dos pequenos partidos ?" os candidatos com hipóteses de passar à segunda volta e que não aparecem para medir contas um com o outro e que obviamente estão contra tal ideia, responderam da seguinte maneira:
Ora bem.
Gostei das três posições, embora lhes faça os seguintes reparos: a) Cavaco Silva mudou de opinião desde os tempos em que fez propostas parecidas às actuais; b) Manuel Alegre podia ser mais claramente contrário à medida; c) Mário Soares podia ser menos palavroso.
Quanto ao resto, só alguns detalhes contra as posições de fundo dos defensores do sistema eleitoral com círculos uninominais.
1) A questão da governabilidade e da produção eleitoral de maiorias, pela experiência dos últimos 20 anos, não se põe com grande acuidade, pois tivemos três maiorias absolutas e os problemas de governabilidade que se deram, quando existiram, foram no seio dos partidos que governavam e não por causa do Parlamento.
2) A demagógica aproximação dos candidatos ao eleitorado, enquanto os deputados forem considerados "da Nação" e não representantes dos seus círculos pura e simplesmente é uma falácia.
Portanto, enterrem lá a ideia de vez.
AV1
Felizmente, à pergunta do Público (p. 13 da edição de sábado) "Acha que há riscos de um sistema com círculos uninominais de candidatura quebrar a representatividade dos pequenos partidos ?" os candidatos com hipóteses de passar à segunda volta e que não aparecem para medir contas um com o outro e que obviamente estão contra tal ideia, responderam da seguinte maneira:
Cavaco Silva: Pessoalmente, considero inaceitável que se ponha em causa o princípio constitucional da proporcionalidade, que possa querer eliminar os pequenos partidos. Todas as correntes de opinião significativas devem ter representação no Parlamento. É aí que devem manifestar as suas opiniões e não de forma extraparlamentar.
Manuel Alegre: Há, se a introdução de círculos uninominais não for compensada com a criação de um círculo nacional plurinominal. A representação genuína da vontade popular não deve ser desvirtuada pelo sistema eleitoral.
Mário Soares: A insatisfação com o funcionamento dos sistemas proporcionais, face à sua menor apetência para gerar maiorias estáveis tem levado à criação dos sistemas mistos. Os resultados são conhecidos: geram sistemas partidários de pluralismo moderado, onde os riscos de quebra de representatividade dos pequenos partidos existem. A validade de um sistema eleitoral mede-se pelo nível de confiança que transmitem aos eleitores e pela sua capacidade para assegurar a representação plural, sem pôr em causa a governabilidade. Sem prejuízo de melhoria, o nosso sistema tem provado.
Ora bem.
Gostei das três posições, embora lhes faça os seguintes reparos: a) Cavaco Silva mudou de opinião desde os tempos em que fez propostas parecidas às actuais; b) Manuel Alegre podia ser mais claramente contrário à medida; c) Mário Soares podia ser menos palavroso.
Quanto ao resto, só alguns detalhes contra as posições de fundo dos defensores do sistema eleitoral com círculos uninominais.
1) A questão da governabilidade e da produção eleitoral de maiorias, pela experiência dos últimos 20 anos, não se põe com grande acuidade, pois tivemos três maiorias absolutas e os problemas de governabilidade que se deram, quando existiram, foram no seio dos partidos que governavam e não por causa do Parlamento.
2) A demagógica aproximação dos candidatos ao eleitorado, enquanto os deputados forem considerados "da Nação" e não representantes dos seus círculos pura e simplesmente é uma falácia.
Portanto, enterrem lá a ideia de vez.
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A musiquinha do dia
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Até faz borbulhas nas orelhas mais empedernidas.
Para ouvir até gastar as colunas de som.
AV1 (versão DJ lounge)
Tarde de Cinema
A Memória do Dia
Eis o número duplo de Nov/Dez de 1980 da Música & Som, a par do Se7e, as bíblias da malta de então em matéria musical.
Se na capa vem a Kate Bush (de quem saiu nova colectânea muito recentemente) e os destaques de capa não são muito animadores (Cheap Trick, Tangerine Dream, Rick Wakeman, etc), lá dentro sempre se respiravam mais ares do tempo com a crónica da passagem por Portugal da The Son of Stiff Tour 1980 com uma série de efémeros grupos como os Dirty Looks (quem ?), o Joe King Carrasco (??), os Any Trouble (bonzinhos) os Tempole Tudor (sim?) ou artigos sobre bandas mais marcantes como os Dire Straits, XTC e Talking Heads.
