Quinteto - havia um que era de cordas, este é de vereadores. Formalmente, e para efeitos de votação, o poder moiteiro está dotado de um quinteto de vereadores, incluindo o primeiro deles, o Presidente. Só que, ao que parece, tudo não passa de um número ao serviço do colectivo e não de um conjunto de individualidades. Há o que manda, o que está à espera para mandar, o que foi despromovido, o que tanto faz isto como fez aquilo e a esperança de algo novo que já murchou. Na última votação realizada, sobre o PDM, viu-se como funciona o quinteto: o chefe diz que os outros votam a favor e está tudo resolvido. Já nem há o bom, velho e tradicional braço no ar. Como já se escreveu há uns dias, agora vota-se de braço em baixo. Cá para mim, o Presidente devia pôr a mão no ar com os dedos bem espetadinhos a assinalar os cinco votos e pronto, não se falava mais nisso. Aliás, de acordo com a ideologia local, com a maioria na palma da mão, nem discussão deveria haver. Para quê? Se a uns não ouvem e a outros nem deixam falar, nem vale muito a pena fingir que isto é uma democracia. Os "outros" que metam o papelinho com a declaração de voto e chega. Não se perde tempo e ala que se faz tarde para o jantar.
AV1
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