Tenho alguns problemas de consciência em rir-me e gozar com o Cavaco por causa da história do bolo-rei comido de boca aberta para as câmaras, com migalhas a caírem-lhe, pois eu também sou mais bolos.
Não é que eu não consiga ter melhores maneiras, que as tenho quando há câmaras televisivas perto de mim, só que isso nunca aconteceu, por isso ficamos na mesma.
Mas, ainda este respeito, há algo que Marcelo Rebelo de Sousa disse Domingo na RTP e saiu no DN de 3ª feira, que muitos opinadores de cenho alto por vezes se esquecem:
«Ainda outra questão que é importante e que os adversários mediram mal tirando Jerónimo de Sousa, que é operário, Cavaco é o que vem mais de baixo nas classes sociais. Os outros são média burguesia. Nós, os intelectuais, temos muita dificuldade em perceber certos tiques, certos posicionamentos, certos hobbies, certas lacunas, de alguém completamente diferente. Mas há aqui um lado do self-made man, do homem que veio de e chegou, que é provavelmente aquilo que muito eleitor sente. E esses factores são mais importantes que as discussões de política pura, sobretudo num tempo de crise económica em que as pessoas estão muito marcadas pela sua situação social.»
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No caso destas imagens em que Cavaco faz umas carantonhas indizíveis quando lhe perguntam o que acha das declarações de Santana Lopes à Sic-Notícias, confesso que eu também teria dificuldade em fazer outra coisa ao pensar na criatura que me estariam a trazer à memória e ao seu "legado" para a história do PSD e do País.
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AV1 (com imagem enviada pelo Zelupi)
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