Em matéria de álbuns o destaque era dado ao Ashes to Ashes do David Bowie, mas estes eram os meses da publicação de álbuns para mim bem mais interessantes como o fabuloso Searching for the Young Soul Rebels dos Dexy's Midnight Runners, do Zenyatta Mondatta dos Police ou mesmo, na minha faceta mais melosa, do duplo Paris dos Supertramp, um daqueles álbuns que com o Eagles Live fez o topo das minhas preferências de álbuns ao vivo da época, um par de anos antes do Alchemy dos Dire Straits ou do Under a Blood Red Sky dos U2.
As grandes apostas publicitárias do momento eram o Making Movies dos ditos Straits com anúncio a cores de página inteira, tal como o Breaking Glass da Hazel O'Connor com honras de manifesto punk, e os já citados Paris e Zenyatta.
Com destaque merecidamente menor, a Polygram apresentava-ns o Rock Hard da Suzi Quatro e o The Turn of a Friendly Card dos The Alan Parsons Project (booooring...) e a Vadeca anunciava álbuns dos The Records, The Skids, dos Magazine (melhor), da Valerie Lagrange, o Travelogue dos Human League (sim um anterior ao Dare que estava quase a rebentar lá fora) e o Glory Road do Ian Gillan, então já a solo.
Ou seja, a esta distância, apesar de tudo e das borbulhas, a coisa não parece tão desinteressante como se poderia supôr, mesmo descontando o nevoeiro da nostalgia.
AV1
A citação do dia
«Alexandre Herculano ensinou-nos que Portugal nasceu e se manteve independente pela força e vontade política dos homens - e não por qualquer determinismo geográfico.
No século XXI é preciso mais do que força e vontade política para mantermos a nossa independência. É preciso ter a estratégia certa.
Em vez de favorecer a concentração empresarial - criando companhias com dimensão para competirem no top five ibérico, e manterem centros de decisão, no nosso país - o Governo prefere estimular o aparecimento de empresas bonsai. O exemplo mais acabado desta estratégia suicida é a sua vergonhosa actuação no dossiê energético.
E é patético ver Sócrates sorridente no regresso da cimeira luso-espanhola de Évora (...).
Como toda a gente sabe que a linha de TGV Madrid-Lisboa vai ser uma catástrofe de exploração, pois além de os previsíveis fluxos de passageiros serem manifestamente insuficientes para a viabilizar, a concorrência do avião será demolidora. Pouca gente está disposta a pagar mais por uma viagfem de duas horas e meia de comboio do que por uma viagem de uma hora de avião.
Mas Madrid está disposta a pagar para estar ligada por comboios de alta velocidade a todas as grandes cidades da Ibéria. A Puerta del Sol é o quilómetro zero de todas as estradas da Península. Atocha vai ser o coração da rede ferroviária ibérica, Castela ficou satisfeita. Sócrates não pára de descarrilar.»
(Jorge Fiel in Expresso-Economia, 26/Nov/05, p. 7)
A isto apenas acrescentaria que, à imagem daquele empresário de sucesso Vaz Guedes que, depois de assinar um documento contra a invasão espanhola da nossa economia vendeu a posição maioritária da sua família na Somague a espanhóis em troca de um lugar na administração da empresa-mãe dizendo que era para proporcionar dar mais-valias aos accionistas, há muitos políticos que, em nome do pragmatismo, estão dispostos a obedecer a Madrid se isso se traduzir em ganhos pessoais de curto/médio prazo.
A vontade dos homens de que falaram Alexandre Herculano e Oliveira Martins cada vez viceja menos entre nós e começa a se usual acusar-se de anacronismo e nacionalismo retrógrado quem barafusta com a venda a retalho do nosso país, pela oferta menos má.
Por isso, é interessante vermos até quem, nas próximas eleições presidenciais, não tem rebuço em assumir o seu patriotismo.
AV1
sábado, novembro 26, 2005
Para ter pesadelos !
Citação da noite
Só recentemente adquiri esta volumoso livro com as comunicações feitas num seminário internacional de 1997 sobre a Europa Social (c. 500 páginas por 9 euros).
