terça-feira, agosto 22, 2006

Parecendo que não...

... estava fora da santa terrinha há 2 semanas, em refrescante retiro rural, numa aldeia que já terá sido típica de um Portugal provinciano, mas onde os catrapilas, o betão e o alcatrão também já vão começando a fazer mossa em espaço anteriormente ocupado por mato oportunamente ardido em anos anteriores. A boa notícia é que graças ao choque tecnológico e à PT já há acesso à rede ADSL.
Realmente fui lá para fora cá dentro, só assim se explicando que não tenha acompanhado e registado devidamente os "melhoramentos" que vão tornando o nosso concelho cada vez mais parecido com a Damaia, o Cacém, quiçá mesmo a Brandoa.
Quem queira aceder à vasta zona comercial que agora entulha todo o espaço entre Alhos Vedros e a Moita - quem chega precisa de ir às compras - depara-se com panorama digno de filme apocalíptico, apenas lavando 5% da alma o pequeno panorama que se vislumbra do que estava por trás da Corticeira Ibérica e para o lado do Cais, demonstrando que esta deveria ser uma zona a recuperar do ponto de vista paisagístico e não voltar a tapá-la com mais barrcões, do Plus ou do raio que me parta.
Parece também, pelo que ficou aí por um comentário, que o planeamento da rede de escoamento de esgotos e águas pluviais nessa zona não estará a ser planeada da melhor forma, mas isso ainda não tive oportunidade de ver, tirando o facto de todo aquele espaço que parece ir ser ocupado com o alargamento da rodovia ser, pela sua origem, muito dado a enchentes. Se não se "alembrarem" disso é capaz de dar mau resultado e depois não digam que não avisámos.
Já quem se dirigir à capital concelhia para resolver pendências, tem a hipótese de ver como a zona da Fonte da Prata a norte da EN11 se está a tornar um pólo urbano de elevadíssima qualidade, só comparável ao que melhor se acha assim com quem vai pela Calçada de Carriche abaixo em termos de gestão do espaço e densidade de construção.
Só espero que se lembrem que a nova escola em construção é para estar pronta a tempo de qualquer coisa útil - este ano lectivo não será, portanto - e que o espaço envolvente poderia ser assim como que - é um suponhamos - rodeado de alguma verdura arborescente que faça sombra, para que as salas não se transformem em saunas a partir de Maio como acontecia na velha escola. Claro que colocar caniços de árvores que só daqui a 10 anos conseguem dar sombra a um grilo obeso não dá grande vantagem.
E pronto, cheguei, já posso voltar a ler o Jornal da Moita com o qual estava há umas semanas sem conviver, nem sequer sabendo se foi publicado, assim como acompanhar maravilhado, enquanto o trabalho oficial não volta na próxima 2ª feira, como o Progresso e o Desenvolvimento fazem movimentar este concelho e esta freguesia, verdadeiros faróis de qualidade de vida e bem-estar à beira-Tejo, ou eu não fosse um grande mentiroso.

AV1

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