quinta-feira, fevereiro 23, 2006

João Lobo - A Entrevista VIII (fim da saga)

Exausto, chego por fim e ao fim da entrevista de João Lobo ao Rostos Online.
Já nem estou para ir a todas, nem para voltar a bater na questão do anonimato dos blogs (pois não o são, porque todos os blogs têm nome) e do uso de pseudónimo ou nicknames pelos seus autores.
Fico-me só por esta:

«Entretanto, não se sabia o que ia acontecer com a nova lei, na realidade, eu tinha esse direito e pedi a aposentação, que me foi concedida.Mas, enquanto exercer as funções de Presidente a aposentação está suspensa, e, digo-lhe, o meu objectivo é continuar a ser Presidente da Câmara Municipal da Moita. Optei por ser Presidente e não pela aposentação, é essa a minha vontade e foi para isso que as pessoas me elegeram. Quando a acabar o mandato deixarei de ser Presidente da Câmara Municipal da Moita.»

Perante isto cumpre-me manifestar a compreensão pela forma como JL decidiu acautelar o seu futuro e, na dúvida, meter a papelada. Só não percebo que aqueles defensores da ética e transparência que atacaram outros candidatos pelo seu apego a funções de confiança política, não tivessem estado tão atentos ou a par deste assunto que, em ambiente pré-eleitoral, talvez tivesse o seu relevo na avaliação do perfil dos candidatos em presença.
Já o fiz antes, mas aproveito para sublinhar que a explicação actual sobre a "suspensão" da aposentação difere bastante da que foi dada no rescaldo da maior polémica sobre o assunto, pois na altura referiu-se que o terço a que teria direito em acumulação com o vencimento de Presidente da CMM, iria direitinho para os cofres do partido. A mudança terá as suas razões, ás quais nãos erá estranho o facto de se admitir essa eventual forma encapotada de financiamento partidário pela Segurança Social.
Por fim, regista-se que a última frase da entrevista ou foi mal transcrita ou está mal organizada (está ali um "a" a mais ou o "quando" devia ser "quanto"), embora a sensação que dê é que João Lobo em 2009 irá tratar da sua vida, dando lugar a outros mais novos (leia-se Rui Garcia), pelo que a prestação de contas por este mandato morrerá solteira, pois o que estava deixará de estar (já em 2005 se passou algo parecido) e o que virá a estar, estava mas não estava ou estava mas não era ele que mandava, ou ainda estava mas estava com reserva moral em certas questões.
Portanto não se admirem se o projecto do Parque Temático, a não correr bem, ficar órfão em termos políticos lá por 2009, isto para não falar nos enxertos que aí virão à conta deste processo pastoso de revisão do PDM.

AV1 (over and out)

1 comentário:

Anónimo disse...

O título principal do Jornal da Moita de hoje é bastante sintomático. O final da obra da marginal da Moita já desliza para final de 2007. Com jeito ainda acaba mais perto das próximas eleições.

O que se passa com o Presidente da Junta de Freguesia da Moita?
O homem começa a ficar conhecido pela negativa. Não assume, não diz (antes desdiz), não está, não aparece, não acompanha.
O início não augura bom final.