A "nova" elite política e algumas memórias avulsas

Estive a observar nesta edição de O Rio a nova vereação da Câmara Municipal que de nova praticamente só tem a Oposição, que mudou toda, enquanto a Situação só se renovou na minoria feminina.
Depois fui ver a Assembleia Municipal e lá encontrei algumas surpresas interessantes.
Deixando de parte as pessoas da CDU que conheço, para seu próprio descanso, vou apenas destacar a presença de duas pessoas daquelas que conheço pessoalmente, ou seja o senhor Faustino Tarouca que conheço desde sempre e faria um óptimo Presidente da dita Assembleia não fossem estes cargos ser ditados pelas cegas maiorias absolutas e o meu ex-professor (e ex-vereador) Serafim de Sousa, turbo-advogado e turbo-professor de há um quarto de séculos na Secundária da Moita que por vezes nos dava boleia quando passava pela paragem das camionetas em Alhos Vedros, vindo do tribunal do Barreiro, e que, quase a chegar ao Alto de São Sebastião, se lembrava que tinha um julgamento no tribunal do Montijo e nos largava, apressado, com ordens para mandar a turma para casa que hoje não havia disciplina (e lá que ele dava muitas, dava...).

Daí a lembrar-me dos heróicos tempos do imediato pós 25 de Abril, em que o pessoal se punha à boleia para poupar os dez tostões do bilhete para comprar umas pastilhas Campeões daqueles com cromos de futebol enrolados (mesmo com passe de estudante, ainda se pagava nos Belos) foi um passo.

E daí a recordar como, na época das greves dia sim, dia sim, se chegava a ir de carroça ou galera da cortiça para a Moita, levando quase uma hora no caminho, foi apenas mais um passo.
Um destes dias temos aqui que recordar com mais detalhe essas memórias quase esquecidas das idas para a Moita, num tempo em que os velhos "barrotes" até faziam aquaplanning na curva antes do actual Plus e nos fazíamos de desentendidos quando os revisores (como aquele Passarinho, de sua graça, futebolista emérito ao Domingo) olhavam para nós para ver se já tínhamos comprado o bilhete.

AV1