quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Casem-nas e pronto !
A propósito de duas moçoilas que se querem casar, e na falta de melhor agenda política fracturante, o Bloco desenterra a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo com base na Constituição que, ao contrário das leis comuns que regem o casamento, determina que não exista discriminação com base na orientação sexual.
Não podia estar mais de acordo, por uma vez, com algo dito pelo Louçã, sempre naquele seu ar de pastor evangélico da Esquerda legítima.
Por isso, façam lá o que o homem diz e, também por uma vez, ele ficará sem causa para defender durante uns dias nas televisões (o que seria um bem em si mesmo).
Um casamento civil é um contrato entre duas pessoas que decidem organizar a sua vida juntas.
Homem+mulher, homem+homem, mulher+mulher, gato+periquito, o que seja.
Quem come quem não vem ao caso.
Afinal o casamento não é um matrimónio, que é sacramento religioso e regrado por dogmas divinos.
Só peço uma coisa: que aos deputados do BE seja dada liberdade de voto nesta matéria, que é de consciência porque eu tenho a certeza, em especial se fosse voto secreto, que na bancada bloquista não haveria unanimidade.
AV1 (e poupem-me a críticas cheias de pruridos quanto à imagem usada...)
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8 comentários:
Mas a verdade verdadinha é que pela Constituição Portuguesa não só o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo tem de ser possível como a poligamia não pode ser ilegal.
Se não queriam não deviam ter posto na revisão da mesma as questões do credo e da orientação sexual.
Querem armar em progressistas e depois a batata quente estoira-lhes na boca.
Até mais.
'tadinho do hipópotamo - diz o crocodilo
Uma coisa é ser a favor, outra é teres de ser gay.
Não podes misturar tudo no mesmo saco. Não consumo droga e acho que devia ser legalizada.
Não tenho em mente que a minha companheira aborte e no entanto o aborto devia ser despenalizado.
Não entendi esta tua postura.
Caro amigo k7,
Não distinguiste a parte linear da parte irónica do texto.
A parte linear é que eu defendo que o casamento seja extensivo a todos os pares que o queiram assumir como modo de vida, visto que é um contrato civil para coabitação e vida em comum.
A parte irónica é que eu sei, não que qualquer dos deputados do Bloco é gay, mas de quem só defende estas questões por razões de imagem pblica, sendo em privado homofóbico e detractor desses modos de vida "alternativos" que defende em público.
Não o nomeio agora, mmas já nomeei neste blog a esse propósito, e faço-o apenas porque assisti e ouvi isso em primeira mão, não me contaram...
AV1
É o Rosas !
AV2
Não questiono algo que presenciaste ou ouviste, mas o avançar no tempo é necessário, e é assim que eu me identifico, com causas justas, merecedoras de todo o apoio da minha parte.
Eu identifico-me com a causa em apreço.
A ferroada era outra.
AV1
ok, eh eh eh.
;)
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