Como sempre com a Fundação Gulbenkian os contributos são da melhor qualidade e, numa altura em que os direitos sociais dos portugueses começam a finar-se após duas décadas de um incipiente welfare state, destacaria o excelente texto de Manuel Braga da Cruz que lá vem e que mereceria uma muito longa citação.
Assim, deixo aqui apenas uma passagem que já diz muito:
«A crise da protecção social tem também subjacente uma crise do Estado, que não é apenas uma crise fiscal do Estado, mas uma crise de natureza social e nacional do Estado.
Os sistemas de protecção social foram introduzidos pelo Estado, que assim assumiu maior intervencionismo e maior protagonismo político. Esse Estado interventor assumiu a forma e a natureza de "Estado do bem-estar". O Estado tornou-se social.
(...)
Esta progressiva introdução das massas sob a protecção administrativa do Estado provocou o crescimento do aparelho do Estado, o gigantismo organizativo e burocrático do Estado (...) que se traduziu no aumento da produção legislativa e no crescimento da regulamentação social, no aumento dos impostos e da intervenção fiscal do Estado no crescimento do funcionalismo público e da burocracia estatal.
O agigantamento do Estado provocou a prazo uma crise de poder no Estado, entendida quer como crise de eficácia ou de poder de intervenção, quer como crise de legitimação ou de governabiidade.
(...)
A desproporção entre o nível dos recursos e o custo das despesas sociais obrigava a comprometer o crescimento económico pelo aumento da dívida pública ou pelo crescimento dos impostos, impedindo o crescimento. O aparelho de Estado tendia a aexpandir-se mais velozmente que o PIB, e a economia crescia mais lentamente que o Estado. Os impostos sobre rendimentos aumentavam os ingressos públicos mais do que o crescimento económico.»
(Manuel B. Cruz, "Condições político-sociais da reforma dos sistemas de protecção social" in Europa Social, Lisboa, 1997, pp 295-304, citação compilada das pp 297-299)
E foi assim que chegámos à situação actual.
O diagnóstico há muito que estava feito (este é apenas um deles e já tem 8 anos), mas nada se tentou para contrariar a tendência quando as vacas estavam menos magras.
Agora, meus amigos, é tarde.
AV1
É favor mandar uma cópia....
Do Ar IV
As experiências originais da Holanda de conquista de terrenos ao mar têm a sua continuidade no nosso concelho, naquela zona à entrada da Baixa da Banheira em que a velha quadrícula das marinhas foi entulhada, seguindo-se depois de forma progressiva e com o beneplácito das autoridades locais, a completa destruição do sapal para dar espaço a barracões de indústrias de ponta e, ao que parece, o espaço necessário para o campo do Banheirense sem que isso acarrete custos especiais em termos de cedência do terreno.
Pudera, ainda há uma década (ou menos) aquilo era água que transbordava (e agora não transborda porque fica ali acumulada), para a Estrada Nacional sempre que chovia "mais do que os valores médios para a época".
AV1
Lusofonias: Resposta !
A Lusofonia apenas existe porque existe o Brasil, é esse País que pode ou não definir a nossa existência como Língua Mundial das mais faladas no Mundo, somos apenas um entre muitos Países que falam o Português, a Pátria é a língua em que falamos, Portugal pode deixar de existir como Pátria...se assim os Portugueses o deixarem, mas a minha Nação Lusitana, continuará a existir, em qualquer parte do Mundo.
Falta-te camarada perceber que as limitações da Pátria não nos são impostas pelos limites fisicos e Europeus da minha Pátria, posso perfeitamente ser mais Português, onde melhor me sinta com as minhas convições.
Este entendimendo da Lusofonia e do Porvir é uma questão de sobrevivência das minhas convicções e da minha Luta por estes valores, se me retiras essa possibilidade, peço-te que me indiques quais são os outros caminhos alternativos...será a Europa, será os anglófonos, os francófonos não são certamente e castela... será que tem de ser assim !
AV2
Falta-te camarada perceber que as limitações da Pátria não nos são impostas pelos limites fisicos e Europeus da minha Pátria, posso perfeitamente ser mais Português, onde melhor me sinta com as minhas convições.
Este entendimendo da Lusofonia e do Porvir é uma questão de sobrevivência das minhas convicções e da minha Luta por estes valores, se me retiras essa possibilidade, peço-te que me indiques quais são os outros caminhos alternativos...será a Europa, será os anglófonos, os francófonos não são certamente e castela... será que tem de ser assim !
