Estive a passar em revista as críticas que nos foram feitas - e a mim em especial - ao longo dos últimos dois anos.
Uma das mais distraídas e injustas é que o "AV1 arma-se em erudito".
Nada de mais injusto.
Se fizermos uma divisão entre aquilo que se desigan por alta e baixa cultura, eu estou quase sempre do lado dos pigmeus culturais.
Ora vejam lá bem tudo aquilo que não aprecio por aí além, salvo excepções, é claro: música "clássica", poesia, dança contemporânea, ópera, teatro de ensaio, filmes do Fassbinder e em geral o cinema europeu de qualidade dos anos 70, cantigas de intervenção da mesma década, touradas, opssss, estas eram na brincadeira, claro. Em contrapartida gosto de: banda desenhada, música pop, futebol, revistas light, colecções de cromos (os de papel, não dos humanos) e tanta outra coisa de baixa cultura.
E ainda me chamam erudito.
Se já isto é alta cultura e ser erudito, realmente percebe-se a que ponto desceu aquilo que moiteiros e amoitados consideram erudição.
Por isso é que o Jornal da Moita é considerado imprensa e algumas pessoas - que por uma vez me vou coibir de dedurar - passam por intelectuais e artistas nesta terra.
Em terra de ceguetas, que tem um olho é Rei.
AV1
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