segunda-feira, novembro 05, 2007

Belo exemplo da miséria da escola pública (ou privada)

No Rostos Online, alguém com cara de jovem deu o nome a um texto que começa assim:

«Quanto ás disparidades no ranking (independentemente de serem escolas privadas ou publicas)... bom, a verdade é que uma boa classificação será sempre o tipo de publicidade que, para uma escola será benéfica, na medida em que os melhores alunos, que geralmente têm pais mais preocupados e informados, tendem a escolhe-las, e assim acabam por lhes oferecer a possibilidade de escolher a matéria-prima (alunos) sobre a qual trabalham.»

Acredito que tenha sido com a melhor das intenções que o texto tenha sido escrito.
O rapaz tem cara de bom rapaz.
Mas, caramba, que tal uns exercícios prévios de acentuação, a velha história de activar o corrector ortográfico do Word ou mesmo a revisão editorial do site em causa?
É que não é preciso ser (ou ter sido) professor dele para se ficar embaraçado com este tipo de articulista à lá minuta.
E depois as frases que começam pela esquerda alta e acabam na direita baixa, sem que se perceba o que bate com o quê.
A "matéria-prima sobre a qual se trabalha" é complicada.
E o raciocínio sobre o ciclo boa escola-melhores alunos-pais informados é bué profunda.
E quem não pode ir para as boas escolas porque é obrigado a ir para a ESM ou para a Escola José Afonso, cada qual mal colocada nas listas?
Os pais serão desinformados ou não aldrabam na morada?
Ainda bem que o rapaz não disse de que escola vinha.
Era uma vergonha.
E espero que não seja "mestre", embora os "ás" tenham todo o ar de vir das mesmas fileiras.

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