AV2
Alguém perguntava...
Lusofonias
Nem de propósito.
Esta semana o Expresso traz uma matéria sobre a CPLP e as discordâncias em torno do símbolo.
Aparentemente, a esfera armilar faz recordar o passado colonial e o símbolo existente deve ser substituído por um em que surjam apenas as bandeiras dos países membros.
As boas notícias é que países como Andorra, Marrocos, Senegal e a Guiné Equatorial manifestam interesse em aderir à CPLP, e eu acho que têm razão.
Agora quanto á questão de fundo.
Eu não acredito na Lusofonia, ponto final.
Porquê ?
Porque os países mais fortes da comunidade da língua portuguesa (Brasil e Angola) têm as suas agendas, as suas prioridades, e elas só lateralmente passam por uma cooperação com o resto da cambada.
Embora eu ache que, em termos diplomáticos, a lusofonia até tem funcionado de forma razoável e muito bem no caso de Timor.
Só que, ao contrário das outras nações europeias com fortes comunidades mundiais que falam a sua língua oficial (Inglaterra, França, Castela), Portugal é um pigmeu, fale-se em termos económicos ou culturais.
Enquanto os países africanos francófonos lá chamam a mamã França para mandar tropas quando entram na fase crítica da sua 124ª guerra civil, no caso português nós estamos mais virados para o Afeganistão e o Kosovo.
Enquanto Castela tem uma política económica agressiva em termos internacionais e se espalha com facilidade pelos mercados latino-americanos, tomara a Portugal não ser tratado por Castela como uma sua região com uma autonomia maiorzita do que o habitual, mas nada que não se resolva a médio prazo.
Enquanto a Inglaterra tem uma rainha a quem é reconhecida - mesmo se de modo meramente formal - uma influência na Austrália, no Canadá, na África do Sul, o nosso Presidente quando vai ao Brasil é mais para férias e quando vai a Angola é mais para levar puxões de orelhas sempre que algum governante se descuida nas declarações.
É verdade que me comovo com facilidade ao ouvir falar português a goeses, que relembram a presença portuguesa como um período dourado da sua vida (e conheci pessoalmente alguns), ou quando ouço timorenses rezar na nossa língua ou mesmo quando em Malaca se encontram letreiros com termos claramente portugueses, embora tenhamos saído de lá há mais de 350 anos.
Mas a Lusofonia não pode ser apenas isso.
Nem pode ser a ida do Abrunhosa, da "Geninha" Melo e Castro ou dos Delfins para o Brasil, onde depois gravam umas "colaborações" com o Lenine, o Gabriel (que diz ser Pensador) ou Ney Matogrosso e vêm de lá como se lhes tivessem enfiado uma palhinha de ácido no rabo, todos entusiasmados e doutorados na dita lusofonia.
Essa por essa, mais vale o Roberto Leal, que esse sim é uma verdadeira mestiçagem cultural (é no mau sentido, mas é).
E a Lusofonia também não se pode confundir com a nostalgia do Império, como se passa com algumas pessoas que viveram principalmente em Angola e Moçambique e lá voltam uma ou duas semanas para olhar para o passado e desenterrar a ideia spinolista de uma federação de países luso-africanos.
(Houve uma colega minha de curso que fez isso, só que depois não conseguiu ignorar muitos dos detalhes do presente, que aqui vou omitir para não ficar mais politicamente incorrecto, e jurou nunca mais voltar.)
Sinceramente, a CPLP e a Lusofonia só podem funcionar efectivamente, quando Portugal conseguir (e não tem meios objectivos para isso, nem se vislumbram) assumir um papel de liderança que, reconhecendo a extrema diversidade cultural dos países lusófonos, consiga traduzir isso num rumo consequente para uma estrutura que, de outra forma, continuará a ser anódina no plano internacional e a funcionar apenas como uma prateleira conveniente para quadros do topo do Estados envolvidos sem outro poiso disponível.
E, para além de tudo isso, a Lusofonia só pode ser algo de consequente quando começar a ser feita por cá, dando espaço às culturas lusófonas minoritárias que já temos cá dentro e reconhecendo uma dignidade social às respectivas comunidades, o que não se consegue apenas com trabalho nas obras e discursos de belas palavras.
