quinta-feira, agosto 31, 2006

Começando por uma orelha...

No próprio site da CMM, pode ler-se o seguinte sobre o que envolvia, em 2002, o problema da zona ribeirinha do concelho, assim como sobre o cais de Alhos Vedros:

Sobre as zonas de caldeira, declarações do responsável da APL:
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«A Moita é um dos concelhos do Estuário do Tejo com quem temos uma relação mais profícua. (...) Mesmo antes da assinatura do protocolo entre a APL e a Câmara, havia já um conjunto de intenções comuns que se vieram a concretizar mais tarde. A remoção das carcaças dos barcos abandonados no leito do rio foi o primeiro passo.
Desde então, a APL tem desenvolvido vários estudos, entre os quais a avaliação das condições de revitalização e exploração das caldeiras, e chegámos à conclusão de que vale a pena desenvolver um projecto de recuperação das caldeiras de Alhos Vedros, Sarilhos Pequenos e Moita, pois estas desempenham um papel importante impedindo o assoreamento do rio e, dessa forma, contribuem para a melhoria das condições de navegabilidade.»

Sobre o cais de desmantelamento, declarações de Rui Garcia e do responsável pela APL:
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Rui Garcia: «Esta é uma actividade necessária; a questão que se coloca é em relação à sua localização. A APL apresentou uma proposta (com a qual a Câmara concorda) no sentido de o problema do desmantelamento de barcos e de carros ser tratado ao nível da Área Metropolitana de Lisboa.»
APL:«Uma vez que está a ser desenvolvido na Siderurgia Nacional, no Seixal, um projecto de reciclagem de sucatas, sugerimos que fosse criado, naquela unidade industrial, um espaço para o desmantelamento de navios, assim como para o tratamento de sucatas. Na altura, a proposta surgiu no âmbito de uma discussão alargada entre a APL, a Câmara da Moita e a Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, tendo o desafio sido lançado a esta última entidade. Logo que haja vontade política, a APL está disposta a libertar o espaço do estaleiro em Alhos Vedros que está sob a nossa jurisdição. Quanto ao explorador da unidade, também passaria para a Siderurgia, mantendo a sua actividade económica.»

Ora o que se lê:
a) Que existe uma boa relação entre a APL e a CMM, ao contrário do que certos opinadores mal-informados ou desinformadores pretendem dar a entender, pois a APL propõe e a CMM concorda sempre.
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b) Que foi a APL a propor que a deslocalização do Cais fosse tratada no âmbito da Área Metropolitana, com o que a CMM concorcou não apresentando qualquer ideia própria.
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c) Que a APL está disposta a libertar o espaço do estaleiro logo que haja vontade política. Perguntamo-nos agora nós, vontade política de quem? Se a APL está disponível para isso?

Pois é, seria melhor que certas pessoas, até pelas funções que desempenham, percebessem um pouco daquilo que falam e escrevem, só para dar a cara e aparecer. E que não lançassem culpas para quem já se disponibilizou claramente a resolver o problema, ou seja, a APL, que só precisava de vontade política para mandar aquilo embora.
Nota ainda para o facto de tudo isto constar de publicações oficiais moiteiras.

AV1

2 comentários:

nunocavaco disse...

Agora prove que o que eu escrevi não condiz com a realidade.

AV disse...

Se você não identifica uma demonstração da falsidade das afirmações que opinadores como o meu caro e o MMadeira têm produzido mesmo quando ela está à sua frente, não posso fazer mais nada.
OPu percebe ou não percebe ou, o que é o caso, finge que não percebe.

AV1