sábado, novembro 05, 2005
O poder africano II
A actividade destes sábios africanos, com a solução para todos os males que nos afligem deixa-me sempre algumas perplexidades por explicar.
Antes de mais, o sucesso de alguns parece evidente pois, como no caso do Professor Bambo, está instalado na Avenida de Roma e tem sucursais em várias das maiores cidades do país, com direito a programa televisivo e tudo, onde dá conselhos gratuitos, ao que parece.
Ora se isso é assim é porque a clientela é muita e se sente bem servida.
Nesse caso, como se justifica que ainda alguém ande por aí infeliz ?
Um segundo aspecto que me intriga é a Escola (ou escolas) onde se tiram estes cursos de professor e mestre destas ancestrais artes africanas e qual o regime de acesso: será indispensável ser de origem africana ? Ou eu, branquela da silva, poderei entrar se garantir que possuo uma alma ou qualquer outro atributo de tipo africano ? Será indispensável ser gorducho e ter pele luzidia ? E que graus atribui, para além de professor e mestre ? Haverá espaço para meros bacharéis e licenciados ? E as propinas são altas ?
Agora um terceiro aspecto que me perturba; se toda esta sapiência provém directamente da ancestralidade do continente africano, como é que foi feito o upgrade para agora todos estes mestres e professores saberem dar conselhos na área dos negócios ? Ou será que é só sobre negócios relacionados com troca directa ?
E por fim, o que raio é aquilo que muitos trazem nas mãos ? Um rosário não é suponho ! Será apenas uma corda para colocar à volta da cintura para segurar aquelas túnicas ?
Enfim, todo este mundo é para mim um mistério, mas penso que é um mundo de sucesso a explorar e quiçá mesmo, em paralelo aos bazares chineses, a importar para o nosso concelho, já que outros negócios por cá custam a pegar e como o Alberto João Jardim os não quer na Madeira, sempre pode ser que, bananas por bananas, não notem muito a diferença.
AV1
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