quinta-feira, julho 28, 2005
Família Subúrbio, secção nuclear
A partir de hoje, a apresentação da família Subúrbio (falta o filho, o cão e um ou outro vizinho) continuará de forma mais irregular.
Por agora ficamos com a mãe Subúrbio, Maria dos Anjos de sua graça (era para ter sido Ana Isabel, mas os padrinhos eram muito católicos à data...) , uma das atracções da sua turma na Secundária da Moita tanto pela generosidade das formas como pela simplicidade das suas ideias.
Embora tenha conseguido escapar a uma gravidez adolescente à custa de muito engenho que aqui não interessa aprofundar, Maria dos Anjos casou com o Tó Manel, antigo colega que sempre a admirara à distância, acanhado pela concorrência dos seus (dela) pretendentes mais agressivos e espadaúdos.
Há uns anos M. Anjos conseguiu concretizar um dos seus sonhos de juventude ao tornar-se cabelerireira, na sequência de um curso de Formação Profissional feito após o despedimento colectivo das operárias de uma unidade têxtil da freguesia.
Politicamente vota onde o marido diz que deve votar, embora por vezes seja capaz de um desviozito às regras familiares, como este ano em que ainda acabou por votar no Santana Lopes, por achar que tem algumas parecenças com a Cinha Jardim.
Embora as duas maternidades não perdoem, também não a marcaram assim tanto que não continue a provocar um revoltear de olhos masculinos gulosos quando entra no café da esquina para os cafézinhos da manhã e da tarde, já que o da noite é em companhia do marido, ou quando passa por um dos imensos estaleiros em que se tornou o concelho neste período pré-eleitoral.
Sapatinho alto, calcinha justa e camisola generosa no contorno dos seios fazem dela uma quase quarentona ainda muito senhora das suas madeixas, que agora tenta fazer seguindo o modelo da candidata do PS.
AV1
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