Enquanto isso não acontecer, a Lusofonia não passará de um enfeite, de uma ideia destinada a servir de remédio para algumas consciências culpadas.
AV1 (politicamente incorrecto)
Questionário pró Seminário
As nossas fontes, altamente colocadas nos corredores, dispensas e armários, do Vaticano, fizeram-nos chegar o questionário que, a partir de próxima semana irá ser feito aos candidatos ao sacerdócio (para além do nome, filiação, naturalidade, etc, etc), conjuntamente com uma grelha exemplificativa da classificação a atribuir às respostas dadas pelos aspirantes a servos do Senhor, por forma a não serem admitidos por engano, quaisquer homossexuais. O facto do sacerdócio implicar voto de castidade (e nesse caso as tendências sexuais serem irrelevantes, caso o voto seja para levar a sério), não é para aqui chamado.
1. Qual é a primeira coisa que faz, após acordar ?
a) Vou logo ver-me ao espelho (0 pontos)
b) Vou fazer a barba e despejar os fluidos (1 ponto)
c) Coço os tintins e dou uns peidos valentes (2 pontos)
2. Que produtos usa para cuidar da pele após fazer a barba ?
a) Uma gama da Vichy com óleos naturais e sais marinhos (0)
b) Nada (1)
c) Álcool puro (2)
3. Que tipo de roupa gosta de usar ?
a) Jeans e t-shirt preta, tudo bem justo (0)
b) Fato completo, com gravata e tudo isso (1)
c) Calças à dread e camisolão de lã (2)
4. Como ocupa os tempos livres ?
a) Leio o que posso, visito exposições e a família (0)
b) Não tenho tempos livres (1)
c) Vou à bola e a discotecas conhecer gajas (2)
5. Indique dois escritores do seu agrado e porquê.
a) Paulo Coelho e Nicholas Sparks porque são inspiracionais (0)
b) Saramago e Dan Brown porque abordam questões da fé (1)
c) Só leio o Kama-Sutra e os livros do Alex Comfort, porque são muito inspiracionais (2)
6. Indique os seus gostos musicais.
a) Backstreet Boys e Village People (0)
b) Madonna e Britney Spears (1)
c) Pusyscat Dolls e Metallica (2)
7. Se uma sua namorada aparecesse grávida o que faria ?
a) Tentaria compreender o seu dilema e ajudá-la-ia em tudo (0)
b) Dava-lhe dinheiro para fazer um aborto (1)
c) Dava-lhe uma tareia e ela que se desenrascasse (2)
8. Se encontrasse um passarinho com uma asa ferida, o que lhe faz ?
a) Levava-o para casa, colocava-lhe uma tala e alimentava-o (0)
b) Continuava a andar e ia à minha vida (1)
c) Quero lá saber de pássaros, eu gosto é de passarinhas (2)
9. Qual o seu actor/actriz favorito ?
a) Brad Pitt e Liza Minelli (0)
b) Robert de Niro e Nicole Kidman (1)
c) Vin Diesel e Angelina Jolie (2)
10. Qual o seu programa de televisão favorito e porquê ?
a) Herman Sic, por causa do Monchique (0)
b) Aquele da RTP1 à tarde, por causa da Merche (1)
c) Todo o futebol e o canal Sexy Hot(2)
.
Resultados: De 0 a 4 pontos, grau máximo de mariconço: completamente imprestável para o culto. De 5 a 9 pontos: razoavelmente mariconço, é melhor ir aperfeiçoar-se e voltar para uma próxima oportunidade. De 10 a 14 pontos: nos tempos que correm, já serve, mas é melhor ficar de olho no tipo. De 15 a 19 pontos: candidato que preenche os requisitos para o sacerdócio. 20 pontos: candidato ideal para ascender de imediato a bispo.
.
AV1 (religiosamente incorrecto)
Velhas Virgens.Elas têm o que a Gente Quer !
Para terminar esta semana em que selecionei as músicas da RAVP, escolhi um tema muito hetero e que dedico ao meu camarada AV1 e especialmente ao meu amigo Iraldo Bocarrota, eis a Banda de São Paulo: Velhas Virgens !
AV2
sexta-feira, novembro 25, 2005
É possível, é possível...
Do Ar III
Memórias aéreas do Campo de São Lourenço, onde as equipas do CRI jogaram até serem obrigadas a ir-se embora para... nada ?
