Paris a Ferro e Fogo !

Quando vieram os retornados em 1975, as autoridades de então dispersaram os retornados em diversos bairros de periferia em Portugal em diversas cidades e vilas que estavam a começar bairros sociais como no Vale da Amoreira ou nas Urbanizações da Quinta da Fonte da Prata ou São Sebastião na Moita, devido à proximidade das localidades e também de uma relativa população residente o problema da integração desses grupos de portugueses foi-se fazendo duma maneira lenta e pacífica.
O facto de os retornados na altura serem efectivamente Portugueses apesar das diferenças Raciais e Culturais foi mais uma renovação do que uma revolta, o facto das populações residentes serem pobres e quem retornava também no momento o ser, criou uma semelhança pela pobreza.
Criaram-se muitas associações multi-culturais e apesar de tudo, penso que conseguimos criar no concelho da Moita, que é o que conheço melhor, um bom ambiente entre as diversas etnias...
Isso já tinha começado antes com os migrantes que vieram do Alentejo das Beiras e do Algarve que desde o começo do século XIX, tinham chegado cá, como é o exemplo dos Caramelos, que arroteavam terras e por fim as adquiriram e por cá ficaram.
A realidade é que somos uma região de migrantes, porque estamos situados nos subúrbios de Lisboa, então se a integração aqui efectivamente aconteceu, porque não conseguem os Franceses integrar os migrantes no seu País ?
Esta visão mais ou menos romantizada da integração dos retornados, pode carecer de credibilidade por defeito, mas aconteceu.
O que se passa então nos subúrbios de Paris...

A segunda geração de migrantes muçulmanos, não se sinte integrada, revoltou-se e criou um clima de guerra civil na capital dos direitos humanos...

Conclusão: A Integração não é feita pela palavra, mas sim pela efectiva Miscigenação !

AV2