Não ! Ao fim deste tempo todo já se sabe para que vão servir os terrenos.
Atenção à Vala Real que fica ali ao lado.
Apesar da erosão devido ao desaparecimento da cobertura vegetal ainda se vê bem que esta era uma zona húmida há não muito tempo.
AV1
Não ! Ao fim deste tempo todo já se sabe para que vão servir os terrenos.
Atenção à Vala Real que fica ali ao lado.
Apesar da erosão devido ao desaparecimento da cobertura vegetal ainda se vê bem que esta era uma zona húmida há não muito tempo.
AV1
Do Ar II
Ora aqui temos mais uma panorâmica bem interessante sobre parte da nossa freguesia, que mostra como antigamente existia um esteiro do Tejo que entrava para sul até ao que agora são os Bairros Gouveia e Francisco Pires e a Vila Verde, enquanto outro se espraiava pela Vinha das Pedras.
Dá para perceber, na sequência do Parque das Salinas - ele próprio feito numa zona alagada todos os Invernos - o prolongamento para montante das linhas de água que iam desembocar na zona da Igreja e do Cais Velho, onde a força das águas das marés fazia mover as mós do Moinho de Maré. Repare-se como o Bairro Francisco Pires fica no meio dessa zona húmida que contorna do lado poente a Vila Verde (alguma razão existiria para o nome) e é bem visível ao vivo pela vala e canavial que a assinalam até perto da Piscina.
Do lado da Vinha das Pedras, aquela espécie de V invertido, a poente do Ecocentro, que se vê melhor quando se amplia a imagem termina no muito apropriadamente chamado Vale da Amoreira. Aqueles eucaliptos que por ali sobram, junto daquelas habitações precárias (as de madeira, não são os blocos de apartamentos, seus maldosos), são o que resta do arvoredo utilizado para drenar, de uma maneira natural, aqueles terrenos.
AV1
Do Ar...
... é mais fácil percebermos onde estão as antigas linhas de água que desaguavam no estuário do Tejo, através das planuras ribeirinhas.
Por mera curiosidade, há muitos, muitos anos, aprendi por razões profissionais a interpretar fotografias aéreas e imagens de satélite.
Mas neste caso nem é preciso grande qualificação.
As imagens disponíveis no Google-Earth para a nossa freguesia a econcelho foram claramente recolhidas durante o Verão ou durante um período de tempo seco.
Do ar, nestas circunstâncias, tornam-se claramente visíveis as zonas de maior humidade, porque mantêm uma tonalidade verde, mesmo quando tudo ao redor está amarelo.
Neste caso, temos a zona alargada da Fonte da Prata, onde se prevê o desenvolvimento de mais loteamentos para construção e usos múltiplos.
Repare-se como uma das antigas zonas de ribeiro passa a poente da antiga Novobra, actual MercMoita, enquanto outra contorna por nascente o palacete da Fonte da Prata e se dirigem para o Tejo.
Claro que os técnicos sabem que esta zona é extremamente húmida no subsolo e obviamente que quem aí vai construir o fará com as devidas precauções.
Como também é natural que a impermeabilização do solo não será feita de modo a ignorar que estas pequenas e quase imperceptíveis depressões do terreno se prestam muito a deslizamentos ou afundamentos do solo (bastam 2/3 cm para fazer bons estragos), à abertura de crateras em artérias alcatroadas e mesmo a danos na estrutura dos edifícios quando a humidade aumenta e a terra por baixo das construções se lembra daquilo para que servia no passado (captação e escorrência das águas pluviais, por exemplo).
E, claro, há sempre aquele pormenor das inundações onde menos se espera, quando chove "mais do que a média" e o sistema de escoamento de origem antrópica (gostei desta expressão, que aprendi com um nosso leitor amigo e uso-a sempre que posso) só foi feito a pensar na média.
Mas, obviamente, tudo isto está contemplado nos estudos que projectam construção a galope para esta área.
Nem outra coisa é de imaginar.
AV1 (com a cabeça nos ares)
Zeca Afonso.A Formiga no Carreiro
Bons sons
Eu sou anglófilo, ao contrário do AV2 todo dado às lusofonias e à minha pátria é a minha língua e coisas afins.
No fim de semana, se me apetecer uma polémica interna vou desancar o ideal da Lusofonia, só para ver o AV2 espernear e contorcer-se de irritação.
AV1 (com os The Editors, álbum The Back Room e single Bullets, tudo excelente)
O Cartoon da Manhã
Que é estranho é !
Do Jornal de Notícias:
Pinho passa a Sócrates a execução do plano
Surpresa - Ministro abre mão do projecto que criou de raiz
Em especial quando a coisa é encenada para ser feita ao vivo, com o Ministro a passar o bébé - ou a batata quente - ao Primeiro-Ministro à frente de toda a gente só pode querer dizer que se pretendeu dar um qualquer recado a alguém.
Lendo o resto da notícia levanta-se a ponta do véu, mas só a ponta.
Claro que, se mesmo isto não vai coordenar, parece claro que dispensaríamos a existência de um Ministro da Economia.
AV1
Pinho passa a Sócrates a execução do plano
Surpresa - Ministro abre mão do projecto que criou de raiz
Em especial quando a coisa é encenada para ser feita ao vivo, com o Ministro a passar o bébé - ou a batata quente - ao Primeiro-Ministro à frente de toda a gente só pode querer dizer que se pretendeu dar um qualquer recado a alguém.
Lendo o resto da notícia levanta-se a ponta do véu, mas só a ponta.
Claro que, se mesmo isto não vai coordenar, parece claro que dispensaríamos a existência de um Ministro da Economia.
AV1
quinta-feira, novembro 24, 2005
Relatórios sobre a Ota
Estão aqui, se alguém estiver interessado.
Eu, sinceramente, não estou.
Porquê ?
Porque num país do nosso tamanho colocar o principal aeroporto internacional a mais de 50 km da capital, com a beleza de acessos que nós temos (e os que são prometidos ainda vão fazer a conta ser mais alta) é um puro delírio.
Em países de muito maior dimensão e nº de aeroportos e em cidades-capitais com um movimento muito maior do que o nosso (Paris, Londres, N. York), e com mais de um aeroporto internacional, a coisa fica a cerca de 30 km no máximo, para reduzir o tempo de deslocação.
No mínimo, seria lógica a manutenção da Portela como aeroporto com uma localização invejável, justificando-se um segundo aeroporto apenas para desviar parte do tráfego mas como a Ota fica, pelo que me dizem amigos ligados às coisas dos aviões, no mesmo corredor aéreo de Lisboa, não é possível colocar ao mesmo tempo aviões no ar a partir dos dois aeroportos, porque isso contraria as regras internacionais de segurança.
Assim, ou o segundo aeroporto ia para um outro lado (e não, não gostaria que fosse para o Rio Frio) ou só pode funcionar um em pleno e claro que a Portela vai servir (depois de todos os melhoramentos) para dar lugar a mais uma operação de especulação imobiliária, destinada a ajudar todos os interessados em promover a Ota.
Mas nós sempre fomos muito originais, por isso, devo ser eu que estou a ver mal a coisa.
AV1
Eu, sinceramente, não estou.
Porquê ?
Porque num país do nosso tamanho colocar o principal aeroporto internacional a mais de 50 km da capital, com a beleza de acessos que nós temos (e os que são prometidos ainda vão fazer a conta ser mais alta) é um puro delírio.
Em países de muito maior dimensão e nº de aeroportos e em cidades-capitais com um movimento muito maior do que o nosso (Paris, Londres, N. York), e com mais de um aeroporto internacional, a coisa fica a cerca de 30 km no máximo, para reduzir o tempo de deslocação.
No mínimo, seria lógica a manutenção da Portela como aeroporto com uma localização invejável, justificando-se um segundo aeroporto apenas para desviar parte do tráfego mas como a Ota fica, pelo que me dizem amigos ligados às coisas dos aviões, no mesmo corredor aéreo de Lisboa, não é possível colocar ao mesmo tempo aviões no ar a partir dos dois aeroportos, porque isso contraria as regras internacionais de segurança.
Assim, ou o segundo aeroporto ia para um outro lado (e não, não gostaria que fosse para o Rio Frio) ou só pode funcionar um em pleno e claro que a Portela vai servir (depois de todos os melhoramentos) para dar lugar a mais uma operação de especulação imobiliária, destinada a ajudar todos os interessados em promover a Ota.
Mas nós sempre fomos muito originais, por isso, devo ser eu que estou a ver mal a coisa.
AV1
Cromo do Cavaco #2
As explicações possíveis.
O Cancro
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